Oum Abdulaziz, Ex-Cristã, EUA (parte 4 de 4): Conversão do Cristianismo ao Islã

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Descrição: Encontrou paz interior com a compreensão verdadeira da natureza de Deus através de uma religião não corrompida: o Islã.

  • Por Oum Abdulaziz
  • Publicado em 17 Dec 2012
  • Última modificação em 16 Dec 2012
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Realmente, estou em dívida com todos que me perguntaram por que sou muçulmana hoje, porque escrever essa resposta encorajou-me a reler a Bíblia (depois de todos esses anos) e esclareceu-me mais uma vez, em minha própria mente, os muitos argumentos que encontrei inicialmente e as razões pelas quais finalmente abracei o Islã.  Ao ler a Bíblia hoje, como muçulmana, estou surpresa pelo que encontrei nela.  Estou certa de que tinha lido cada verso na Bíblia como cristã e, ainda assim, como nunca ouvi sua mensagem completa?

Tinha sido uma cristã “renascida”.  Em uma noite carregada de emoções e de muitas lágrimas senti que o Espírito Santo tinha me despertado.  Fui salva e batizada e, por anos, frequentei os serviços da igreja várias vezes por semana.  Queria aumentar minha fé.  Tinha tantas perguntas, mas uma vez que se ultrapassa aquela experiência de salvação onde se encontra as respostas?  Cada seita e denominação ensina algo diferente.  Qual era a correta?  Ouvi muitos ensinamentos diferentes; a maioria soava bem para mim, mas quando perguntava onde na Bíblia encontrava aqueles ensinamentos, raramente recebia respostas suficientes.

De parentes, amigos e vizinhos aprendi um pouco sobre vários grupos cristãos diferentes.  Também conheci alguns judeus e ateus.  Através de amigos, fui atraída para a igreja católica.  Sua reputação como a igreja “mais antiga” e “original” teve um apelo em mim, junto com os ensinamentos (talvez não ortodoxos) de alguns padres de que Deus é diferente para cada um (ou, em outras palavras, Deus é para você o que quiser que Ele seja).  Disseram-me que podia ser católica sem ter que acreditar em tudo que vinha de Roma.

Os católicos não tinham as experiências de salvação que tinha testemunhado entre os cristãos renascidos.  Ainda assim, aparentemente tinham seus próprios “milagres”.  Um grupo tinha viajado para a Iugoslávia onde vários jovens estavam tendo visões periódicas da Virgem Maria.  Durante a viagem, os elos de metal nos rosários de uma mulher religiosa de nossa igreja tinha se transformado em ouro puro e um apresentador protestante que viajava com eles para cobrir a história tinha testemunhado a estátua da Virgem Maria chorar.

Em visitas aos meus tios frequentei sua igreja pentecostal.  Lá testemunhei meus parentes e os demais frequentadores “falarem em línguas.”  Estavam literalmente, fisicamente “tomados pelo Espírito Santo” pregando e gritando em alguma língua ininteligível, em uma voz que não era deles.  Para eles era uma experiência muito pessoal e única.  Admirava seus altos padrões morais.

Também tinha ouvido sobre grupos nova era que tinham experiências “fora do corpo”, “transcendendo” seus corpos físicos para unirem-se a “Deus” (se acreditavam em Deus) ou à “Luz” ou “Paz”.  Vários livros novos sobre experiências em transcendentalismo tornou esse assunto popular nas conversas.

Nessa época conheci alguns muçulmanos pela primeira vez em minha vida.  Ouvi deles histórias sobre vitórias milagrosas de combatentes afegãos mal armados tinham superado seus opressores soviéticos.  As histórias vindas do Afeganistão eram incríveis e sobrenaturais.  Não sabia se podia acreditar em tudo, mas sabia que era verdade que com perda mínima de vidas do lado deles os afegãos estavam expulsando o exército soviético de seu território, para estabelecer um país “islâmico”.

Questionava tudo isso.  Como pessoas de fés diferentes e conflitantes estavam todas recebendo esses sinais?  Deus pode dizer a cada um deles que estão seguindo o caminho certo?

