A História de Moisés (parte 3 de 12): Moisés foge do Egito

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Descrição: Deus substitui a fraqueza pela força.

  • Por Aisha Stacey (© 2012 IslamReligion.com)
  • Publicado em 02 Apr 2012
  • Última modificação em 01 Apr 2012
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The_Story_of_Moses_(part_3_of_10)_PT-BR_001.jpgNo capítulo 28 do Alcorão chamado “A Narrativa”, os primeiros 45 versículos focam somente na história de Moisés.  É ali que aprendemos sobre a força e devoção de sua mãe e como Deus recompensou sua virtude e confiança Nele devolvendo seu filho.  Alguns sábios acreditam que Moisés e sua mãe voltaram para suas casas entre os Filhos de Israel, mas outros, incluindo Ibn Kathir, acreditam que Moisés e sua mãe viveram no palácio enquanto ela o amamentava e que enquanto ele crescia, ela recebeu o privilégio de visitá-lo.

O Alcorão e as tradições autênticas do profeta Muhammad, que Deus o louve, não mencionam esse período da vida de Moisés, embora seja apropriado dizer que ao chegar a idade adulta, Moisés provavelmente sabia de sua origem e se identificou com os filhos de Israel. As tradições do profeta Muhammad descrevem Moisés como um homem alto, de boa constituição física, com pele escura e cabelos encaracolados.  Seu caráter e psique são descritos como fortes.

“E quando chegou à idade adulta, e estava bem estabelecido concedemos-lhe prudência e sabedoria; assim recompensamos os benfeitores.” (Alcorão 28:14)

Descobriremos na história de Moisés que ele era um homem franco.  Acreditava em dizer o que pensava e defender os membros mais fracos da sociedade.  Sempre que testemunhava opressão ou crueldade, achava impossível não intervir.

Ibn Kathir narra que um dia, enquanto caminhava pela cidade, Moisés passou por dois homens brigando.  Um era israelita e o outro egípcio.  O israelita reconheceu Moisés e pediu ajuda.  Moisés entrou na briga e atingiu o egípcio com um golpe furioso.  Ele imediatamente caiu no chão e morreu.  Moisés foi tomado pela dor.  Estava ciente de sua própria força, mas não imaginava que tinha o poder de matar alguém com um único golpe.

“E entrou na cidade, em um momento de descuido, por parte dos seus moradores, e encontrou nela dois homens brigando; um era da sua casta, e o outro da de seus adversários. O da sua casta pediu-lhe ajuda a respeito do adversário; Moisés espancou este e o matou. Disse: Isto é obra de Satanás, porque é um inimigo declarado, desencaminhador!

Disse (ainda): Ó Senhor meu, certamente me condenei! Perdoa-me, pois! E (Deus) o perdoou, porque é o Indulgente, o Misericordiosíssimo.

Disse (mais): Ó Senhor meu, posto que me tens agraciado, juro que jamais ampararei os criminosos!” (Alcorão 28:15-17)

Porque as ruas estavam relativamente desertas ou porque as pessoas não tinham vontade de se envolverem um ataque sério, as autoridades não tinham ideia de que Moisés estava envolvido na luta.  Entretanto, no dia seguinte Moisés viu o mesmo israelita envolvido em outra briga.  Suspeitou que o homem fosse um criador de casos e se aproximou dele para alertá-lo sobre esse comportamento.

O israelita viu Moisés indo em sua direção e com medo, gritou: “Vai me matar como matou o desgraçado ontem?”  O oponente do homem, um egípcio, ouviu o comentário e correu para denunciar Moisés às autoridades.  Mais tarde naquele dia, Moisés foi abordado por uma pessoa desconhecida que o informou que as autoridades planejavam prendê-lo e possivelmente sentenciá-lo à morte pelo crime de matar um egípcio.

“Amanheceu, então, na cidade, temeroso e receoso, e eis que aquele que na véspera lhe havia pedido socorro gritava-lhe pelo mesmo. Moisés lhe disse: Evidentemente, és um desordeiro! E quando quis castigar o inimigo de ambos, este lhe disse: Ó Moisés, queres matar-me como mataste, ontem, um homem? Só anseias ser opressor na terra e não queres ser um dos pacificadores!

E dos confins da cidade acudiu, ligeiro, um homem que lhe disse: Ó Moisés, em verdade, os chefes conspiram contra ti, para matar-te. Sai, pois, da cidade, porque sou, para ti, um dos que dão sinceros conselhos!

Saiu então de lá, temeroso e receoso; disse: Ó Senhor meu, salva-me dos iníquos.” (Alcorão 28:15-21)

Moisés imediatamente deixou os limites da cidade.  Não teve tempo de retornar para sua casa e trocar suas roupas ou preparar provisões.  Moisés avançou pelo deserto em direção a Madian, o país que ficava entre a Síria e Egito.  Seu coração estava cheio de medo e ele temia voltar-se e ver as autoridades lhe perseguindo.  Caminhou e caminhou e quando seus pés e pernas pareciam conduzidos, continuou caminhando.  Seus sapatos se desgastaram no deserto e a areia quente queimou as solas de seus pés.  Moisés estava exausto, com fome e sede e sangrando, mas forçou-se a continuar, alguns dizem que por mais de uma semana, até que chegou a um poço.  Moisés jogou-se sob a sombra de uma árvore.

A morte no deserto egípcio quente, seco e empoeirado seria o resultado provável da jornada de Moisés. Cruzar a paisagem inóspita sem provisões e roupas inadequadas era uma expedição fadada ao fracasso.  Mais uma vez, a história de Moisés revela uma verdade fundamental.  Se um crente se submete totalmente à vontade de Deus, Ele o proverá com fontes inimagináveis.  Deus substituiu fraqueza por força e substituirá fracasso por vitória.

Moisés chegou a salvo no oásis do deserto e o aroma da água e a sombra das árvores devem ter parecido o paraíso na terra.  Moisés, entretanto, não estava sozinho em seu recém-encontrado paraíso; o poço estava cercado de pastores dando água a seus rebanhos.

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