O que é o Islã? (parte 1 de 4): O Âmago do Islã
Descrição: A mensagem principal do Islã é a mesma mensagem básica em todas as religiões reveladas, já que todas vêm da mesma fonte, e as razões para a disparidade encontrada entre as religiões.
- Por M. Abdulsalam (IslamReligion.com)
- Publicado em 26 Jan 2009
- Última modificação em 23 Oct 2023
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Entre as bênçãos e favores que Deus concedeu à humanidade está a de Ele ter concedido uma habilidade inata para identificar e reconhecer Sua existência. Ele colocou essa consciência de forma profunda em seus corações, como uma disposição natural que não foi alterada desde que os primeiros seres humanos foram criados. Além disso, Ele reforçou essa disposição natural com os sinais que colocou na Criação que testificam Sua existência. Entretanto, uma vez que não é possível para os seres humanos terem um conhecimento detalhado de Deus exceto através de revelação vinda Dele, Deus enviou Seu Mensageiros para ensinar às pessoas sobre seu Criador, a Quem eles devem adorar. Esses Mensageiros também trouxeram com eles os detalhes de como adorar Deus, porque tais detalhes não podem ser conhecidos exceto através de revelação. Esses dois princípios foram as coisas mais importantes que os Mensageiros de todas as revelações divinas trouxeram de Deus. Com base nisso, todas as revelações divinas têm tido os mesmos objetivos sublimes, que são:
1. Afirmar a Unicidade de Deus – o Criador louvado e glorificado – em Sua essência e Seus atributos.
2. Afirmar que Deus somente deve ser adorado e que nenhum outro ser deve ser adorado junto com Ele ou ao invés Dele.
3. Proteger o bem-estar humano e se opor à corrupção e ao mal. Assim, tudo que protege a fé, a vida, a razão, a fortuna e a linhagem são parte desse bem-estar humano que a religião protege. Por outro lado, qualquer coisa que coloque em perigo essas cinco necessidades universais é uma forma de corrupção a qual a religião se opõe e proíbe.
4. Convidar as pessoas a esse alto nível de virtude, valores morais e costumes nobres.
O objetivo supremo de toda Mensagem Divina tem sido o mesmo: guiar as pessoas a Deus, torná-las conscientes Dele, e fazê-las adorar somente a Ele. Cada Mensagem Divina veio para fortalecer esse significado, e as palavras que se seguem foram repetidas nos idiomas de todos os Mensageiros: “Adorai a Deus, não existe outro deus exceto Ele.” Essa mensagem foi transmitida à humanidade pelos profetas e mensageiros que Deus enviou a toda nação. Todos esses mensageiros vieram com essa mesma mensagem, a mensagem do Islã.
Todas as Mensagens Divinas vieram para fazer com que a vida das pessoas fosse de submissão voluntária a Deus. Por essa razão, todas elas compartilham o nome de “Islã”, ou “submissão” derivada da palavra “Salam”, ou “paz”, em árabe. Islã, nesse sentido, foi a religião de todos os profetas, mas por que vemos variações diferentes da religião de Deus se todas emanaram da mesma fonte? A resposta divide-se em duas partes.
A primeira razão é que como resultado da passagem do tempo, e devido ao fato de que as religiões anteriores não estavam sob a proteção divina de Deus, elas sofreram muita mudança e variação. Como resultado, nós vemos que as verdades fundamentais que foram trazidas por todos os mensageiros agora diferem de uma religião para outra, com a diferença mais aparente sendo o princípio estrito da crença e adoração de Deus e Deus somente.
A segunda razão para essa variação é que Deus, em Sua infinita Sabedoria e Vontade eterna, decretou que todas as missões divinas anteriores à mensagem final do Islã trazida por Muhammad, que Deus o exalte, fossem limitadas a um período de tempo específico. Como resultado, suas leis e metodologias lidavam com as condições específicas das pessoas para as quais tinham sido dirigidas.
