Elevação da Condição das Mulheres (parte 5 de 5): Conclusão
Descrição: Uma palestra na universidade sobre como o Islã elevou a condição das mulheres. Parte 4: Como o Islã salvou a condição das mulheres.
- Por Ali Al-Timimi
- Publicado em 26 Dec 2011
- Última modificação em 26 Dec 2011
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Agora, gostaria de fazer um comentário final e então abrirei para respostas. Olhemos para as aplicabilidades de ambos os programas. Discutimos muitas idéias, pensamentos, crenças e conceitos históricos, mas quando são de fato aplicados, qual dos dois pontos de vista é mais bem-sucedido? Qual traz mais bênção para a humanidade? O ponto de vista secular ou o islâmico? Tenho um exemplo concreto que gostaria de compartilhar com vocês. Quando estava em Pequim esse verão passado para a quarta conferência mundial da ONU sobre as mulheres, havia uma plataforma de ação que estava sendo discutida por diferentes nações e organizações. O objetivo da plataforma de ação era erguer, enaltecer e melhorar a condição das mulheres em todo o mundo, o que, claro, são objetivos nobres e corretos; não há disputa em relação a isso. A plataforma de ação foi dividida em áreas diferentes de concentração, como pobreza, saúde, finanças, conflitos e violência e assim por diante, e uma delas era a menina. O décimo segundo item das 12 áreas da plataforma de ação se referia à menina e a condição de meninas - futuras mulheres - no mundo hoje. O país que hospedava a conferência, a China, é conhecido por praticar o assassinato de meninas. A razão é por causa de sua grande população. Casais chineses só podem ter um filho e o povo chinês por tradição vê os homens como em menor quantidade que as mulheres e, como resultado, usualmente matará a menina na esperança da mulher dar à luz a um menino.
Essa é uma questão que existe e devido ao fato do anfitrião ser a China, as Nações Unidas não queriam de fato entrar nesse assunto, nem queria falar muito sobre isso porque não era politicamente correto abordar essa questão na China. Além do mais, embora tenham passado certas regulamentações, plataformas de ação e certos compromissos a serem exigidos dos cidadãos do mundo, muito provavelmente no fim de, talvez, vinte cinco a cinquenta anos, a condição das crianças no mundo não terá melhorado de forma significativa.
Uma das principais razões da criação das Nações Unidas após a II Guerra Mundial foi o massacre de tantos seres humanos, incluindo seis milhões de judeus na Europa e, ainda assim, cinquenta anos depois, no ano da quinquagésima celebração da ONU, ocorreu um genocídio na Bósnia, Europa. Todos os atos de direitos humanos, todas as declarações nos últimos cinquenta anos e ainda assim o massacre ocorreu. Agora quando o profeta Muhammad - que Deus eleve seu nome - foi enviado para os árabes, os árabes tinham a mesma prática de matar suas filhas pequenas. Os árabes cometiam esse ato por várias razões, na maioria das vezes devido à pobreza. Por serem um povo do deserto sem indústria e com poucos meios de comércio, a vida era muito difícil. Como resultado, por medo da pobreza matavam suas filhas pequenas e as enterravam vivas. Isso é um fato mencionado no Alcorão e bem conhecido durante a época do profeta Muhammad, que Deus eleve seu nome. No Alcorão, Deus condena a matança de meninas, enterrá-las vivas e também as atitudes dos árabes em relação às meninas. Um versículo no Alcorão diz:
“Quando a algum deles é anunciado o nascimento de uma filha, o seu semblante se entristece e fica angustiado. Oculta-se do seu povo, pela má notícia que lhe foi anunciada: deixá-la-á viver, envergonhado, ou a enterrará viva?...” (Alcorão 16:58-59)
Essa é uma condenação dessa prática. Da mesma forma, muitos dos companheiros do profeta Muhammad - que Deus eleve seu nome - antes de aceitarem o Islã, mataram suas filhas. Um homem veio até o profeta Muhammad - que Deus eleve seu nome - e disse: “Matei dez das minhas filhas durante minha vida. Receberei o paraíso? Deus aceitará meu arrependimento por esse pecado, agora que deixei essa religião pagã de antes, adorando ídolos e matando filhas?”Dentro de uma geração, dentro de 23 anos (a duração da pregação do profeta entre os árabes), a prática de matar as filhas terminou e não existe mais na Arábia. Da mesma forma, não parou ali, mas aconteceu uma mudança na atitude em relação às mulheres em todos os aspectos.
