Ologunde Sa, ex-ateia, Índia (parte 1 de 4)
Descrição: “As coisas são esclarecidas por meio de seus opostos.” Provérbio árabe. Parte 1: Do ateísmo em um ambiente hindu ao deísmo, por meio do casamento com um cristão devoto.
- Por Ologunde Sa
- Publicado em 17 Feb 2014
- Última modificação em 17 Feb 2014
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Asalamu alaikum wa rahmatullahi wa barakathuhu
Nada destaca mais a Verdade do que a Falsidade! Abracei o Islã 6 meses depois que cheguei aos EUA, graças ao meu encontro com o Cristianismo!
Nasci na Índia e cresci entre pessoas que adoravam muitos deuses e deusas - os hindus. Em cada rua e esquina na Índia você encontrará templos que abrigam ídolos de madeira, pedras, marfim e até ouro e prata.
Não venho de uma família hindu. Meus pais não acreditam em Deus. São ateus.
Ensinaram-me que não havia algo como Deus. Quando criança acreditava em tudo que meus pais me diziam. Eu os admirava e acreditava que sabiam tudo. Pensava que eram perfeitos. Quando cresci, entretanto, percebi que meus pais não sabiam tudo. Certamente não eram perfeitos. E cometiam erros.
Em determinado ponto, começaram a surgir em minha mente várias perguntas sobre como a vida começou. Estou certa que essas perguntas surgem nas mentes da maioria das pessoas em um momento ou outro:
Quais são o significado e o propósito da vida? Por que o homem enfrenta dificuldades em escolher entre o bem e o mal? Por que as pessoas morrem? O que acontece depois da morte?
Meus pais não tinham as respostas para essas perguntas.
Comecei a pensar de maneira independente e, no fim, depois de muita contemplação e reflexão cheguei à conclusão de que Deus existia! De fato, Deus era a única realidade!
Existe ordem e perfeição na natureza que não podem resultar do acaso.
Não pode haver projeto sem um Projetista e criação sem um Criador. Nós humanos somos produtos de criação, não de acaso, acidente ou evolução.
Era óbvio para mim que só havia um Criador. Não podia haver mais de um, uma vez que causaria uma divisão ou racha no poder que, consequentemente, resultaria em caos e desordem. Não há um ditado que diz “Muitos cozinheiros estragam a sopa?”
Então, comecei a acreditar em Deus. Também acreditava na prestação de contas por minhas ações. Nossas ações são as únicas coisas que podemos controlar. Nada além disso está em nosso poder.
Como Deus nos criou com a liberdade de escolher entre certo e errado, era evidente para mim que importava muito o que eu escolhia fazer ou como escolhia agir. Bem no fundo sabia que um dia teria que prestar contas por todos os meus atos. Deus tem todo o poder e tem a capacidade de recompensar e punir. Então, temia muito a Deus.
Acreditava em Deus, mas não tinha uma religião. Costumava pensar que não importava a qual religião a pessoa pertencia, desde que aquela pessoa fosse boa. Mas há algo muito errado com esse tipo de pensamento. De qualquer maneira não tinha compreensão na época e tudo com o que me importava era em encontrar um homem temente a Deus para ser meu marido. Sendo monoteísta estava disposta a casar com um cristão, um muçulmano ou um bahai.
Encontrei meu marido sob a mais peculiar das circunstâncias. Ele era cristão. E era da América. Conhecíamos-nos há apenas três dias. Mas ele me propôs casamento. Considerei que ele era muito honesto e tinha seu coração cheio de temor a Deus. Casamos-nos. Duas semanas depois ele tinha que voltar para os EUA. Não podia me levar com ele. Levou um ano e meio até eu conseguir meu visto para ir para os EUA.
A América é muito diferente da Índia. Levei um tempo para me ajustar ao estilo de vida americano. Meu marido era um cristão muito devoto. Era membro da Igreja Mundial de Deus. Lia a Bíblia de maneira regular, frequente, quase fanática! Costumava observar o Sabah e frequentava a Igreja Adventista do Sétimo Dia. Fui à igreja com ela várias vezes. Também lia a Bíblia e encontrei muitas coisas nela que apoiaram o que acreditava sobre Deus. Gostava do provérbio “Temor a Deus é o começo da sabedoria.” Encontrei muitas pessoas boas na igreja. Até fiz alguns amigos muito bons. Era particularmente apegada um casal idoso. Estava muito feliz com a forma como as coisas estavam andando... até que fomos para a Califórnia visitar os parentes do meu marido.
Foi quando estava viajando no metrô, a caminho de Los Angeles, que algumas pessoas entraram e passaram folhas de papel para os passageiros. Olhei para o pedaço de papel em minha mão e li com profunda descrença. Preservei cuidadosamente aquele pedaço de papel. Dizia: O que devo fazer para ser salvo?
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