A humanidade passou por numerosos períodos de orientação, desorientação, integridade e desvio, da era mais primitiva ao auge de civilização. A orientação divina acompanhou a humanidade ao longo de tudo isso, sempre provendo as soluções e remédios apropriados.
Essa foi a essência da disparidade que existiu entre as diferentes religiões. Esse desacordo nunca foi além das particularidades da Lei Divina. Cada manifestação da Lei era dirigida a problemas particulares do povo para o qual foi enviada. Entretanto, as áreas de acordo foram significativas e muitas, como os fundamentos da fé; os princípios e objetivos básicos da Lei Divina, como proteger a fé, vida, razão, fortuna e linhagem e estabelecer justiça na terra; e certas proibições fundamentais, algumas das mais importantes sendo cometer idolatria, fornicação, assassinato, roubo e dar falso testemunho. Além disso, elas também concordavam sobre virtudes morais como honestidade, justiça, caridade, gentileza, castidade, retidão e misericórdia. Esses princípios e outros são permanentes e eternos; eles são a essência de todas as Mensagens Divinas e interligam todas elas.
O que é o Islã? (parte 2 de 4): As Origens do Islã
Descrição: O papel do Islã entre outras religiões do mundo, especificamente em relação à tradição judaico-cristã.
- Por M. Abdulsalam (IslamReligion.com)
- Publicado em 02 Mar 2009
- Última modificação em 02 Mar 2009
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Mas onde a mensagem de Muhammad, que Deus o exalte, se encaixa com as mensagens anteriores reveladas por Deus? Uma breve história dos profetas pode esclarecer esse ponto.
O primeiro humano, Adão, seguiu o Islã, no sentido de que ele foi orientado a adorar a Deus somente e a ninguém mais e cumpriu Seus mandamentos. Mas com a passagem do tempo e a dispersão da humanidade pela terra, as pessoas se desviaram dessa mensagem e começaram a direcionar a adoração a outros ao invés de, ou junto com, Deus. Alguns passaram a adorar os virtuosos entre eles que morreram, enquanto outros passaram a adorar espíritos e forças da natureza. Foi então que Deus começou a enviar mensageiros para a humanidade, orientando-a de volta à adoração de Deus somente, algo que estava de acordo com sua verdadeira natureza, e a alertá-la das graves conseqüências de dirigir qualquer tipo de adoração para outros além Dele.
O primeiro desses mensageiros foi Noé, que foi enviado para pregar essa mensagem do Islã ao seu povo, após eles começarem a adorar seus antepassados virtuosos junto com Deus. Noé conclamou o seu povo a abandonar a adoração de seus ídolos, e lhes ordenou a voltar para a adoração de Deus somente. Alguns deles seguiram os ensinamentos de Noé, enquanto a maioria descreu nele. Aqueles que seguiram Noé foram seguidores do Islã, ou muçulmanos, enquanto aqueles que não o fizeram, permaneceram em sua descrença e foram punidos por fazê-lo.
Depois de Noé, Deus enviou mensageiros a toda nação que se desviou da Verdade, para trazê-los de volta à ela. Essa Verdade foi a mesma ao longo do tempo: rejeitar todos os objetos de adoração e direcionar toda a adoração sem exceção para Deus, o Criador e Senhor de tudo e ninguém mais, e cumprir Seus mandamentos. Mas como mencionado antes, como cada nação diferia com relação ao seu estilo de vida, idioma, e cultura, mensageiros específicos foram enviados para nações específicas por um período específico de tempo.
Deus enviou mensageiros para todas as nações, e para o Reino da Babilônia Ele enviou Abraão – um dos primeiros e maiores profetas – que conclamou seu povo a rejeitar a adoração dos ídolos aos quais eles eram devotados. Ele os chamou para o Islã, mas eles o rejeitaram e até tentaram matá-lo. Deus submeteu Abraão a muitos testes e ele se saiu bem em todos eles. Por seus muitos sacrifícios, Deus proclamou que Ele faria surgir de sua descendência uma grande nação e que dela escolheria profetas. Toda vez que pessoas de sua descendência começavam a se desviar da Verdade, que era adorar a ninguém exceto Deus e obedecer Seus mandamentos, Deus enviava um outro mensageiro para trazê-los de volta à Verdade.
