Tina Styliandou, ex-cristã, Grécia
Descrição: Uma grega que foi ensinada a odiar o Islã, abraça a religião
- Por Tina Styliandou, ex-cristã
- Publicado em 14 Apr 2014
- Última modificação em 14 Apr 2014
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Nasci em Atenas, na Grécia, de pais gregos ortodoxos. A família de meu pai morou na Turquia, Istambul, a maior parte de suas vidas e meu pai nasceu e cresceu lá. Eram abastados, bem educados e, como a maioria dos cristãos ortodoxos que viviam em um país islâmico, mantinham sua religião.
Veio uma época em que o governo turco decidiu expulsar a maioria dos cidadãos gregos da Turquia e confiscar sua riqueza, casas e negócios. Então a família de meu pai teve que retornar para a Grécia de mãos vazias. Isso foi o que os muçulmanos turcos fizeram com eles e isso validava, de acordo com eles, seu ódio ao Islã.
A família de minha mãe vivia em uma ilha grega na fronteira entre a Grécia e a Turquia. Durante um ataque turco, os turcos ocuparam a ilha, queimaram suas casas e, para sobreviver, eles escaparam para o continente grego. Mais uma razão para odiar os muçulmanos turcos!
A Grécia foi ocupada pelos turcos por mais de 400 anos e nos ensinaram a acreditar que o Islã era responsável por todos os crimes contra os gregos. Os turcos eram muçulmanos e seus crimes refletiam suas crenças religiosas.
Isso era de fato um plano muito sábio da igreja ortodoxa grega (religião e política na Grécia são a mesma coisa) para imbuir o ódio nos corações dos gregos contra o Islã, para proteger sua religião e prevenir as pessoas de se converterem à religião.
Assim, por centenas de anos fomos ensinados em nossa história e livros religiosos a odiar e debochar da religião islâmica.
Em nossos livros o Islã não era de fato uma religião e Muhammad (que a paz esteja sobre ele) não era um profeta! Era apenas um líder e político muito inteligente que reuniu regras e leis dos judeus e cristãos, acrescentou algumas de suas próprias ideias e conquistou o mundo.
Na escola éramos ensinados a debochar dele e de suas esposas ou companheiros. Todas as “caricaturas” e calúnias contra ele que são publicadas hoje pela mídia eram parte de nossas lições e provas!
Alhamdulillah (graças a Deus), Allah protegeu meu coração e o ódio contra o Islã não entrou.
Outros gregos também foram bem sucedidos em se livrar do fardo da herança religiosa ortodoxa colocado sobre seus ombros e abriram, pela vontade de Allah, seus olhos, ouvidos e corações para ver que o Islã é uma religião verdadeira enviada por Allah e que Muhammad é um verdadeiro profeta, e o último de todos eles.
Os muçulmanos acreditam que Allah enviou mensageiros para a humanidade como orientação, começando de Adão, Noé, Abraão, Ismael, Isaque, Moisés e Jesus (que a paz esteja sobre todos eles). Mas a mensagem final de Allah foi revelada ao profeta Muhammad (que a paz esteja sobre ele).
Foi uma grande ajuda para mim que meus pais não fossem muito religiosos. Raramente praticavam sua religião e costumavam me levar à igreja somente em casamentos ou funerais.
O que afastou o meu pai da religião foi a corrupção que via diariamente entre os padres. Como essas pessoas podiam pregar Deus e bondade e, ao mesmo tempo, roubar dos fundos da igreja, comprar mansões e carros Mercedes e espalhar o homossexualismo entre eles? São esses os representantes virtuosos da religião que nos guiarão, corrigirão e levarão para mais perto de Deus? Estava cansado deles e isso fez com que se tornasse ateu.
As igrejas perdem a maioria de seus seguidores, pelo menos em meu país, por causa de suas ações. No Islã um sheik ou estudioso da religião ajuda e guia outros com pura paixão e somente com o desejo de agradar a Allah e obter seu caminho para o Paraíso.
No Cristianismo tornar-se padre é uma ocupação lucrativa. Essa corrupção “por dentro” afasta muitos jovens da religião em que nasceram e os leva para buscar outra coisa.
Quando adolescente gostava demais de ler e não estava realmente satisfeita ou convencida com o Cristianismo. Tinha crença em Deus, temor e amor por Ele, mas tudo o mais me confundia.
Comecei a buscar, mas nunca pesquisei o Islã (talvez devido ao histórico que tinha contra ele).
Então, alhamdulillah, Ele teve misericórdia de minha alma e me guiou da escuridão para a luz, do Inferno para o Paraíso, se Deus quiser.
Ele trouxe para minha vida o meu marido, nascido muçulmano, plantou a semente de amor em nossos corações e nos levou ao casamento sem que realmente prestássemos atenção às diferenças religiosas.
Meu marido estava disposto a responder qualquer pergunta que eu tivesse em relação à sua religião, sem humilhar minhas crenças (independente do quanto fossem erradas) e sem nunca me pressionar ou mesmo pedir para que eu trocasse minha religião.
Depois de 3 anos de casada, tendo a chance de saber mais sobre o Islã, ler o nobre Alcorão e também outros livros religiosos, estava convencida de que não havia algo como a trindade e nem Jesus era Deus.
Os muçulmanos acreditam em um Deus Único e Incomparável, Que não tem filho e nem parceiro e que ninguém tem o direito de ser adorado, exceto Ele apenas! Ninguém compartilha Sua divindade e nem Seus atributos.
Allah Se descreve no Alcorão. Disse:
“Dize: Ele é Allah, o Único.Allah, o Absoluto! Jamais gerou ou foi gerado! E ninguém é comparável a Ele!” (Alcorão 112:1-4)
Ninguém tem o direito de receber invocações, súplicas, orações ou qualquer ato de adoração, exceto Allah.
A religião do Islã é a aceitação e a obediência aos ensinamentos de Allah que foram revelados ao Seu profeta final, Muhammad.
Tornei-me muçulmana, mantendo segredo de minha família e amigos por muitos anos. Morávamos com meu marido na Grécia tentando praticar o Islã, mas era extremamente difícil, quase impossível.
Em minha cidade não havia mesquitas, nem acesso a estudos islâmicos, pessoas orando ou jejuando ou mulheres usando hijab.
Havia apenas alguns imigrantes muçulmanos que vieram para a Grécia em busca de um futuro financeiro melhor e que deixaram o estilo de vida ocidental atraí-los e, por fim, corrompê-los. Como resultado, não seguiam sua religião e estavam completamente perdidos.
Era incrivelmente difícil desempenhar nossos deveres islâmicos, especialmente para mim, já que não nasci como muçulmana e não tive uma educação islâmica.
Meu marido e eu tínhamos que orar e jejuar com o uso de calendários, sem Adhan (a chamada muçulmana para oração) em nossos ouvidos e sem Ummah islâmica (comunidade de muçulmanos) para nos apoiar. Sentíamos que a cada dia que passava dávamos um passo para trás. Nossa fé estava diminuindo e a onda nos levando.
Então, quando minha filha nasceu, decidimos que para salvar nossas almas e a de nossa filha, se Deus quisesse, tínhamos que migrar para um país islâmico. Não queríamos educá-la em um ambiente ocidental aberto, onde ela lutaria para manter sua identidade e pudesse acabar perdida.
Graças a Allah, Ele nos guiou e deu a chance de migrar para um país islâmico, onde podemos ouvir as palavras doces do Adhan e aumentar nosso conhecimento e amor por Ele e por nosso amado profeta Muhammad.
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