Martin Guevarra Abella, ex-católico, Filipinas
Descrição: Minha busca incansável pela verdade.
- Por Martin Guevarra Abella
- Publicado em 08 Jun 2015
- Última modificação em 08 Jun 2015
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Sou Martin Guevarra Abella. Nasci em Manila, Filipinas, em 1966 de pais católicos. Fui batizado como católico quando tinha duas semanas de vida! Minha família raramente perdia a missa aos domingos e nunca deixamos de observar as diferentes atividades cristãs, ou devo dizer "católicas" como Natal, Dia de Todos os Santos, Semana Santa/Páscoa, etc. Por volta dos 12 anos era um católico devoto. Até frequentava missas devotadas à "Virgem Maria" às quartas-feiras e orava o "rosário" diariamente.
Era profundamente interessado em religião e lia a Bíblia de ponta a ponta, mas ela nunca fortalecia minha fé católica, ao contrário, a abalava. Comecei a questionar as práticas católicas de adoração/oração a imagens esculpidas e de ter um Deus com três personas. Como pode 1=3? Questionei os diferentes sacramentos da igreja católica como o batismo, casamento e missa, porque todos eram concluídos com a devida "taxa". Nem as orações e bênçãos para os mortos com respingos de "água benta" eram isentas.
Recorria a parentes distantes que são padres e freiras e os questionava sobre essas questões sempre que tinha a oportunidade. Não conseguiam responder minhas perguntas e podia ver em seus olhos que simplesmente me ignoravam como um "católico que cantava em tom diferente, um espinho em uma ordem estabelecida".
Questionei a doutrina do limbo em relação ao status de bebês/indivíduos não batizados que morriam sem ser libertos do "Pecado original" (como acreditam os católicos). Equipes médicas podem batizar pacientes em estado crítico (próximo da morte), acreditando-se ser suficiente se o paciente/indivíduo morrer. Mas se o paciente sobrevive, ainda precisa ir a um padre para o batismo! Isso não fazia sentido. Como podia ser considerado "suficiente" em um caso e insuficiente em outro?
Os parentes ricos do morto podem oferecer um número ilimitado de missas para remover as almas de seus entes queridos do "purgatório" (uma invenção da igreja católica), claro, por uma taxa pesada, mais uma vez, paga à igreja. Isso possibilita que o rico compre seu caminho para o "paraíso", enquanto que as almas dos pobres cujos parentes não podem pagar, apodrecem no purgatório ou, muito pior, vão direto para o inferno. Até o badalar dos sinos das igrejas para anunciar a morte de alguém na comunidade tem uma taxa relacionada.
Quando me casei com 21 anos e tive minha própria família, parei de ser católico. Parei de frequentar missas. Comecei minha busca pela religião verdadeira e não acreditava mais na fé católica. Isso me levou a estudar a fé dos que professam serem cristãos protestantes - que acreditam que a mera aceitação de Jesus como salvador pessoal levará à salvação. Os protestantes acreditam que "somente a fé" é necessária para a salvação. Acho estranho. Sinto muito, mas acho que deve ser a religião dos "preguiçosos" demais para fazer boas ações para agradar a Deus!
Então estudei a Bíblia com as Testemunhas de Jeová, que insistem que o nome de Deus é Jeová, apesar de eles mesmos admitirem que Yahweh deva ser o nome mais adequado para Deus, já que não existem vogais na língua hebraica!
Também me tornei membro da Iglesia Ni Cristo (INC).[1] Mais uma vez, tinha muitas perguntas relacionadas às práticas dentro da INC que me fizeram continuar minha busca pela religião verdadeira.
Foi durante meu trabalho na ilha de Mindanao por dois anos, especificamente em Cotabato City no final dos anos 1980 que entrei em contato pela primeira vez com o Islã. Embora não tenha tido uma chance de estudar a religião, essa exposição posteriormente me atrairia para o Islã.
Os cristãos veem nossos irmãos muçulmanos como criadores de caso, terroristas polígamos, assassinos, sequestradores, traficantes e homens-bomba, tanto que existe um ditado bem conhecido que diz "muçulmano bom é um muçulmano morto". Ser muçulmano durante esse estágio em minha vida era a última coisa em minha mente, porque acreditava que devia haver um intermediário entre Deus e o homens (devido às minhas duas décadas de luta com o Cristianismo) e que a religião não deve promover a violência (embora também estivesse ciente da história da inquisição católica).
Passaram-se mais de duas décadas, ou 23 anos, para ser exato, até parar de usar a Bíblia como padrão de medida do que considero ser a religião verdadeira. Comecei a ler o Alcorão sagrado e fiz buscas incontáveis na web para satisfazer minha curiosidade. As questões mais profundas em minha mente foram respondidas uma a uma quando soube desse site, IslamReligion.com. Existem muitos artigos úteis prontamente acessíveis para quem está buscando pela verdade. Quem busca a verdade deve ter muito cuidado na pesquisa online, porque existem muitos sites propagando mentiras, que distorcem fatos ou tentam desviar dos ensinamentos do profeta Muhammad, que Deus o exalte.
Com a misericórdia de Deus, meus olhos foram abertos. Meu zelo para buscar a verdade foi despertado ainda mais. Percebi uma lição muito importante, de que nem todo muçulmano se apega ao Islã como devia. Então, não é justo julgar o Islã com base no que os muçulmanos fazem.
Aprendi que o Islã é uma religião de paz e que a violência está longe da mente de um verdadeiro muçulmano. Aprendi os seis pilares da fé e as crenças e práticas básicas no Islã. Tive a convicção para finalmente dizer a shahada (o testemunho de fé) e entrar no Islã.
A vida não é só nascer, adquirir conhecimento mundano em alguma universidade, ganhar dinheiro para gastar com as necessidades e, então, na velhice, doença e finalmente a morte. Porque se fosse esse o significado da vida, ela seria miserável porque "mesmo que vença a corrida dos ratos, ainda continuará a ser um rato miserável."
Sem abraçar o Islã e sem viver a vida puramente pelo prazer de Deus, a vida continuará sem sentido e cheia de problemas.
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