Conseqüentemente, nós vemos que muitos profetas enviados eram da descendência de Abraão, como seus dois filhos Isaque e Ismael, junto com Jacó (Israel), José, Davi, Salomão, Moisés e, claro, Jesus, para mencionar uns poucos, que a Paz e as Bênçãos de Deus estejam sobre todos eles. Cada profeta foi enviado para os Filhos de Israel (os judeus) quando eles se desviaram da verdadeira religião de Deus, e se tornou obrigatório para eles seguir o mensageiro que lhes era enviado e obedecer seus mandamentos. Todos os mensageiros vieram com a mesma mensagem, rejeitar a adoração de todos os outros seres exceto Deus e obedecer Seus mandamentos. Alguns descreram nos profetas, enquanto outros creram. Aqueles que acreditaram foram seguidores do Islã, ou muçulmanos.
Dentre esses mensageiros estava Muhammad, que Deus o exalte, da descendência de Ismael, o filho de Abraão, que Deus o exalte, que foi enviado como um mensageiro para suceder Jesus. Muhammad, que Deus o exalte, pregou a mesma mensagem do Islã como os profetas e mensageiros anteriores – direcionar toda a adoração para Deus somente e ninguém mais e obedecer a Seus mandamentos – nos quais os seguidores dos profetas anteriores se desviaram.
Como podemos ver, o Profeta Muhammad, que Deus o exalte, não foi o fundador de uma nova religião, como muitas pessoas equivocadamente pensam, mas ele foi enviado como o Profeta Final do Islã. Ao revelar Sua mensagem final a Muhammad, que é uma mensagem eterna e universal para toda a humanidade, Deus finalmente cumpriu a promessa que fez a Abraão.
Assim como era obrigatório para aqueles que estavam vivos seguir a mensagem do último da sucessão de profetas que lhes foi enviado, se torna obrigatório sobre toda a humanidade seguir a mensagem de Muhammad. Deus prometeu que essa mensagem permaneceria inalterada e adequada para todos os tempos e lugares. É suficiente dizer que o caminho do Islã é o mesmo do profeta Abraão, porque tanto a Bíblia quanto o Alcorão retratam Abraão como um exemplo proeminente de alguém que se submeteu completamente a Deus e dirigiu adoração a Ele somente e ninguém mais, e sem quaisquer intermediários. Quando isso é entendido, fica claro que o Islã tem a mensagem mais contínua e universal do que qualquer outra religião, porque todos os profetas e mensageiros foram “muçulmanos”, ou seja, aqueles que se submeteram à vontade de Deus, e eles pregaram o “Islã”, ou seja, a submissão à vontade de Deus Todo-Poderoso ao adorá-Lo exclusivamente e obedecer Seus mandamentos.
Assim nós vemos que aqueles que se chamam muçulmanos hoje não seguem uma religião nova; ao contrário, eles seguem a religião e mensagem de todos os profetas e mensageiros que foram enviados à humanidade pelo comando de Deus, também conhecida como Islã. A palavra “Islã” é uma palavra árabe que significa literalmente “submissão a Deus”, e os muçulmanos são aqueles que voluntariamente se submetem e ativamente obedecem a Deus, vivendo de acordo com Sua mensagem.
O que é o Islã? (parte 3 de 4): As Crenças Essenciais do Islã
Descrição: Um olhar em algumas das crenças do Islã.
- Por IslamReligion.com
- Publicado em 09 Mar 2009
- Última modificação em 09 Mar 2009
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Existem muitos aspectos da crença nos quais aquele que adere ao Islã deve ter firme convicção. Desses aspectos, os mais importantes são seis, conhecidos como os “Seis Artigos da Crença”.