Hoje, como muçulmana não tenho que viver em dúvida ou confusão.  Sei que os poderes do bem e do mal são capazes de realizar maravilhas “sobrenaturais”.  (A Bíblia diz o mesmo também – Mateus 24:24). Experiências com bons e maus espíritos, demônios, demoníacas, etc., (todos chamados pelos muçulmanos de ‘jinns”) são reais.  O Jinn é outro tipo de criação com livre arbítrio como o homem.  O Islã ensina que Satanás é um dos jinns, não um anjo caído como afirmado pelos cristãos.  (De acordo com o Islã, os anjos não têm livre arbítrio para desobedecer A Deus.) Alguns cristãos negam a existência dos jinns, embora sejam mencionados repetidamente na Bíblia.  (Mateus 4:24, 7:22, 8:28-33, 11:18, 12:28, 17:18; Marcos 1:34; I Timóteo 4:1; Tiago 2:19; Apocalipse 18:2) Seus “poderes” são reais e foram descritos para nós no Alcorão como sendo capazes até de “sussurrar” em nossos corações. (Alcorão 114:1-6) Mas Deus criou nossas almas na melhor proporção possível, inspirando-as com conhecimento Dele e do bem e do mal.  Deus também nos dotou de intelecto como a confirmação de fé, e a fé verdadeira está em paz tanto com a nossa natureza inata quanto com nosso intelecto.

Pela graça de Deus (exaltado seja Ele), o Islã tinha conquistado meu coração e minha mente.  Assim que reconheci os erros fundamentais de meu caminho anterior e reconheci a verdade absoluta do Islã, sabia que precisava fazer grandes mudanças em minha vida.  Para tornar minha fé aceitável para Deus, sabia que tinha que vivenciá-la.  Tinha que permitir que as convicções de meu coração governassem as ações do meu corpo.  Não podia mais negar que minha vida, minha saúde e tudo o mais vieram a mim somente pela graça de Deus.  Também não podia mais permitir-me associar nada ou ninguém com Deus em Sua divindade.  Com minha amiga muçulmana especial, também fui à mesquita (casa de adoração muçulmana) local para fazer uma confissão oral e pública de minha convicção de que só há um Deus, Allah, e ninguém é merecedor de adoração exceto Ele e que Muhammad é Seu servo e mensageiro (que a paz esteja sobre ele).

Ironicamente minha escolha de vestimenta islâmica – a coisa que imediatamente diz aos outros americanos que sou “diferente” – não devia ser estranha para todos os cristãos.  O Novo Testamento ensina que:

“… as mulheres se ataviem com traje decoroso, com modéstia e sobriedade, não com tranças, ou com ouro, ou pérolas, ou vestidos custosos.” (1 Timóteo 2:9)

Também as instrui a cobrir seus cabelos. 

“E toda mulher que ora ou profetiza, não tendo coberta a cabeça, falta ao respeito ao seu senhor, porque é como se estivesse rapada. Se uma mulher não se cobre com um véu, então corte o cabelo. Ora, se é vergonhoso para a mulher ter os cabelos cortados ou a cabeça rapada, então que se cubra com um véu.” (1 Coríntios 11:5-6)

Havia uma tradição de usar o véu entre judias também.

Como convertida ao Islã, ao invés de achá-lo opressivo, descobri que o hijab é liberador.  Sinto um senso de respeito muito maior ao deixar minha casa usando o hijab do que em minha vestimenta pré-islâmica.  O hijab liberta as mulheres dos limites da sociedade não islâmica, em que seu “valor” é determinado basicamente por sua aparência física.  Claro, existem outras razões por que continuo a colocar minha fé no Islã.  Quanto mais aprendo sobre o Islã e outras crenças, mais certa estou de que tomei a decisão certa ao seguir o Islã.  Oro que Deus concederá Sua misericórdia a mim, perdoará minhas faltas, aumentará minha fé e me manterá longe da tentação.  Encorajo você a ler o Alcorão e buscar a verdade por si mesmo.

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