Heinz, ex-cristão, Reino Unido
Descrição: Como o Islã finalmente entrou em seu coração.
- Por Selma Cook
- Publicado em 14 Oct 2013
- Última modificação em 14 Oct 2013
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Abdul Hakim Heinz cresceu no sul de Londres. Foi primeiro apresentado ao Islã com a idade de sete anos quando sua mãe abraçou o Islã.
Anos depois viajou e viveu no Egito por alguns anos e desenvolveu ainda mais seu conhecimento e compreensão do Islã e também sua habilidade na língua árabe.
Era apenas um menino quando sua mãe se converteu e foi então que ele e seu irmão e irmã mudaram de ir à igreja para praticar o Islã. Foi um grande choque para ele a princípio, porque sua zona de conforto tinha sido os conceitos cristãos que havia aprendido anteriormente.
Inicialmente o Islã foi apresentado a ele como um conjunto de regras estritas que tinha que ser seguido. Ele admite que inicialmente achou tudo muito difícil de lidar. Aos sete esperava-se que ele orasse e jejuasse.
Também tinha que aprender como ler em árabe e se viu orando e lendo o Alcorão, mas sem entendimento do que estava dizendo e do motivo para fazer tudo aquilo.
Entretanto, os anos passaram e depois de algum tempo, tudo começou a se acomodar e o Islã tornou-se seu modo de vida. Quando olha para trás, nota que como adolescente era natural que começasse a questionar do que se trata a vida.
Ao passar pela turbulência de sua adolescência, o significado da mensagem do islã começou a tocar seu coração e a se tornar cada vez mais aceitável para ele. Também começou a entender o que o Islã significava em sua vida e à medida que aprendia mais, percebeu o Islã como o caminho correto.
Heinz admite: “No início de minha adolescência ser muçulmano era algo do que se envergonhar. Na escola me ensinaram estudos islâmicos, mas também me ensinaram que era como Hinduísmo e Sikhismo.”
Afetou-o ver que o Islã e aqueles que o seguiam eram considerados “diferentes” dos outros. Quando começou o segundo grau não queria ser associado com o Islã, mas o manteve em seu coração.
Explica sua reação: “Era por causa da pressão externa, mas ao mesmo tempo, não tinha me aprofundado o suficiente no Islã para justificar minha crença como poderia ter feito.” A percepção pública do Islã na época afetou como ele se apresentava como muçulmano. Queria estar entre a massa comum, o que é uma parte natural da natureza humana. Essa percepção não mudou até que estivesse com mais ou menos quatorze anos de idade.
Nessa idade mudou a forma como praticava o Islã e como apresentava sua religião aos outros. Isso aconteceu depois de viajar para a Holanda e Espanha. Sua viagem para a Espanha foi especialmente significativa, já que lá teve a oportunidade de interagir mais com muçulmanos praticantes.
Ele comenta: “Havia uma comunidade muçulmana minoritária onde eu estava na Espanha, mas eram respeitados e alguns dos jovens da minha faixa etária eram muito interessados na religião. Isso fez com que não me sentisse mais envergonhado. Jovens estavam abraçando o Islã e isso me deixou orgulhoso.”
Quando voltei para o Reino Unido vindo da Espanha, estava com quinze anos. Voltei para a escola, mas a diferença dessa vez era que era um muçulmano em meu interior! Estava muito mais confiante e comecei a falar mais sobre o Islã. Heinz diz, com felicidade: “Podia de fato dizer ‘sou muçulmano’”.
Então as atitudes em relação ao Islã começaram a mudar entre seus colegas na escola. Ele relata: “Naquela época, ser muçulmano era considerado jazzístico, elegante e legal! Isso me ajudou a ficar ainda mais confiante. Uma das coisas que me ajudou ao longo de todas essas mudanças foi minha independência para conhecer Allah Todo-Poderoso.”
Ele admite ler quando estava sozinho e memorizar o Alcorão. Também diz que quando era adolescente, embora seu ambiente familiar fosse de muçulmanos, o Islã nem sempre era praticado apropriadamente.