1) Crença em Deus
O Islã mantém um monoteísmo estrito e a crença em Deus forma o âmago de sua fé. O Islã ensina a crença em um Deus que não dá à luz e nem nasceu, e não compartilha a Sua custódia do mundo. Ele apenas dá a vida, causa a morte, traz o bem, causa aflição, e provê o sustento para a Sua criação. Deus no Islã é o único Criador, Senhor, Sustenedor, Governante, Juiz e Salvador do universo. Ele não tem iguais em Suas qualidades e habilidades, como conhecimento e poder. Toda a adoração, veneração e reverência devem ser direcionadas a Deus e ninguém mais. Qualquer ruptura desses conceitos nega a base do Islã.
2) Crença nos Anjos
Os aderentes do Islã devem crer no mundo Invisível como mencionado no Alcorão. Os anjos são os emissários de Deus desse mundo, cada qual com uma tarefa específica. Eles não têm livre arbítrio ou capacidade de desobedecer; é parte de sua natureza serem servos zelosos de Deus. Os anjos não devem ser tomados como semideuses ou objetos de louvor ou veneração; eles são meros servos de Deus obedecendo todos os Seus comandos.
3) Crença nos Profetas e Mensageiros
O Islã é uma religião universal e inclusiva. Os muçulmanos acreditam nos profetas, não apenas no Profeta Muhammad, que Deus o exalte, mas nos profetas hebreus, incluindo Abraão e Moisés, assim como nos profetas do Novo Testamento, Jesus e João Batista. O Islã ensina que Deus não enviou profetas apenas para os judeus e cristãos, ao contrário, Ele enviou profetas para todas as nações no mundo com uma mensagem central: adorar somente a Deus. Os muçulmanos devem acreditar em todos os profetas enviados por Deus mencionados no Alcorão, sem fazer qualquer distinção entre eles. Muhammad foi enviado com a mensagem final, e não existe profeta depois dele. Sua mensagem é final e eterna, e através dele Deus completou Sua Mensagem para a humanidade.
4) Crença nos Textos Sagrados
Os muçulmanos acreditam em certos livros que Deus enviou para a humanidade através de Seus profetas. Esses livros incluem os Livros de Abraão, o Torá de Moisés, os Salmos de Davi, e o Evangelho de Jesus Cristo. Todos esses livros tinham a mesma fonte (Deus), a mesma mensagem, e todos foram revelados em verdade. Isso não significa que eles tenham sido preservados em verdade. Os muçulmanos (e muitos outros eruditos judeus e cristãos e historiadores) acham que os livros em existência hoje não são as escrituras originais, que de fato foram perdidas, mudadas, e/ou traduzidas repetidas vezes, perdendo a mensagem original.
Assim como os cristãos vêem o Novo Testamento como cumprimento e complemento do Velho Testamento, os muçulmanos acreditam que o Profeta Muhammad recebeu revelações de Deus através do anjo Gabriel para corrigir erros humanos que tinham penetrado nas escrituras e doutrinas do Judaísmo, Cristianismo e todas as outras religiões. Essa revelação é o Alcorão, revelado na língua árabe, e encontrado hoje em sua forma original. Ele procura guiar a humanidade em todos os aspectos da vida; espiritual, temporal, individual e coletivo. Contém orientações para a conduzir a vida, relata estórias e parábolas, descreve os atributos de Deus e fala das melhores regras para governar a vida social. Tem orientações para todos, em todo lugar e para todos os tempos. Milhões de pessoas hoje memorizaram o Alcorão, e todas as cópias do Alcorão encontradas hoje e no passado são idênticas. Deus prometeu que Ele protegeria o Alcorão de mudanças até o final dos tempos, de modo que a Orientação pudesse ser clara para a humanidade e a mensagem de todos os profetas ficasse disponível para aqueles que a buscasse.
