Yusuf Estes, Ex-cristão e Capelão de Prisão Federal (parte 1 de 5)
Descrição: Yusuf Estes, agora um pregador ativo do Islã, de forma bem-humorada nos conta sua história de como entrou no Islã. Parte 1: Histórico.
- Por Yusuf Estes
- Publicado em 06 Dec 2010
- Última modificação em 09 Dec 2010
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Muitas pessoas me perguntam como um pregador ou pastor no Cristianismo pode um dia ir para o Islã, especialmente considerando todas as coisas negativas que ouvimos sobre o Islã e os muçulmanos todos os dias. Algumas pessoas simplesmente estão curiosas, enquanto outras consideram uma grande exceção a minha “conversão” ao Islã. Algumas perguntaram como pude dar as costas a Jesus, ou se eu de fato entendia o Espírito Santo. Algumas questionaram ainda se eu realmente me considerava um “renascido” ou se jamais tinha sido verdadeiramente salvo. Essas são boas perguntas às quais oferecerei respostas no final desse artigo. Gostaria de agradecer a todos por seu interesse e de oferecer minha humilde história, se Deus quiser.
Um cavalheiro cristão muito gentil me perguntou por e-mail por que e como deixei o Cristianismo pelo Islã. Isso é mais ou menos uma cópia da carta que enviei a ele.
Introdução
Meu nome agora é Yusuf Estes, mas por muitos anos meus amigos me chamaram de Skip. Preguei o Cristianismo e trabalhei na indústria da música e de entretenimento desde que era um menino nos anos 50. Meu pai e eu abrimos lojas de música, programas de rádio e TV e divertimento ao ar livre por diversão (e lucro). Fui um ministro da música e até usei passeios de pônei e diverti as crianças como “Skippy, o Palhaço”.
Uma vez atuei como delegado na Conferência das Nações Unidas para líderes religiosos. Agora sou um ex-capelão muçulmano aposentado para o Departamento Prisional dos Estados Unidos, em Washington DC, e estou ao lado de muitos muçulmanos americanos, trabalhando com estudantes muçulmanos e organizações de jovens e também com escolas para crianças muçulmanas. Dessa forma, viajo ao redor do mundo todo dando palestras e compartilhando a mensagem do Cristo do Alcorão no Islã. Mantemos diálogos e grupos de discussão com todas as crenças e desfrutamos da oportunidade de trabalhar ao lado de rabinos, ministros, pregadores e pastores em toda a parte. Parte de nosso trabalho é na área institucional, militar, universidades e prisões. Nosso objetivo principal é educar e comunicar a mensagem correta do Islã e quem os muçulmanos realmente são. Embora o Islã esteja crescendo agora e praticamente se equiparando ao Cristianismo como as maiores religiões da terra, vemos que muitos desses que se dizem muçulmanos não entendem ou não representam corretamente a mensagem do Islã de “Paz, Submissão e Obediência a Deus” [em árabe = Islã]
Puxa! Acho que me antecipei. Estava tentando fazer um pequeno histórico de nosso trabalho para, quem sabe, ajudar de alguma forma aqueles que podem estar passando pelo que passei enquanto tentava resolver algumas das questões do Cristianismo.
Como Aconteceu
Isso pode parecer muito estranho, embora, talvez, compartilhemos algumas perspectivas e conceitos diferentes de Deus, Jesus, missão profética, pecado e salvação. Mas veja, em algum momento já estive no mesmo barco em que muitos de vocês estão hoje. Eu realmente estava. Deixe-me explicar.
Nascido um Cristão Decidido
Nasci em uma família cristã muito decidida no meio-oeste. Nossa família e seus antepassados não apenas construíram as igrejas e escolas nessa terra, mas foram os primeiros a vir para cá. Enquanto eu ainda estava no início do fundamental nos mudamos para Houston, no Texas, em 1949 (eu sou velho). Frequentávamos a igreja regularmente e fui batizado com a idade de 12 anos em Pasadena, no Texas. Como adolescente queria visitar outras igrejas para aprender mais sobre seus ensinamentos e crenças. Batistas, metodistas, anglicanos, movimentos carismáticos, nazarenos, Igreja de Cristo, Igreja de Deus, Igreja de Deus em Cristo, Ágape, católica, presbiteriana e muitas mais. Desenvolvi uma enorme sede pelo “Evangelho” ou, como dizemos, as “Boas Novas”. Minha pesquisa na religião não parou com o Cristianismo. Não, de forma alguma. Hinduísmo, Judaísmo, Budismo, metafísica, crenças nativo-americanas foram todos parte de meus estudos. A única que não pesquisei seriamente foi o Islã. Por que? Boa pergunta.
Ministro de Música
Fiquei muito interessado em diferentes tipos de música, especialmente a evangélica e a clássica. Como toda minha família era religiosa e musical, também comecei meus estudos em ambas as áreas. Tudo isso me encaminhou para a posição lógica de ministro de música em muitas das igrejas às quais me afiliei com o passar dos anos. Comecei a ensinar instrumentos de teclado em 1960 e em 1963 era dono de meu próprio estúdio em Laurel, Maryland, chamado “Estes Music Studios.”
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