Ahmadia (parte 3 de 3): Na Balança

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Descrição: Concluir parte do artigo sobre Ahmadia inclui uma rápida visão geral das falácias de Mirza Ghulam Ahmed e a posição dos muçulmanos regulares em relação à Ahmadia.

  • Por Abdurrahman Murad (© 2013 IslamReligion.com)
  • Publicado em 29 Apr 2013
  • Última modificação em 29 Apr 2013
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As Falácias de um “Suposto” Profeta

Todo mensageiro e profeta enviado por Deus foi auxiliado com vários milagres.  Sabendo disso, Mirza teve que estabelecer “profecias” que, segundo ele, se materializariam em sua vida; isso foi feito como uma tentativa de cimentar sua reivindicação à posição de profeta.  Mas a parte complicada de fazer uma profecia, por parte de um charlatão, é ter que convencer as pessoas.  Mirza escreveu: “Deus me revelou que chuvas frequentes cairão.  Devido à sua frequência aldeias serão destruídas.  Depois delas, virão vários terremotos.”

Alguns dos seus seguidores ficaram em êxtase, porque seu líder havia falado!  De fato, isso não se qualifica como uma “profecia”. Ele não disse onde e quando essa chuva torrencial ocorreria... claro, falando de maneira lógica; isso pode acontecer em qualquer lugar na face da terra!

Com profecias como essas, não foi capaz de angariar os seguidores que buscava.  Então teve que “atualizar” as profecias supostamente recebidas de Deus e, em 20 de fevereiro de 1886, declarou que de fato Deus lhe revelou que se casaria com mulheres abençoadas e teria inúmeros filhos dessas novas esposas.  Na época dessa profecia ele tinha 46 anos e não se casou com ninguém, apesar de sua tentativa desesperada de se casar com “Muhammadi Begum”.  

Muhammadi Begum era a filha de Ahmad Beg, um de seus seguidores.  Mirza Ghulam Ahmed pediu ao pai dela que a concedesse em casamento, mas ele recusou.  Em desespero, Mirza proclamou que se casaria com ela porque era o decreto de Deus.  Ofereceu propinas e grandes quantias para Ahmad Beg, mas não funcionou.  Então implorou para casar com sua filha, mas quando não deu certo, fez ameaças.  Ahmad Beg não abriu mão de sua posição e casou sua filha com um soldado comum.  Nesse ponto Mirza proclamou que o marido de Muhammadi morreria logo após o casamento.  Fixou um período de três anos para que isso se materializasse... Vinte anos depois Ghulam Ahmad morreu, mas o soldado viveu por mais quarenta anos e ela viveu ainda mais tempo! 

Um exemplo de outra profecia fracassada foi com o cristão Abdullah Atham.  Surgiu um debate entre esse indivíduo e Mirza no ano de 1893.  Nenhum dos dois teve sucesso nesse debate, mas Mirza foi muito insultado.  Em 5 de junho de 1893 ele anunciou que havia sido informado por Deus de que Abdullah Atham morreria dentro de cinco meses, ou seja, até 5 de setembro de 1894.  O prazo final chegou e Abdullah Atham viveu por um longo período depois disso.

O Dr. Abdul-Hakim, um muçulmano sunita, entrou em uma discussão com Mirza Ghulam Ahmad e o desafiou para um debate aberto, no qual o chamou de mentiroso.  Mirza não aceitou muito bem e profetizou que Abdul-Hakim morreria durante sua vida.  Em 4 de maio de 1907 o Dr. Abdul-Hakim respondeu com sua própria previsão de que Ghulam Ahmad morreria antes dele.  Ghulam Ahmad morreu dentro de um ano em 26 de maio de 1908 com a idade de 68 anos e o Dr. Abdul Hakim viveu por muitos anos depois dele.th

Depois de dois desapontamentos e de ele próprio provar ser um falso profeta, anunciou novamente que Deus tinha dado a ele a notícia: “Em verdade, te damos a notícia de um menino meigo.” Anunciou que a data de nascimento do menino seria 16 de setembro de 1907, algo que nunca se cumpriu.th  Em outubro de 1907 anunciou outra revelação de Deus: “Em breve te concederei um menino virtuoso” e seu nome foi anunciado como Yahia.  Esse filho nunca veio, provando acima de qualquer dúvida que nunca foi um profeta!

A Posição dos Muçulmanos em Relação aos Qadianitas

Os Qadianitas, também são conhecidos com Ahmadias e Mirzais, foram declarados como não-muçulmanos por milhares de sábios muçulmanos.  A seguinte declaração foi emitida pelo Conselho de Fiqh Islâmica:

A reivindicação de Mirza Ghulam Ahmed de ser um profeta e ter recebido revelações faz dele e de qualquer um que concorde com ele um apóstata, que deixou o Islã.  Quanto aos Lahoris (Movimento Ahmadia de Lahore para a Propagação do Islã) são como os Qadianitas comuns.  A mesma regra de apostasia se aplica a eles também, apesar de sua alegação de que Mirza era uma “sombra e manifestação do profeta Muhammad”.[1]

Isso também foi mencionado na Conferência da Liga Islâmica Mundial em Meca, Arábia Saudita, de 14 a 18 de Rabi al-Awwal de 1394 da Hégira (abril de 1974), na qual os membros unanimemente chegaram à conclusão de que os Ahmadias/Qadianitas não são muçulmanos.

Conclusão

No fim, pode-se concluir sem sombra de dúvida, que Mirza era um mentiroso que queria fama repentina.  Às vezes, parece, que ele não estava “bem da cabeça”.  Disse em uma poesia escrita por ele: “Sou uma minhoca! Não sou um ser humano, sou a parte obscena do homem e o lugar vergonhoso dos humanos.” (Braheen-e-Qadianism V, Roohani Khazain vol.21 p.127)

Deus diz: “Haverá alguém mais iníquo do que quem forja mentiras acerca de Deus, ou do que quem diz:Sou inspirado!, quando nada lhe foi inspirado? E que diz: Eu posso revelar algo igual ao que Deus revelou!? Ah, se pudesses ver os iníquos na agonia da morte quando os anjos, com mãos estendidas, lhes disserem: ‘Entregai-nos vossas almas!Hoje, ser-vos-á infligido do castigo afrontoso, por haverdes dito inverdades acerca de Deus e por vos haverdes ensoberbecido perante os Seus versículos.” (Alcorão 6:93)



Footnotes:

[1] Majma’ al-Fiqh al-Islami, p. 13

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