5) Crença na Vida Após a Morte
Os muçulmanos acreditam que chegará um dia quando toda a criação perecerá e ressuscitará para ser julgada por seus atos: o Dia do Juízo. Nesse dia, todos se reunirão na presença de Deus e cada indivíduo será questionado sobre sua vida no mundo e como ele a viveu. Aqueles que tiveram crenças corretas sobre Deus e a vida, e acompanharam sua crença com atos virtuosos entrarão no Paraíso, mesmo que tenham que pagar por alguns de seus pecados no Inferno se Deus em Sua Infinita Justiça optar por não perdoá-los. Quanto aqueles que caíram no politeísmo em suas muitas faces, entrarão no Inferno, sem nunca saírem dele.
6) Crença no Decreto Divino
O Islã afirma que Deus tem pleno poder e conhecimento de todas as coisas, e que nada acontece exceto por Sua Vontade e com Seu conhecimento total. O que é conhecido como decreto divino, sorte ou “destino” é conhecido em árabe como al-Qadr. O destino de cada criatura já é conhecido por Deus.
Essa crença entretanto não contradiz a idéia do livre arbítrio do homem para escolher seu curso de ação. Deus não nos força a fazer nada; nós podemos escolher se O obedecemos ou desobedecemos. A nossa escolha é conhecida por Deus mesmo antes de a fazermos. Nós não sabemos qual é o nosso destino; mas Deus sabe o destino de todas as coisas.
Portanto, nós devemos ter fé firme de que o que quer que nos aconteça, está de acordo com a vontade de Deus e com o Seu pleno conhecimento. Podem haver coisas que acontecem nesse mundo que nós não compreendemos, mas devemos confiar que Deus tem sabedoria em todas as coisas.
O que é o Islã? (parte 4 de 4): Adoração Islâmica
Descrição: Um olhar sobre algumas das práticas essenciais do Islã, com uma breve explanação sobre quem são os muçulmanos.
- Por IslamReligion.com
- Publicado em 09 Mar 2009
- Última modificação em 18 Mar 2009
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Existem cinco observâncias simples mas essenciais que todos os muçulmanos praticantes aceitam e seguem. Esses “Pilares do Islã” representam o âmago que une todos os muçulmanos.
1) A ‘Declaração de Fé’
Um muçulmano é aquele que testemunha que “ninguém merece adoração exceto Deus e Muhammad é o mensageiro de Deus.” Essa declaração é conhecida como a “shahada” (testemunho). Deus é o nome árabe para Deus, assim como Yahweh é o nome hebraico para Deus. Ao fazer essa proclamação simples uma pessoa se torna muçulmana. A proclamação afirma a crença absoluta do Islã na unicidade de Deus, Seu direito exclusivo a ser adorado, assim como a doutrina de que associar qualquer outra coisa com Deus é um pecado imperdoável, como lemos no Alcorão:
“Deus não perdoa quem Lhe associa com outra divindade, mas perdoa a quem quiser por todas as outras coisas. Aquele que associa parceiros a Deus inventou um terrível pecado.” (Alcorão 4:48)
A segunda parte do testemunho de fé afirma que Muhammad, que Deus o exalte, é um profeta de Deus como Abraão, Moisés e Jesus foram antes dele. Muhammad trouxe a última e final revelação. Ao aceitar Muhammad como o “selo dos profetas,” os muçulmanos acreditam que sua profecia confirma e cumpre todas as mensagens reveladas, começando com a de Adão. Além disso, Muhammad serve como modelo através de sua vida exemplar. O empenho do crente para seguir o exemplo de Muhammad reflete a ênfase do Islã na prática e ação.
