Sally, ex-católica, Filipinas

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Descrição: Uma freira católica: Uma experiência ruim, mas um belo final!

  • Por Irmã Saleha (anteriormente, Sally)
  • Publicado em 17 Mar 2014
  • Última modificação em 17 Mar 2014
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Pobre Melhor

Cresci em uma família católica devota e fui educada com os valores e tradições católicos.  Aos quinze anos, entrei no monastério.  Enquanto estava no monastério era feliz, porque podia realizar meus deveres como freira e as pessoas ao meu redor, incluindo minha família, também estavam satisfeitas comigo.

Até o momento em que comecei a perguntar a mim mesma todas as noites: “O que estou fazendo no monastério?” Fiquei em nossa pequena e humilde capela e comecei a perguntar a Deus se Ele realmente me ouvia, porque tinha aprendido em nosso catecismo que Deus está presente no sacramento abençoado.

Muitas perguntas persistiam em minha mente.  As dúvidas estavam surgindo particularmente em relação à realidade de Jesus Cristo.  Entretanto, não tinha coragem de perguntar ao padre nem às outras freiras, que estavam comigo na época.  Tinha muito medo de que usassem isso contra mim.

Então, deixem as dúvidas persistirem.  Até me permitir professar meus primeiros votos temporários.  Continuei renovando-o a cada ano por DEZ ANOS! Até o momento em que não pude mais aguentar. Meus votos perpétuos de castidade e pobreza, a afirmação de que Jesus Cristo era meu Deus e que ele é o Senhor e filho de Deus.

Comecei a orar ainda mais, pedindo a Deus que me orientasse e mostrasse o caminho certo.

Se eu deixasse o monastério, causaria muita dor à minha mãe! Meu pai não se importava se eu deixasse a igreja e tivesse minha própria família.

Mas não queria magoar minha família, particularmente minha mãe, meus dois irmãos que são ambos padres e minhas quatro irmãs, que também são freiras!

Acima de tudo, não queria ser uma hipócrita e fingir que estava feliz praticando algo que era contra meu princípio.

Então, não me submeti minha carta de candidatura de profissão perpétua.  Falei com minha superiora geral, informando a ela que estava deixando o monastério.

Sem informar minha família, parti para encontrar um trabalho para sobreviver.  Depois de um tempo encontrei um amigo próximo que é padre e me ofereceu um trabalho com ele em sua igreja, na cidade de Marawi, como coordenadora da paróquia.

A propósito, minha família soube que deixei a igreja e foi muito difícil para eles aceitar o fato.  Mas tinham esperança de que um dia eu pudesse voltar a servir a igreja.

Enquanto trabalhava como coordenadora da paróquia, o padre que me contratou não estava me tratando muito bem.

Não pagou o meu salário e tentou abusar de mim sexualmente.  Mas, graças a Deus, não foi bem sucedido em suas intenções perversas.

Comecei novamente a orar a Deus pedindo que estivesse comigo e me fizesse feliz, porque nunca tinha estado em paz com minha vida.  Meu coração e mente eram miseráveis.

Um Novo Dia

Em 17 de junho de 2001, cedo pela manhã, ouvi um belo som, mas não compreendia o que era.  Achei que estivesse vindo da mesquita próxima.  Assim que ouvi o som, senti como se tivesse sido imersa em água fresca.  Não consigo explicar o sentimento.

Naquele dia senti a felicidade entrando em meu coração, mesmo sem entender o que ouvia.  Depois de ouvir esse som surpreendente, disse a mim mesma essas poucas palavras: “Existe um novo dia, existe um novo começo.”

Acordei aquela manhã perguntando o que era aquele som e me disseram que era a chamada para as orações dos muçulmanos.  Estranho! Vim para essa cidade (Marawi) na primeira semana de maio de 2001, mas mal podia ouvir o som até aquela manhã de junho de 2001.

Naquele dia decidi saber mais sobre o Islã e os muçulmanos.  Comecei a pesquisar através da leitura de livros, até que finalmente deixei meu trabalho.  Voltei para minha família em Pampanga e descobri que meu pai já havia falecido.

Fiquei deprimida por um tempo, mas não parei de pesquisar o Islã.  Então voltei para Manilha na esperança de encontrar alguém para me explicar o Islã.  Em meu coração estava pronta para abraçar o Islã, mas não sabia como!

Não desisti e pesquisei na internet.  Cheguei ao ponto de participar de salas de bate-papo, esperando encontrar um muçulmano que pudesse me esclarecer sobre o Islã.

Em 16 de junho de 2004 encontrei o irmão em Manilha.  Ele começou a me explicar sobre o Islã.  No dia, declarei:

La ilaha illalah muhammadur rasulullah wa ‘isa ibnu maryam abdullahi wa rasuli (Não há divindade merecedora de adoração exceto Allah, Muhammad é o mensageiro e Jesus, filho de Maria, é um servo e mensageiro de Allah)

Naquele dia fatídico, finalmente encontrei um novo lar, o lar do Islã: um lar onde pude encontrar amor, felicidade e alegria.  Agora posso sorrir, um sorriso que vem de meu coração.  Naquele dia dormi muito bem.

Toda vez que oro, choro, não lágrimas de tristeza, mas de alegria.  Uma alegria que o dinheiro não pode comprar.  É indescritível.

Agora lembro quando tive uma conversa com meu avô que é um padre católico (tio de minha mãe). Ele disse: “Se quiser mudar sua religião, volte para o Islã!” Deus é Grande!

Que Allah abra os corações de minha família para a luz do Islã e que nos proteja de Satanás.  Amém.

Ó irmãos e irmãs muçulmanos! Incluam-me em suas orações!

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