O Quinto Pilar do Islã: A Peregrinação (Hajj)

Classificação:
Tamanho da fonte:
A- A A+

Descrição: Os méritos e vários rituais realizados no Hajj, a quinta das cinco práticas islâmicas obrigatórias fundamentais.

  • Por IslamReligion.com
  • Publicado em 09 Feb 2009
  • Última modificação em 09 Feb 2009
  • Impresso: 888
  • 'Visualizado: 40,041 (média diária: 7)
  • Classificação: 2.6 de 5
  • Classificado por: 82
  • Enviado por email: 4
  • Comentado em: 0
Pobre Melhor

The_Fifth_Pillar_of_Islam_-_The_Pilgrimage_(Hajj)_001.jpgO Hajj (peregrinação à Meca) é a quinta das práticas e instituições islâmicas fundamentais conhecidas como os cinco pilares do Islã.  A peregrinação no Islã não é feita a túmulos de santos, a monastérios em busca de ajuda de homens sagrados, ou locais onde supostos milagres aconteceram, muito embora nós vejamos muitos muçulmanos fazendo isso.  A peregrinação é feita à Caaba, encontrada na cidade sagrada de Meca na Arábia Saudita, a ‘Casa de Deus,’ cuja santidade reside no fato de que o Profeta Abraão a construiu para a adoração a Deus.  Deus o recompensou atribuindo a Casa a Si próprio, em essência honrando-a, e fazendo-a o epicentro devocional para o qual todos os muçulmanos se voltam quando oferecem as orações (salah).  Os rituais de peregrinação são realizados hoje exatamente como foram feitos por Abraão, e depois dele pelo Profeta Muhammad, que Deus os exalte.

A peregrinação é vista como uma atividade particularmente meritória.  A peregrinação serve como uma penitência – o perdão supremo para pecados, devoção e intensa espiritualidade.  A peregrinação à Meca, a cidade mais sagrada no Islã, é exigida de todos os muçulmanos física e financeiramente capazes uma vez em suas vidas.  O ritual de peregrinação começa uns poucos meses após o Ramadã, no oitavo dia do último mês do ano islâmico de Dhul-Hijjah, e termina no décimo terceiro dia.  Meca é o centro para o qual os muçulmanos convergem uma vez ao ano, se encontram e revigoram a fé de que todos os muçulmanos são iguais e merecem o amor e simpatia dos outros, independentemente de sua raça ou origem étnica.  A harmonia racial promovida pelo Hajj é talvez melhor capturada por Malcom X em sua peregrinação histórica:

‘Todos entre os milhares no aeroporto, prestes a deixar Jeddah, estavam vestidos dessa forma.  Você podia ser um rei ou um camponês e ninguém saberia.  Alguns personagens poderosos, que foram discretamente mostrados a mim, vestiam a mesma coisa que eu.  Uma vez vestidos, todos nós começávamos a chamar intermitentemente “Labbayka! (Allahumma) Labbayka!” (A seu serviço, Ó Senhor!) Reunidas no avião estavam pessoas brancas, pretas, marrons, vermelhas e amarelas, olhos azuis e cabelos loiros, e meu cabelo vermelho encaracolado – todos juntos, irmãos!  Todos honrando o mesmo Deus, todos honrando igualmente uns aos outros.  . .

Foi quando pela primeira vez eu comecei a reavaliar o ‘homem branco’. Foi quando eu comecei a perceber que ‘homem branco’, como é comumente usado, só significa complexão secundariamente; primariamente descreve atitudes e ações.  Na América, ‘homem branco’ significava atitudes e ações específicas em relação ao homem negro, e em relação a todos os homens não-brancos.  Mas no mundo islâmico, eu vi que homens com complexões brancas eram mais genuinamente fraternais que qualquer um com quem eu já tivesse estado.  Aquela manhã foi o começo de uma mudança radical em meu ponto de vista sobre homens ‘brancos’.

Existiam dezenas de milhares de peregrinos, de todo o mundo.  Eles eram de todas as cores, de loiros de olhos azuis a africanos de pele negra.   Mas estávamos todos participando no mesmo ritual exibindo um espírito de unidade e irmandade que minhas experiências na América tinham me levado a acreditar que nunca poderia existir entre o branco e o não-branco...  A América precisa entender o Islã, porque essa é a única religião que apaga de sua sociedade o problema racial.  Ao longo de minhas viagens no mundo islâmico, eu tenho encontrado, falado e até mesmo comido com pessoas que na América seriam consideradas brancas – mas a atitude ‘branca’ foi removida de suas mentes pela religião do Islã.  Eu nunca tinha visto irmandade sincera e verdadeira praticada por todas as cores juntas, independentemente de sua cor.”

