Muhammed Umar Rao, ex-hindu, brâmane
Descrição: Depois de um sério ódio por muçulmanos, Muhammad passa a ler o Alcorão para contestá-los e descobre que um mundo que uma vez conheceu, se torna imaterial.
- Por Muhammed Umar Rao
- Publicado em 28 Oct 2013
- Última modificação em 28 Oct 2013
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Pela graça de Deus sou abençoado com a religião de Deus. Sou Mohammed Umar Rao da Índia e abracei o Islã há 6 anos, com a idade de 18 anos. Queria compartilhar minha história com todos vocês porque talvez faça diferença para os não muçulmanos realmente ponderarem sobre o que é a verdade. Compartilhei minha história com dois irmãos, todos os louvores e agradecimentos são para Deus, ficaram convencidos de que minha decisão e escolha é melhor, começaram a ler o Alcorão e também o abraçaram há alguns dias.
Meu Histórico
Venho de uma família de classe média brâmane ortodoxa; meus pais trabalhavam em empresas privadas (mãe: professora, pai: engenheiro têxtil). Minha educação religiosa foi na casa de meu tio materno e foi assim que me tornei ortodoxo. Toda a educação de minha família sempre foi contra os muçulmanos, o que ficou impregnado em mim profundamente.
Fiquei associado com RSS por alguns anos; sempre odiei muçulmanos a ponto de em todas as funções públicas queria aumentar o volume das caixas de som para assegurar que o Azam [chamada para a oração] não fosse ouvido. Costumava fazer rondas pela cidade visitando todos os templos para completar minha adoração todos os dias. Minha família gostava de mim e me apreciava por ser ortodoxo e me encorajavam a fazer mais.
Meu encontro com o Islã
No verão minha mãe me pediu para trabalhar para uma empresa muçulmana, algo com o qual discordei porque desde a infância sempre odiei muçulmanos. Minha mãe parou de insistir nisso; trabalhei alguns verões com um não muçulmano para satisfazer meus pais. Mais tarde deixei aquele emprego de meio expediente porque não gostava do trabalho e comecei a me concentrar mais nos estudos, com o objetivo de conseguir um emprego melhor. Nesse ínterim, minha mãe e irmãs trabalharam 2 meses em meio expediente para esse irmão muçulmano. Estavam muito impressionadas com ele.
Sempre odiei essa pessoa porque não gostava do fato de que minhas pessoas estivessem elogiando um muçulmano a quem sempre odiei. Fui pressionado e insultado por não ser útil para a família e, assim, comecei a trabalhar para o mesmo irmão muçulmano, embora o odiasse antes de ir. Depois de chegar à loja dele comecei a odiar ainda mais os funcionários não muçulmanos da loja que abraçaram o Islã e considerei um desafio ensinar a ele uma lição, afirmando que minha religião era a verdade e a partir daí, comecei a fazer um estudo comparativo com o bom senso que Deus tinha me abençoado na época.
Prestes a saber mais sobre o Islã, comecei a ler a tradução para o inglês do Alcorão (de Abdullah Yusuf Ali). Isso mudou toda a minha vida de estudante; fiquei empacado com medo e dúvidas. Percebi que o que estava fazendo era errado, minha religião era toda baseada em imaginações/mitos e histórias falsas. Tinha muitas perguntas, dúvidas, como: para onde estou indo? O que devo fazer? Qual é o meu dever? Por que a mensagem de verdade não chegou até nós? Muitas perguntas surgiram em minha mente e toda minha vida de estudante foi nessa busca da verdade.
Comecei a questionar meus pais e as pessoas à minha volta que viram Deus Todo-Poderoso para pintar/fazer imagens de Deus e todas me responderam que nenhuma delas tinha visto Deus, o que é muito verdadeiro, como é mencionado em muitas passagens no Alcorão. Finalmente, algumas histórias mitológicas acabaram com minha fé. As histórias de Ganesha, Chamundeswari, Ram, Sita etc., não faziam sentido para mim. Não conseguia mais imaginá-los como deuses.
Quando questionei meus pais se os Vedas eram contra a idolatria e por que eles a continuavam praticando, minha mãe me repreendeu dizendo que devemos fazer o que nossos antepassados faziam. No dia seguinte li um versículo no Alcorão, Al-Baraqah (capítulo 2), no qual se lê:
“E quando lhes é dito:Segui o que Deus revelou! Dizem: Qual! Só seguimos as pegadas dos nossos pais!Segui-las-iam ainda que seus pais fossem destituídos de compreensão e orientação?” (Alcorão 2:170)
... e:
“Aquela é uma nação que já passou; colherá o que mereceu e vós colhereis o que merecerdes, e não sereis responsabilizados pelo que fizeram.” (Alcorão 2:134)
Quando li isso fiquei chocado em ver algo que era exatamente o que havia questionado minha mãe na noite anterior. Essa ayah (versículo) me afetou profundamente. Lentamente parei de adorar ídolos e parei de fazer Pooja [Nota do editor: Um ritual hindu para oração], uma vez que shirk (politeísmo) é o único pecado que nunca será perdoado. Comecei a praticar os ensinamentos do Islã em segredo no começo. Havia alguns trechos do capítulo Al-Baqarah (capítulo 2) dizendo que existem alguns que aceitam o Islã quando lhes é lucrativo e não de coração e que esses são hipócritas.
Também:
“...Hoje, completei a religião para vós; tenho-vos agraciado generosamente e escolhi para vós o Islã como sua religião....” (Alcorão 5:3)
Percebi que havia respostas no Alcorão para todas as perguntas que tinha em minha mente.
Pela graça de Deus comecei a transmitir a mensagem de Deus em minha casa com o pouco conhecimento que tinha. Queria concluir meu bacharelado nesse meio tempo e transmitir a verdade facilitaria as coisas para mim e minha família a longo prazo, mas depois do meu último ano fui colocado contra a parede e chegou a hora em que não tive escolha a não ser abrir mão de minha família. Minha irmã também abraçou o Islã e se juntou a mim. Tivemos que viver fora de nossa casa por mais de um ano sem emprego ou fonte regular de renda. Louvado seja Deus, Deus facilitou nossa vida para ficarmos firmes na verdade.
Como Deus diz no Alcorão:
“Porventura, pensam os humanos que serão deixados em paz, só porque dizem: ‘Cremos’, sem serem postos à prova?” (Alcorão 29:2)
Por um período, Alhamdulillah, Deus abriu portas de oportunidades para nós. Tive que deixar meu emprego anterior porque não conseguia fazer minhas cinco orações. Todas as oportunidades que surgiam vinham da indústria mecânica e exigiam que trabalhasse em turnos, comprometendo minha oração. Depois de deixar aquela profissão de mecânica por mais de 1 ano, não consegui emprego algum onde conseguisse orar 5 vezes por dia. Pela graça de Deus comecei a trabalhar como funcionário de universidade por 2.000 rúpias ao ano e agora sou abençoado com um emprego melhor. Pela graça de Deus, Deus Todo-Poderoso nos escolheu e nada mais importa.
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