Apesar de tudo isso, havia algo em seu coração que sempre o atraía para Allah Todo-Poderoso e o Islã. Se a vida estava difícil ou tinha problemas, orava duas unidades de oração e desabafava com Allah Todo-Poderoso. Afirma: “Aprendi a me submeter a Allah.”
Heinz acredita que os muçulmanos têm que ser sinceros com Allah Todo-Poderoso e receitar o Alcorão todos os dias. Isso o ajudou a atravessar os anos difíceis da adolescência.
Notou que se tornou mais forte, as pessoas mudaram suas percepções em relação a ele e começaram a respeitá-lo.
Diz que se uma pessoa age timidamente, sente-se embaraçada e se comporta apologeticamente, as outras pessoas a colocam de lado. Mas se não se importa com o que as pessoas pensam, porque sabe que está com a verdade, as pessoas a respeitarão por causa da confiança que tem.
Heinz diz com segurança: “As pessoas respeitam esse tipo de caráter. Respeitam se você for autêntico.”
Ele acredita que não devemos explicações a nossos amigos ou ao grupo ao qual pertencemos, e que devemos ser nós mesmos. Aconselha aos novos muçulmanos a não tentarem copiar ninguém.
Agora está com vinte e três anos e acredita que em geral, no ocidente, as pessoas de sua idade estão lutando em termos de responsabilidade e saber o que é esperado delas como adultas. Acha que não estão seguras porque não pertencem a certa cultura ou sua cultura as motiva a sucumbir a esse mundo, que é cheio de agitação e discórdia.
Diz que quando estava com dezessete anos e decidiu praticar o Islã corretamente isso o ajudou a amadurecer, porque o Islã lhe deu um código estrito de conduta. Seguia o que o Islã diz e tentava compreender seu papel como ser humano.
Lentamente veio a saber que tinha responsabilidades e se transformaria em um adulto digno e uma pessoa melhor, mais atenta e consciente em relação às outras. Diz que sem o Islã teria se perdido.
É grato a Allah Todo-Poderoso por tê-lo levado tão longe. Com o Islã uma pessoa pode se destacar entre seus colegas porque o Islã amadurece o ser humano.
Diz: “Obter conhecimento islâmico no mundo de hoje é importante e não podemos escapar de Satanás, porque ele quer nos manter longe de onde devemos estar”.
“Os novos muçulmanos querem ficar no caminho certo e é importante manter boas companhias, porque uma pessoa se torna aquilo que o seu grupo é. Se as pessoas ao seu redor o levam para baixo, você talvez deva cortar relações com ela.”
Heinz vê que o período no Egito o ajudou a ver como os muçulmanos vivem e que é ótimo sentir que pertence a uma comunidade universal. Além do conhecimento que obteve do árabe e do Islã, o Egito também o ajudou a aprender mais sobre como ser um muçulmano na vida diária.
Diz que aprendemos das pessoas com as quais nos misturamos e que devemos ler o Alcorão regularmente e pedir a Allah Todo-Poderoso para nos ajudar a compreendê-lo adequadamente. Todos devem procurar aulas em suas áreas, frequentá-las e passar tempo na mesquita. As pessoas também podem visitar sites islâmicos e se envolver nas comunidades formadas a partir deles.
Ele observa que em Londres existem muitos lugares onde uma pessoa pode obter conhecimento e palestrantes proeminentes. Aconselha os novos muçulmanos a procurar essas aulas e palestras porque não apenas obterão conhecimento, mas também encontrarão pessoas boas.
Em relação ao futuro, Heinz diz que apenas pede a Allah o melhor e mantém a esperança. Diz: “Sou mais paciente agora por causa das experiências que tive. Consegui muita estabilidade por ter aprendido sobre os companheiros e o Profeta, que a misericórdia e bênçãos de Deus estejam sobre ele.”
Vê que a melhor maneira de ser um homem ou uma mulher é viver de acordo com os padrões de Allah Todo-Poderoso.
Esse artigo é baseado em uma entrevista com Abdul Hakim Heinz, de Londres.
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