Vidência (parte 3 de 3)

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Descrição: Um olhar sobre como a prática de vidência difere do Islã. Parte 3: A crença islâmica nos videntes.

  • Por Dr. Bilal Philips
  • Publicado em 25 Mar 2013
  • Última modificação em 25 Mar 2013
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O Parecer Islâmico sobre a Vidência

Como o sacrilégio e heresia envolvidos em vidência, o Islã adotou uma posição muito forte em relação a isso.  O Islã se opõe a qualquer forma de associação com quem pratica vidência, exceto para aconselhá-los a abandonar suas práticas proibidas.

Visita a Videntes

O Profeta, que Deus o exalte, estabeleceu princípio que proíbem claramente qualquer forma de visita a videntes.  Safiyyah relatou de Hafsa (esposa do profeta) que o profeta disse: “A oração de quem se aproxima de um vidente e pergunta a ele sobre qualquer coisa não será aceita por 40 dias e noites.” (Saheeh Muslim) A punição nesse hadith é por simplesmente aproximar-se de um vidente e fazer-lhe perguntas por curiosidade.  Essa proibição é mais enfatizada pelo hadith de Mu’aawiyah Ibn al-Hakam asSolamee no qual ele disse: “Ó mensageiro de Deus, verdadeiramente existem algumas pessoas entre nós que visitam oráculos”.  O Profeta respondeu: “Não vá com elas.”  Uma punição tão severa foi determinada por apenas visitar porque é o primeiro passo para acreditar em vidência.  Se alguém for em dúvida sobre sua realidade e algumas das predições do vidente se concretizarem, certamente se tornará um verdadeiro devoto do vidente e um crente ardoroso em vidência.  O indivíduo que se aproxima de um vidente é ainda obrigado a fazer sua oração compulsória ao longo do período de 40 dias, mesmo que não receba recompensa por suas orações.  Se abandona a oração também, cometeu outro grande pecado.

Crença em Videntes

O parecer islâmico em relação a qualquer um que visite um vidente acreditando que ele conhece o oculto e o futuro é de Kufr (descrença).  Abu Hurayrah e al-Hasan relataram do profeta, que Deus o louve, que ele disse: “Quem aborda um vidente e acredita no que ele diz, desacreditou no que foi revelado a Muhammad.”  Tal crença atribui à criação alguns dos atributos de Deus em relação ao conhecimento do oculto e do futuro.  Consequentemente, destrói o Tawheed alAsmaa was-Sifaat e representa uma forma de Shirk nesse aspecto do Tawhid.

O parecer de Kufr inclui por analogia (Qiyas), aqueles que leem os livros e escritos de videntes, os ouvem no rádio ou os assistem na TV, já que esses são os meios mais comuns usados pelos videntes do século 20 para propagar suas predições.

Deus claramente afirma no Alcorão que ninguém conhece o oculto além Dele.  Nem mesmo o profeta Muhammad. Deus diz: “Com Ele estão as chaves do oculto e ninguém o conhece exceto Ele.”

Então Ele disse ao profeta Muhammad: “Dize! Não tenho poder para trazer o bem para mim mesmo e nem evitar o mal, mas somente o que Allah deseja.  Se tivesse conhecimento do oculto, teria multiplicado o bem e nenhum mal teria me tocado.”

Ele também diz: “Dize: Ninguém nos céus e na terra tem conhecimento do oculto, exceto Allah”.

Portanto, todos os vários métodos usados ao redor do mundo por oráculos, videntes e similares, são proibidos para os muçulmanos.

Leitura de mão, I-Ching, biscoitos da sorte, folhas de chá e também signos do zodíaco e programas de computador de bio ritmo, todos alegam informar aos que sobre o futuro aos que acreditam neles.  Entretanto, Deus afirmou em termos inequívocos que somente Ele sabe o futuro: “Em verdade, Deus possui o conhecimento da Hora.  Ele é Quem envia a água do céu e conhece o que encerram os ventres maternos.  Nenhum ser sabe o que ganhará amanhã, tampouco nenhum ser saberá em que terra morrerá, porque (só) Deus é Sapiente, Inteiradíssimo!” (Surata Luqman 31:34)

Portanto, os muçulmanos devem tomar o máximo cuidado ao lidar com livros, revistas, jornais e também indivíduos que, de uma forma ou de outra, reivindicam conhecimento do futuro ou do oculto.  Por exemplo, quando um homem do tempo prediz chuva, neve ou outras condições climáticas para amanhã, ele deve acrescentar a frase “Insh’Allah (Se Deus assim desejar)”.  Da mesma forma, quando a médica muçulmana informa à sua paciente que ela terá um bebê em 9 meses ou em determinado dia, deve ter cuidado para acrescentar a frase “Insh’Allah”, já que essas afirmações são apenas estimativas baseadas em informação estatística.

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