Jeffrey Lang, Professor de Matemática e Escritor, EUA
Descrição: A história de um professor adjunto e autor de três livros sobre a jornada ao Islã.
- Por Ammar Bakkar
- Publicado em 25 Oct 2010
- Última modificação em 25 Oct 2010
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O Dr. Jeffrey Lang é um professor adjunto de matemática na Universidade de Kansas, uma das maiores universidades nos Estados Unidos. Começou sua jornada religiosa em 30 de janeiro de 1954, quando nasceu em uma família católica em Bridgeport, Connecticut. Os primeiros 18 anos de sua vida foram passados em escolas católicas, que o deixaram com muitas perguntas não respondidas sobre Deus e a religião cristã, disse Lang enquanto narrava sua história do Islã. “Como a maioria das crianças no final dos anos 60 e início dos 70, comecei a questionar todos os valores que tínhamos naqueles tempos: políticos, sociais e religiosos”, disse Lang. “Rebelei-me contra todas as instituições que a sociedade considerava sagradas, inclusive a Igreja Católica”.
Quando chegou aos 18 anos Lang tinha se tornado totalmente ateu. “Se existe um Deus, e Ele é misericordioso e amoroso, então por que existe sofrimento na terra? Por que Ele não nos leva para o paraíso? Por que criar todas essas pessoas para sofrer?” Essas eram as perguntas que vinham à minha mente naqueles dias.
Como um jovem professor de matemática na Universidade de São Francisco, Lang encontrou sua religião onde Deus é finalmente uma realidade. Isso era mostrado a ele por alguns dos amigos muçulmanos que encontrou na universidade. “Falávamos sobre religião. Fiz muitas perguntas, e fiquei realmente surpreso com o cuidado com que elaboraram suas respostas,” disse Lang.
O Dr. Lang encontrou Mahmoud Qandeel, um saudita com aparência real que atraiu a atenção da classe inteira no momento em que entrou. Quando Lang fez uma pergunta sobre pesquisa médica, Qandeel respondeu em inglês perfeito e com grande autoconfiança. Todos conheciam Qandeel - o prefeito, o chefe de polícia e as pessoas comuns. Juntos o professor e o aluno foram a todos os lugares resplandecentes onde “não existe alegria ou felicidade, apenas risadas.” Ainda assim, no final, Qandeel surpreendentemente deu a ela uma cópia do Alcorão e alguns livros sobre o Islã. Lang leu o Alcorão sozinho, achou seu caminho até a sala de orações do estudante na universidade e basicamente se rendeu sem muita luta. Foi conquistado pelo Alcorão. Os primeiros dois capítulos são um relato daquele encontro e é fascinante.
“Os pintores podem fazer os olhos de um retrato parecem estar seguindo você de um lugar a outro, mas que autor pode escrever uma escritura que antecipa suas vicissitudes diárias?... Cada noite eu formulava perguntas e objeções e de alguma forma descobria a resposta no dia seguinte. Parecia que o autor estava lendo minhas idéias e escrevendo nas linhas apropriadas a tempo de minha próxima leitura. Encontrei a mim mesmo nessas páginas...”
Lang realiza as cinco orações diárias regularmente e encontra muita satisfação espiritual. Considera a oração de Fajr (pré-alvorada) um dos rituais mais belos e comoventes no Islã.
À pergunta de como ele a acha tão cativante se a recitação do Alcorão é em árabe, que é totalmente estranho para ele, ele responde: “Por que um bebê é confortado pela voz de sua mãe?” Ele disse que ler o Alcorão deu a ele muito conforto e força em momentos difíceis. Dali em diante, a fé foi uma questão de prática para o crescimento espiritual de Lang.
Por outro lado, Lang prosseguiu na carreira em matemática. Recebeu seus títulos de mestrado e doutorado da Universidade de Purdue. Lang disse que sempre foi fascinado por matemática. “Matemática é lógica. Consiste de usar fatos e números para encontrar respostas concretas,” disse Lang. “É assim que minha mente funciona e é frustrante quando lido com coisa que não têm respostas concretas.” Ter uma mente que aceita idéias com base em seus méritos factuais dificulta acreditar em uma religião, porque a maioria das religiões requer aceitação pela fé, disse ele. O Islã apela para o raciocínio do homem, ele diz.
Como conselheiro universitário para a Associação de Estudantes Muçulmanos, Lang disse que se vê como a conexão entre os estudantes e suas universidades. Obtém aprovação das autoridades universitárias para fazer palestras islâmicas. “O objetivo de ser conselheiro universitário é ajudá-los a atender suas necessidades ajustando-as à cultura americana e aos procedimentos da universidade. Eles apreciam a oportunidade de ter equívocos corrigidos,” disse ele.
Lang se casou com uma mulher saudita, Raika, há 12 anos. Escreveu vários livros islâmicos que são best-sellers na comunidade islâmica nos EUA. Um dos seus livros importantes é “Even Angels ask; A Journey to Islam in America” (“Até os Anjos perguntam; Uma Jornada ao Islã na América”, em tradução livre). Nesse livro o Dr. Lang compartilha com seus leitores os muitos entendimentos que desabrocharam através de sua autodescoberta e progresso dentro da religião do Islã.
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