Qual é o Critério para um Verdadeiro Profeta?
Descrição: Um olhar nos versos bíblicos que estabelecem o critério para a autenticidade da reivindicação ao título de Profeta.
- Por IslamReligion.com
- Publicado em 12 Jul 2010
- Última modificação em 25 Jul 2010
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Raios da Mesma Lâmpada
Uma pergunta natural a fazer para quem acredita em qualquer profeta é: ‘Qual é o critério para sua crença nele?’ Critérios razoáveis seriam:
(i) evidência para sua reivindicação.
(ii) consistência em seus ensinamentos (sobre Deus, a outra vida e questões semelhantes de crença)
(iii) semelhança com os ensinamentos de profetas anteriores.
(iii) integridade: deve ser um homem de moral elevada.
A Bíblia suporta nossos critérios. O Velho Testamento diz sobre um falso profeta:
1. Finge ser enviado por Deus.[1]
2. Descrito como cobiçoso, [2] bêbado, [3] imoral e profano, [4] influenciado por maus espíritos.[5]
3. Profetiza de maneira falsa, [6] mente em nome do Senhor, [7] a partir de sua própria vontade, [8] em nome de falsos deuses.[9]
4. Frequentemente pratica adivinhação e bruxaria.[10]
5. Leva as pessoas ao erro, [11] faz esquecer o nome de Deus, [12] ensina profanação e pecado[13] e oprime.[14]
O Novo Testamento fala sobre o critério de Jesus para identificar falsos profetas:
“Guardai-vos dos falsos profetas, que vêm a vós disfarçados em ovelhas, mas interiormente são lobos devoradores. Pelos seus frutos os conhecereis. Colhem-se, porventura, uvas dos espinheiros, ou figos dos abrolhos? Assim, toda árvore boa produz bons frutos; porém a árvore má produz frutos maus.”[15]
Aprendemos o seguinte:
(i) a profecia continuará depois de Jesus.
(ii) ter cuidado com os falsos profetas.
(iii) o critério para identificar um falso profeta são seus frutos, ou seja, seus trabalhos ou ações.[16]
Como afirmado anteriormente, Muhammad reivindicou inequivocamente: ‘Sou Mensageiro de Deus.’ Se uma pessoa avalia sua reivindicação com base nos critérios acima, descobrirá que ele atende os critérios completamente.
Na doutrina islâmica todos os profetas constituem uma fraternidade espiritual de irmãos com um único ‘pai’, mas diferentes ‘mães.’ O ‘pai’ é a missão profética e unidade de Deus e as ‘mães’ são as diferentes Leis que trouxeram. Enfatizando a fraternidade espiritual de todos os profetas o Profeta Muhammad disse:
“Sou o mais próximo do filho de Maria (Jesus). Os profetas são irmãos paternais, suas mães são diferentes, mas sua religião é uma.” (Saheeh Al-Bukhari, Saheeh Muslim)
Todos os profetas são ‘raios’ da mesma ‘Lâmpada’: a mensagem central de todos os profetas através dos tempos foi dedicar adoração somente a Deus. É por isso que o Islã vê a negação de um único profeta como equivalente a negação de todos eles. O Alcorão afirma:
“Aqueles que não crêem em Deus e em Seus mensageiros, pretendendo cortar os vínculos entre Deus e Seus mensageiros, e dizem: ‘Cremos em alguns e negamos outros’, intentando com isso achar uma saída, são os verdadeiros descrentes; porém, preparamos para eles um castigo ignominioso. Quanto àqueles que crêem em Deus e em Seus mensageiros, e não fazem distinção entre nenhum deles, Deus lhes concederás as suas devidas recompensas, porque Deus é Indulgente, Misericordiosíssimo.”(Alcorão 4:150-152)
Negar a missão profética de Muhammad equivale a negar todos os profetas. A missão profética de Muhammad é conhecida da mesma forma que a missão profética de Moisés e Jesus: os numerosos relatos de seus milagres que chegaram até nós. O Livro trazido por Muhammad (o Alcorão) está totalmente preservado e Sua Lei é completa e aplicável ao mundo de hoje. Moisés trouxe a Lei e a justiça e Jesus trouxe graça e flexibilidade. Muhammad fez a combinação entre a Lei de Moisés e a graça de Jesus.
Se alguém disser “ele era um impostor”, existem outros mais adequados a essa acusação. Sendo assim, negar Muhammad é negar seus próprios profetas. Se uma pessoa razoável olha para duas estrelas brilhantes, deve reconhecer que ambas são estrelas. Não pode dizer para uma: ‘Sim, essa é uma estrela brilhante’, e negar a outra! Fazê-lo seria negar a realidade e uma mentira.
Faça uma lista de todos os profetas nos quais acredita. Comece do primeiro até o último. Responda as seguintes perguntas:
Qual a evidência para acreditar que ele era um profeta verdadeiro?
Qual foi a missão do profeta em suas próprias palavras?
Ele trouxe a Lei? Sua Lei é aplicável hoje?
Que escritura ele trouxe? Como é seu conteúdo e significado?
A escritura está preservada na língua original na qual foi revelada? É considerada uma autoridade literária, livre de consistências internas?
O que você sabe de sua moral e integridade?
Compare todos os profetas que listou e então responda as mesmas perguntas sobre Muhammad. Então pergunte a si mesmo: ‘Posso honestamente tirar Muhammad de minha lista porque ele não atende ao critério dos outros profetas?’ Não precisará muito esforço para descobrir que a evidência para a missão profética de Muhammad é mais forte e mais convincente.
Um cético precisa considerar o que há de tão incomum na reivindicação de Muhammad de ser um profeta. Quando Deus declarou um fim à profecia antes dele? Quem decidiu que não haveria mais comunicação divina com seres humanos? Sem evidência para bloquear a revelação divina, é natural aceitar uma continuidade de revelação.
“Certamente te enviamos com a verdade e como alvissareiro e admoestador, e não houve povo algum que não tivesse tido um admoestador.” (Alcorão 35:24)
“Então enviamos, sucessivamente, os Nossos mensageiros. Cada vez que um mensageiro chegava ao seu povo, este o desmentia. Então fizemos uns seguires outros, e fizemos deles escarmento (para outros povos). Distância com o povo incrédulo!” (Alcorão 23:44)
Isso é fato especialmente quando a verdade foi pervertida por judeus e cristãos: os cristãos clamando que Jesus era filho de Deus, e os judeus chamando Jesus de filho ilegítimo de José, o carpinteiro. Muhammad trouxe a verdade: Jesus era um nobre profeta de Deus nascido de um milagroso parto virginal. Como resultado, os muçulmanos acreditam em Jesus e o amam, sem ir ao extremo como os cristãos, nem o menosprezando como os judeus.
Footnotes:
[1]Jer 23:17,18,31
[2]Mic 3:11
[3]Isa 28:7
[4]Jer 23:11,14
[5]1Reis 22:21,22
[6]Jer 5:31
[7] Jer 14:14
[8]Jer 23:16,26; Eze 13:2
[9]Jer 2:8
[10]Jer 14:14; Eze 22:28; Atos 13:6
[11]Jer 23:13; Mic 3:5
[12] Jer 23:27
[13] Jer 23:14,15
[14]Eze 22:25
[15]Mateus 7:15-17
[16]De acordo com o ‘Vine’s Expository Dictionary of New Testament Words.’ (Dicionário Expositivo de Vine de Palavras do Novo Testamento, em tradução livre)
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