A peregrinação une os muçulmanos do mundo em uma fraternidade internacional.  Mais de dois milhões de pessoas realizam o Hajj a cada ano, e o ritual serve como uma força unificadora no Islã ao reunir seguidores de origens diversas em adoração.  Em algumas sociedades islâmicas, uma vez que o crente fez a peregrinação, ele é geralmente identificado com o título de ‘hajji’; isso, entretanto, é um costume cultural, ao invés de religioso.  Finalmente, o Hajj é uma manifestação da crença na unicidade de Deus – todos os peregrinos adoram e obedecem aos comandos do Deus Único.

Em certas estações nas rotas das caravanas para Meca, ou quando o peregrino passa no ponto mais próximo a essas estações, o peregrino entra no estado de pureza conhecido como ihram. Nesse estado, certas ações ‘normais’ do dia e da noite se tornam proibidas para os peregrinos, como cobrir a cabeça, cortar as unhas, e usar roupa normal no que se refere aos homens. Os homens removem suas roupas e adotam vestimentas específicas para esse estado de ihram, dois tecidos brancos sem costura enrolados no corpo.  Tudo isso aumenta a reverência e santidade da peregrinação, da cidade de Meca e do mês de Dhul-Hijjah. Existem 5 estações, uma nas planícies da costa nordeste de Meca na direção do Egito e uma ao sul na direção do Iêmen, enquanto três ficam ao norte ou leste na direção de Medina, Iraque e al-Najd.  A vestimenta simples significa a igualdade de toda a humanidade aos olhos de Deus, e a remoção de todas as afeições mundanas.  Após entrar no estado de ihram, o peregrino prossegue até Meca e espera o começo do Hajj.  No sétimo dia de Dhul-Hijjah o peregrino é relembrado de seus deveres, e no começo do ritual, que ocorre entre o oitavo e décimo segundo dia do mês, o peregrino visita os locais sagrados fora de Meca – Arafah, Muzdalifah, e Mina – e sacrifica um animal celebrando o sacrifício de Abraão.  O peregrino então apara ou raspa seu cabelo e, após jogar sete pedras em pilares específicos em Mina em três ou quatro dias consecutivos, se dirige à mesquita central onde ele caminha sete vezes em volta do santuário sagrado, ou Caaba, na Grande Mesquita, e anda de um lado para outro, caminhando e correndo, entre os dois pequenos montes de Safaa e Marwah sete vezes.  Discutir o significado histórico e espiritual de cada ritual está além do propósito desse artigo introdutório.

Além do Hajj, a “peregrinação menor” ou umrah é realizada pelos muçulmanos durante o resto do ano.  Realizar a umrah não substitui a obrigação do Hajj.  É semelhante à peregrinação islâmica maior e obrigatória (hajj), e os peregrinos podem escolher entre realizar a umrah separadamente ou junto com o Hajj.  Como no Hajj, o peregrino começa a umrah assumindo o estado de ihram.  Eles entram em Meca e circulam o santuário sagrado da Caaba sete vezes.  Eles devem então tocar a Pedra Negra, se puderem, orar atrás da Maqam Ibrahim (Estação de Abraão) e beber a água sagrada da fonte de Zamzam.  Andar entre os montes de Safa e Marwah sete vezes e aparar ou raspar os cabelos completa a umrah.

Pobre Melhor

Partes deste Artigo

Visualizar todas as partes juntas

Adicione um comentário

  • (Não é mostrado ao público)

  • Seu comentário será analisado e publicado dentro de 24 horas.

    Campos marcados com um asterisco (*) são obrigatórios.

Outros Artigos na Mesma Categoria

Mais visualizados

Diariamente
(Leia mais...)
(Leia mais...)
(Leia mais...)
(Leia mais...)
(Leia mais...)
(Leia mais...)
(Leia mais...)
Total
(Leia mais...)
(Leia mais...)
(Leia mais...)
(Leia mais...)
(Leia mais...)
(Leia mais...)
(Leia mais...)

Favorito del editor

(Leia mais...)
(Leia mais...)
(Leia mais...)

Listar conteúdo

Desde sua última visita
Esta lista no momento está vazia.
Todos por data
(Leia mais...)
(Leia mais...)

Mais populares

Melhores classificados
(Leia mais...)
(Leia mais...)
(Leia mais...)
(Leia mais...)
(Leia mais...)
Mais enviados por email
(Leia mais...)
(Leia mais...)
(Leia mais...)
(Leia mais...)
(Leia mais...)
Mais impressos
(Leia mais...)
(Leia mais...)
(Leia mais...)
(Leia mais...)
(Leia mais...)
Mais comentados
(Leia mais...)
(Leia mais...)
(Leia mais...)
(Leia mais...)
(Leia mais...)

Seus Favoritos

Sua lista de favoritos está vazia. Você pode adicionar artigos a esta lista usando as ferramentas do artigo.

Sua História

Sua história está vazia.

Minimize chat