Hinduísmo (parte 2 de 4): Idolatria e reencarnação
Descrição: Duas grandes diferenças entre o Hinduísmo e o Islã.
- Por Aisha Stacey (© 2014 IslamReligion.com)
- Publicado em 02 Jun 2014
- Última modificação em 02 Jun 2014
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O Hinduísmo é a terceira maior religião no mundo. Existem aproximadamente 950 milhões de seguidores, a maioria deles na Índia ou Nepal. O centro da adoração hindu é a imagem, ou ícone, e o centro da crença hindu é o conceito de renascimento ou reencarnação. Essas duas convicções fundamentais colocam, de certa forma, o Hinduísmo e o Islã em polos opostos.
Monoteísmo versus politeísmo
A crença mais fundamental no Islã é o conceito de Deus Único. Não tem parceiros, filhos, filhas ou intermediários. Não tem parceiros ou subalternos; portanto, não existem semideuses ou deidades menores inerentes no conceito de Deus. Ele não é parte de Sua criação e Deus não está em todos e em todas as coisas. Orar para imagens, ícones, estátuas, animais ou pedras é um pecado grave. Acreditar que alguém ou algo além de Deus é capaz de afetar sua vida ou futuro é um pecado grave. Adorar algo ou alguém junto com ou em substituição a Deus e não se arrepender sinceramente antes da morte é considerado o único pecado imperdoável no Islã. A crença em mais de um deus é chamada de politeísmo e o monoteísmo puro do Islã se opõe diretamente a ela.
O politeísmo é a adoração de muitos deuses, semideuses ou deidades e no mundo moderno é sintetizado nas religiões orientais, particularmente o Hinduísmo. Os hindus acreditam que tudo é deus ou contém a energia de deus e, portanto, é merecedor de adoração, seja ícones ou símbolos ou a própria natureza. As múltiplas cabeças ou membros geralmente vistos na iconografia hindu representam a onisciência ou onipotência divina e o uso de animais representam as qualidades associadas com aquele animal em particular, como sabedoria, agilidade ou poder. Não é difícil ver que a idolatria embutida em todos os ramos do Hinduísmo está muito distante das crenças do Islã.
Reencarnação
Centenas de milhões de pessoas em todo o mundo acreditam em reencarnação ou renascimentos cíclicos baseados na transmigração da alma humana de um corpo físico para outro. Uma das crenças no Hinduísmo e que a alma reencarna várias vezes até se tornar perfeita e reunir com a fonte - Bramam. A alma entra em muitos corpos, assume muitas formas, vive muitas vidas e tem muitas experiências.
Assim como um homem descarta roupas desgastadas e coloca novas, a alma descarta corpos e coloca novos. (2.22 Bhagavad gita.)
A reencarnação é refutada por todas as principais religiões monoteístas do mundo. A reencarnação é contra o ensinamento básico de que a alma habita um corpo humano, cuja vida é finita e que, no final, será julgada e punida ou recompensada de acordo. A religião do Islã inequivocamente rejeita o conceito de reencarnação.
(Quanto a eles, seguirão sendo idólatras) até que, quando a morte surpreender algum deles, este dirá:Ó Senhor meu, mande-me de volta (à terra), a fim de eu praticar o bem que negligenciei!Pois sim! Tal será a frase que dirá! E ante eles haverá uma barreira, que os deterá até ao dia em que forem ressuscitados.(Alcorão 23:99-100)
As palavras de Deus no Alcorão são claras. Quando uma pessoa morre, é incapaz de retornar para sua antiga vida. A alma fica no túmulo e a pessoa experimenta o tormento ou bênção com base em suas crenças e atos até o Dia do Juízo. O Islã ensina que o propósito da vida é adorar Deus, não importa o quão curta ou longa a vida possa ser. A alma é parte de cada indivíduo criado único, não se move de um corpo para outro e nunca se tornará parte de Deus, que é separado de Sua criação. As razões pelas quais seres humanos não são enviados ao mundo repetidamente também é explicada no Alcorão, quando Deus diz que se isso acontecesse fariam as mesmas coisas e cometeriam os mesmos pecados.
“No entanto, ainda que fossem devolvidos (à vida terrena), certamente reincidiriam em lançar mão de tudo quanto lhes foi vedado.” (Alcorão 6:28)
O Hinduwebsite[1] explica o processo de reencarnação da seguinte forma: “O Hinduísmo fala da existência de céus acima e infernos abaixo. Os primeiros são cheios de sol, habitados por deuses e inumeráveis almas divinas. Os últimos são mundos das trevas habitados por todas as forças demoníacas e das trevas. As almas individuais entram nesses mundos de acordo com suas ações. Mas não ficam lá permanentemente até o dia da destruição. Vão para lá basicamente como consequência de suas ações, seja para se divertir ou para sofrer. Em qualquer caso aprendem a lição e voltam para a terra para começar novamente uma nova vida terrena.”
O Islã, por outro lado, afirma categoricamente que a alma não pode se separar de um corpo especialmente projetado e se mudar para outro corpo, ou subir e descer em uma cadeia de mundos, céus e infernos. Para a nossa vida nessa terra a alma e o corpo se pertencem, não podem ser misturados e combinados. Há apenas uma alma para um corpo que será recompensada ou punida no Dia do Juízo, para habitar para sempre no Paraíso ou no Inferno. Isso está em contraste gritante com o Hinduísmo, onde o céu e o inferno são moradas temporárias e uma alma recupera a liberdade repetidamente até que alcance a autorrealização ou se una com a força eterna da vida.
O Hinduísmo é um grupo de tradições religiosas estabelecidas durante um longo período de tempo. Existem muitas formas diferentes de adoração, às vezes a deidades pessoais, às vezes em casa e outras vezes em um templo. Os hindus acreditam que existem muitos caminhos para muitos deuses diferentes, mas todos eles levam à força eterna da vida ou Bramam. O Islã, entretanto, ensina que não há verdadeira divindade, exceto Allah. E nada é semelhante a Ele, como diz Deus:
Nada é igual a Ele, e Ele é Ouniouvinte, Onividente.(Alcorão 42:11)
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