2) A Oração (Salah)
Os muçulmanos fazem adoração cinco vezes ao dia: ao nascer do dia, ao meio-dia, no meio da tarde, no pôr-do-sol e à noite. Isso ajuda a manter os crentes conscientes de Deus no estresse de trabalho e família. Recompõe o foco espiritual, reafirma a dependência total em Deus, e coloca as preocupações mundanas dentro da perspectiva do último julgamento e da vida após a morte. As orações consistem de ficar de pé, se curvar, ajoelhar, colocar a testa no chão e sentar. A Oração é um meio através do qual é mantida a relação entre Deus e Sua criação. Inclui recitações do Alcorão, louvores a Deus, orações para perdão e outras súplicas. A oração é uma expressão de submissão, humildade e adoração a Deus. As orações podem ser oferecidas em qualquer local limpo, individualmente ou em grupo, em uma mesquita ou em casa, no trabalho ou na estrada, em locais fechados ou ao ar livre. É preferível orar com outros como um corpo unido na adoração a Deus, demonstrando disciplina, irmandade, igualdade e solidariedade. Enquanto se preparam para orar, os muçulmanos se voltam para Meca, a cidade sagrada centrada em torno da Caaba, a casa de Deus construída por Abraão e seu filho Ismael.
3) A Caridade Compulsória (Zakah)
No Islã, o verdadeiro dono de tudo é Deus, não o homem. As pessoas recebem fortuna como uma custódia de Deus. O Zakah é adoração e agradecimento a Deus demonstrados pelo apoio aos pobres, e através do qual a fortuna é purificada. Requer uma contribuição anual de 2,5% da fortuna e bens de um indivíduo. Portanto, o Zakah não é uma mera “caridade”, é uma obrigação sobre aqueles que receberam suas fortunas de Deus atender as necessidades dos membros menos afortunados da comunidade. O Zakah é usado para dar apoio aos pobres, órfãos e viúvas, ajudar os endividados e, nos velhos tempos, para libertar escravos.
4) O Jejum de Ramadã (Sawm)
O Ramadã é o nono mês do calendário lunar islâmico, que é passado em jejum. Os muçulmanos saudáveis se abstém de comida, bebida e atividade sexual da alvorada ao pôr-do-sol. O jejum desenvolve a espiritualidade,dependência em Deus, e provoca a identificação com os menos afortunados. Uma oração especial da noite também é mantida nas mesquitas nas quais são ouvidas recitações do Alcorão. As famílias se levantam antes do nascer do sol e fazem sua primeira refeição do dia para sustentá-los até o pôr-do-sol. O mês de Ramadã termina com uma das maiores celebrações islâmicas, a Festa da Quebra do Jejum, chamada Eid al-Fitr, que é marcada por alegria, visitas familiares, e troca de presentes.
5) O Quinto Pilar é a Peregrinação, ou Hajj, à Meca na Arábia Saudita
Pelo menos uma vez na vida, todo muçulmano adulto que é física e financeiramente capaz deve sacrificar tempo, fortuna, status, e confortos habituais da vida para fazer a peregrinação, se colocando totalmente a serviço de Deus. Todo ano mais de dois milhões de crentes de uma diversidade de culturas e línguas viajam de todo o mundo para a cidade sagrada de Meca, para responder ao chamado de Deus.
Quem são os Muçulmanos?
A palavra árabe “muçulmano” significa literalmente “alguém que está em estado de Islã (submissão à vontade e lei de Deus)”. A mensagem do Islã é para o mundo inteiro, e qualquer um que aceite essa mensagem se torna um muçulmano. Existem mais de um bilhão de muçulmanos no mundo todo. Os muçulmanos representam a maioria da população em cinqüenta e seis países. Muitas pessoas ficam surpresas em saber que a maioria dos muçulmanos não é árabe. Embora a maioria dos árabes seja muçulmana, existem árabes que são cristãos, judeus e ateus. Apenas 20% dos 1,2 bilhões de muçulmanos do mundo vêm de países árabes. Existem populações muçulmanas significativas na Índia, China, Repúblicas da Ásia Central, Rússia, Europa e América. Se alguém der uma olhada nos vários povos que vivem no Mundo Muçulmano - da Nigéria a Bósnia e do Marrocos a Indonésia - é fácil ver que os muçulmanos vêm de raças, grupos étnicos, culturas e nacionalidades diferentes. O Islã sempre foi uma mensagem universal para todos os povos. O Islã é a segunda maior religião no mundo e em breve será a segunda maior religião na América. Ainda assim, poucas pessoas sabem o que é o Islã.
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