O Propósito da Criação (parte 2 de 3): A Resposta Judaico-Cristã
Descrição: Uma introdução à pergunta mais intrigante da história humana, e uma discussão sobre as fontes que podem ser usadas para encontrar a resposta. Parte 2: Um olhar na Bíblia e na crença cristã sobre esse assunto.
- Por Dr. Bilal Philips
- Publicado em 19 Jan 2009
- Última modificação em 19 Jan 2009
- Impresso: 422
- 'Visualizado: 26,845 (média diária: 5)
- Classificado por: 0
- Enviado por email: 0
- Comentado em: 0
Escrituras Judaico-Cristãs
Uma pesquisa na Bíblia deixa perdido aquele que busca a verdade honestamente. O Velho Testamento parece mais preocupado com leis e com a história do homem primitivo e do povo judeu do que em responder à pergunta vital relacionada à criação da humanidade. Em Gênesis, Deus cria o mundo e Adão e Eva em seis dias e ‘descansa’ de Seu trabalho no sétimo. Adão e Eva desobedecem a Deus e são punidos, e seu filho Caim mata seu outro filho Abel e vai viver na terra de Nod. E Deus ‘lamenta’ ter criado o homem! Por que as respostas não estão lá em termos claros e inequívocos? Por que existe tanta linguagem simbólica, deixando o leitor adivinhar seus significados? Por exemplo, em Gênesis 6:1-2 e 6:6 é dito:
“E ACONTECEU que, como os homens começaram a multiplicar-se sobre a face da terra, e lhes nasceram filhas, viram os filhos de Deus que as filhas dos homens eram formosas; e tomaram para si mulheres de todas as que escolheram... Então arrependeu-se o SENHOR de haver feito o homem sobre a terra e pesou-lhe em seu coração.”
Quem são esses ‘filhos de Deus?’ Cada seita judaica e cada uma das muitas seitas cristãs têm sua própria explicação. Qual é a interpretação correta? A verdade é que o propósito da criação do homem foi ensinado pelos profetas da antigüidade, entretanto, alguns de seus seguidores – em conluio com os demônios – posteriormente alteraram as escrituras. As respostas se tornaram vagas e muito da revelação ficou oculto em linguagem simbólica. Quando Deus enviou Jesus Cristo aos judeus, ele derrubou as mesas dos mercadores que tinham estabelecido negócios dentro do templo, e pregou contra a interpretação ritualística da lei praticada pelos rabinos judeus. Ele reafirmou a lei do Profeta Moisés e a reviveu. Ensinou o propósito da vida aos seus discípulos e demonstrou como cumpri-lo até seus últimos momentos nesse mundo. Entretanto, após a sua partida desse mundo, a sua mensagem também foi distorcida por alguns que clamavam estar entre seus seguidores. A verdade clara que ele trouxe se tornou vaga, como as mensagens dos profetas antes dele. O simbolismo foi introduzido, especialmente através do “Apocalipse” de João, e o Evangelho que foi revelado a Jesus foi perdido. Quatro outros evangelhos compostos por homens foram escolhidos por Atanásio, um bispo do século 4, para substituir o Evangelho perdido de Jesus Cristo. E os 23 livros dos escritos de Paulo e outros incluídos no Novo Testamento excederam em número até as quatro versões do evangelho. Como resultado, os leitores do Novo Testamento não podem encontrar respostas precisas à pergunta “ Por que Deus criou o homem?” e é forçado a seguir cegamente os dogmas inventados de qualquer seita a qual pertençam ou adotem. Os evangelhos são interpretados de acordo com as crenças de cada seita, e aquele que busca a verdade é deixado mais uma vez se perguntando qual é a resposta correta.
A Encarnação de Deus
Talvez o único conceito comum à maioria das seitas cristãs em relação ao propósito da criação da humanidade, é que Deus se tornou homem para que pudesse morrer nas mãos dos homens e purificá-los do pecado herdado de Adão e seus descendentes. De acordo com eles, esse pecado se tornou tão grande que nenhum ato humano de expiação ou arrependimento poderia apagá-lo. Deus é tão bom que o pecador não pode se apresentar diante Dele. Conseqüentemente, somente o próprio sacrifício de Deus poderia salvar a humanidade do pecado.
A crença nesse mito feito pelo homem se tornou a única fonte para salvação, de acordo com a Igreja. Assim, o propósito cristão da criação se tornou o reconhecimento do ‘sacrifício divino’ e a aceitação de Jesus Cristo como o Senhor Deus. Isso pode ser deduzido das seguintes palavras atribuídas a Jesus no Evangelho de João:
“Deus amou o mundo de tal maneira que deu seu filho unigênito para que aquele que nele crê não pereça, mas tenha vida eterna.”
Entretanto, se esse é o propósito da criação e o pré-requisito para a vida eterna, por que não foi ensinado por todos os profetas? Por que Deus não se tornou homem na época de Adão e sua descendência, para que toda a humanidade tivesse uma chance igual de cumprir seu propósito para existência e alcançar vida eterna? Ou aqueles antes da época de Jesus tinham outro propósito para sua existência? Todas as pessoas hoje a quem Deus destinou nunca ouvir de Jesus também não têm chance de cumprir seu suposto propósito da criação. Tal propósito é obviamente muito limitado para se adequar às necessidades da humanidade.
Adicione um comentário