Na Vida Futura as pessoas não recebem outra recompensa que não o paraíso. Esse é o maior objetivo para os muçulmanos e sua motivação e razão de ser. Então o Islã não apenas tentou remover o aspecto negativo das pessoas assassinarem suas próprias filhas, mas também incluiu o aspecto positivo de educar meninas e educá-las em sociedade; o que me traz para o meu ponto final. É claro que devemos olhar para os direitos humanos nas declarações de direitos humanos anteriores, independente se são verdadeiros ou falsos mas não foram capazes de alcançar os objetivos que afirmaram, como o exemplo de direitos humanos e assassinatos em massa de civis na Bósnia mostra.
Em resumo, a civilização islâmica, ao contrário de qualquer outra civilização, é baseada na revelação, mas é em sua essência apoiada e fundada por mulheres. A primeira pessoa a acreditar no profeta Muhammad - que Deus eleve seu nome - foi sua esposa Khadija e foi através do dinheiro dela, de seu apoio e encorajamento que o profeta foi capaz de propagar a mensagem do Islã em seu primeiro ano de missão profética. Os pagãos não tinham as idéias de liberdade de religião, de que se pode ter suas próprias crenças. Isso não era praticado pelos pagãos da Arábia - viam isso como uma insurreição, viam como uma mudança de seus modos, e procuraram impedir através de tortura, matança e outros meios que tivessem. E da mesma forma tentaram parar a revelação islâmica, essa tradição, quando o profeta Muhammad - que Deus eleve seu nome - pregou pela primeira vez às pessoas da Arábia. Ainda assim, como resultado da mensagem de Muhammad, existem mais de um bilhão de muçulmanos no mundo hoje. Estão em cada continente do mundo, mesmo em Pequim onde a ONU se reunindo. Havia uma mesquita lá que tem mais de mil anos. Isso mostra como o crescimento do Islã e o espírito do Islã não é apenas um fenômeno do Oriente Médio ou árabe, mas se estende a todos os povos e raças em todo o mundo.
De onde vem esse ensinamento? Claro que quando o profeta Muhammad - que Deus eleve seu nome - morreu após vinte e três anos de pregação do Islã, o Islã se propagou somente na Arábia. O Islã foi propagado principalmente por quatro ou cinco indivíduos que eram próximos ao profeta. Um deles foi a esposa do profeta, Aisha. Ela está entre os que mais narraram suas declarações e está entre os três, quatro ou cinco que mais fizeram pronunciamentos religiosos, deram vereditos religiosos e explicaram versículos do Alcorão, assim como ditos do profeta.
Se procurarmos em qualquer outra civilização na história da humanidade, raramente encontraremos mulheres desempenhando um papel em seu estabelecimento e que seus esforços possam ser atribuídos a esse estabelecimento. Os famosos gregos - como os filósofos Platão, Aristóteles e outros - eram todos homens. Os escritos dos primeiros patriarcas da igreja foram feitos por homens e até hoje a idéia de erudição das mulheres é limitada em algumas áreas da igreja. Os escritores franceses na revolução francesa e Voltaire e os russos eram homens. Os fundadores dos Estados Unidos eram homens. O Islã é a única civilização que é conhecida pela humanidade onde dados importantes em termos de sua transmissão e estabelecimento foram baseados nos esforços de mulheres. Essa é uma questão histórica que não está aberta a interpretação, é um fato. Essas são as pessoas que transmitiram os ensinamentos do profeta, são as pessoas que os apoiaram depois. Esses são apenas alguns pensamentos e impressões relacionados a como o Islã elevou as mulheres.
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