Laurence Brown, Médico, EUA (parte 1 de 2): Histórias de Conversão
Descrição: A natureza das histórias de conversão e o traço comum entre elas, independente da religião.
- Por Laurence B. Brown, MD
- Publicado em 05 Jul 2010
- Última modificação em 05 Jul 2010
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Depois de responder repetidamente como me tornei muçulmano e por que, decidi contar a história pela última vez, mas dessa vez no papel. Entretanto, sinto que histórias de conversão não têm valor a menos que sejam relacionadas com as lições aprendidas, e é com essas lições que pretendo começar.
Sem dúvida, existe certo fascínio com histórias de conversão, e por uma boa razão. Geralmente envolvem eventos dramáticos e que mudaram suas vidas, suficientes para tirar o convertido do mundo materialista e levá-lo para o espiritual. Aqueles que experimentam esses dramas da vida são colocados frente a frente com questões maiores da vida pela primeira vez, que os forçam a fazer perguntas sobre o propósito da vida, como “Quem nos fez?” e “Por que estamos aqui?” Mas existem outros elementos comuns às histórias de “conversão” e um deles é que o convertido é colocado de joelhos nesses momentos e a maioria relata ter orado com sinceridade pela primeira vez em suas vidas. Tenho me intrigado com esses traços comuns e anotei algumas lições significativas. A primeira, eu diria, é que a maioria dos convertidos que passou por esses momentos de teste e pânico orou diretamente para Deus, sem intermediários, e sem distração. Por exemplo, mesmo aqueles que passaram suas vidas crendo na Trindade, quando diante de uma catástrofe, instintiva e reflexivamente oram diretamente para Deus e nunca para outros elementos propostos da Trindade.
Deixe-me contar uma história como exemplo. Um popular evangelista televisivo uma vez ouviu a história de conversão de uma cristã “renascida”, que revolveu em torno de um terrível naufrágio, do qual ela foi a única sobrevivente. A senhora relatou como, durante seus dias e noites de sobrevivência contra os elementos difíceis do oceano aberto, Deus falou com ela, Deus a guiou, Deus a protegeu, etc. Você pode ter uma idéia. Por talvez cinco a dez minutos ela contou sua história, que era de fato dramática e cativante, mas ao longo da história ela contou como Deus fez isso, Deus fez aquilo, e buscando Seu favor, como ela orou para Deus e Deus somente. Entretanto, quando foi salva por um navio que passava, descreveu como no minuto em chegou no deque do navio levantou seus braços abertos para os céus e gritou: “Obrigada, Jesus.”
Bem, existe uma lição aqui, e tem a ver com sinceridade. Quando em pânico e estresse da circunstância, as pessoas instintivamente oram a Deus diretamente, mas quando se consideram seguras frequentemente retornam às suas crenças, muitas (se não a maioria) das quais são mal direcionadas. Todos nós sabemos que muitos cristãos equiparam Jesus a Deus e para aqueles que gostariam de argumentar esse ponto, sugiro que leiam meu livro sobre o assunto, intitulado The First and Final Commandment (O Primeiro e Final Mandamento, em tradução livre) (Amana Publications). Para todos os outros, simplesmente continuarei dizendo que a verdadeira pergunta é “Quem está verdadeiramente salvo?” Existem incontáveis histórias de conversão, todas contando como o Deus dessa ou daquela religião salvou a pessoa em questão, e todos esses convertidos se consideram baseados na verdade pela natureza do milagre de sua salvação. Mas como só existe um único Deus e, consequentemente, apenas uma religião de verdade absoluta, a verdade é que somente um grupo pode estar certo e todos os outros vivem em ilusão, com seus milagres pessoais confirmando sua descrença ao invés da verdade. Como Deus ensina no Alcorão Sagrado:
“...Deus deixa que se desvie a quem Lhe apraz e encaminha até Ele os contritos.” (Alcorão 13:27)
... e:
“Àqueles que crêem em Deus, e a Ele se apegam, introduzi-los-á em Sua misericórdia e Sua graça, e os encaminhará até Ele, por meio da senda reta.” (Alcorão 4:175)
Quanto aqueles que se desviam em descrença, continuarão desviados, como escolheram.
Mas a força da fé, mesmo quando mal direcionada, não deve ser subestimada. Então, quem vai se tornar muçulmano com base em minha história de conversão? Somente uma pessoa – eu. Os muçulmanos podem encontrar algum encorajamento em minha história e outros não, da mesma forma que os muçulmanos suspiram e balançam a cabeça em desespero quando ouvem outros relatar os “milagres” que se seguiram às orações para santos patronos, parceiros na Trindade ou outras distrações do Verdadeiro e Único Deus. Porque se uma pessoa ora para algo ou alguém além de nosso Criador, quem, se não Deus, pode responder a essas orações? Pode ser um certo alguém que tem interesse em confirmar aqueles que estão desviados em sua descrença particular? Alguém cujos propósitos dedicados seja desviar a humanidade?
Esses são temas abordados em detalhes no meu livro e os interessados podem investigar. Por agora, contarei minha história.
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