Wilfried Hofmann, Cientista Social e Diplomata Alemão (parte 2 de 2)

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Descrição: A história de como um diplomata alemão e embaixador para a Argélia aceitou o Islã.  Parte 2.

  • Por Wilfried Hofmann
  • Publicado em 03 Jan 2011
  • Última modificação em 03 Jan 2011
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“Comecei a ver o Islã com meus próprios olhos, como uma crença inalterada, pura, no único e verdadeiro Deus, Que não gera e não é gerado, com Quem nada e ninguém se parece... No lugar do deísmo qualificado de um Deus tribal e das construções da divina Trindade, o Alcorão me mostrou o conceito de Deus mais lúcido, mais direto e mais abstrato - embora historicamente o mais avançado - e o menos antropomórfico.”

“As afirmações ontológicas do Alcorão e também seus ensinamentos éticos, me impressionaram como profundamente plausíveis, de modo a não haver espaço para a menor dúvida sobre a autenticidade da missão profética de Muhammad. As pessoas que entendem a natureza humana não podem deixar de apreciar a infinita sabedoria das proibições e permissões vindas de Deus para o homem na forma do Alcorão.”

Para o aniversário de 18 anos de seu filho em 1980, ele preparou um manuscrito de 12 páginas contendo as coisas que considerava verdades inquestionáveis a partir de uma perspectiva filosófica.  Pediu a um imame de Cologne chamado Muhammad Ahmad Rassoul para dar uma olhada no trabalho.  Depois de lê-lo, Rassoul comentou que se o Dr. Hofmann acreditava no que havia escrito, então ele era um muçulmano!  De fato, em poucos dias ele declarou: “Testemunho que não há divindade além de Deus e testemunho que Muhammad é mensageiro de Deus.” Foi em 25 de setembro de 1980.

O Dr. Hofmann continuou sua carreira como diplomata alemão e representante da OTAN por quinze anos depois de se tornar muçulmano.  “Não experimentei qualquer discriminação em minha vida profissional”, disse ele.  Em 1984, três anos e meio após sua conversão, o então presidente alemão Dr. Carl Castens o distinguiu com a Ordem do Mérito da República Federal da Alemanha.  O governo alemão distribuiu seu livro “Diário de um Muçulmano Alemão” para todas as missões estrangeiras alemães nos países muçulmanos como uma ferramenta analítica.  Os deveres profissionais não o impediram de praticar sua religião.

Antes um grande apreciador de vinho tinto, ele agora recusava educadamente ofertas de álcool.  Como representante do Serviço de Relações Exteriores, ocasionalmente tinha que organizar almoços de trabalho para convidados estrangeiros.  Participava nesses almoços com um prato vazio durante o Ramadã.  Em 1995 renunciou voluntariamente do Serviço de Relações Exteriores para se dedicar às causas islâmicas.

Enquanto discutia os males causados pelo álcool na vida individual e social, o Dr. Hofmann mencionou um incidente em sua própria vida causado pelo álcool.  Durante seus anos na universidade em Nova Iorque em 1951, uma vez ele viajou de Atlanta ao Mississipi.  Quando estava em Holy Spring, Mississipi, repentinamente um veículo, aparentemente dirigido por um motorista bêbado, apareceu na frente de seu carro.  Seguiu-se um sério acidente, levando dezenove dos seus dentes e desfigurando sua boca.

Depois de passar por cirurgia em seu queixo e na parte baixa do quadril, o cirurgião do hospital o confortou dizendo: “Em circunstâncias normais ninguém sobrevive a um acidente como aquele. Deus tem algo especial em mente para você, meu amigo!” Enquanto mancava em Holy Spring depois de ser liberado do hospital com seu “braço em uma tipóia, um joelho enfaixado e um rosto cheio de pontos e iodine”, ele se perguntou qual seria o significado do comentário do cirurgião.

Veio a saber um dia, muito mais tarde.  “Finalmente, trinta anos depois, no dia em que testemunhei minha fé no Islã, o verdadeiro significado de minha sobrevivência ficou claro para mim!"

Uma declaração sobre sua conversão:

“Por algum tempo, lutando cada vez mais por precisão e brevidade, tenho tentado colocar no papel de forma sistemática todas as verdades filosóficas, que, em minha opinião, podem ser afirmadas acima de dúvidas. No curso desse esforço ficou claro que a atitude típica de um agnóstico não é inteligente; que o homem simplesmente não escapa da decisão de acreditar; que a necessidade de criação de tudo que existe ao nosso redor é óbvia; que o Islã sem dúvida se encontra em maior harmonia com a realidade geral. Assim percebi, não sem levar um choque, que passo a passo, apesar de mim mesmo e quase inconscientemente, em sentimentos e pensamentos me tornei um muçulmano. Faltava apenas um último passo a ser dado: formalizar minha conversão.

Hoje sou muçulmano.  Alcancei.”

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