A luta por um Deus (parte 2 de 2)
Descrição: Transcrito de um sermão de Muhammad Alshareef na American University em Washington DC ouvido por muçulmanos e não muçulmanos. Parte 2: O assédio e perseguição que o profeta Muhammad sofreu para ensinar à humanidade que nada merece adoração exceto Deus!
- Por khutbah.com(editado por IslamReligion.com)
- Publicado em 04 Apr 2016
- Última modificação em 04 Apr 2016
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Tenho estado em grandes multidões na minha vida, tanto no Ocidente quanto no Oriente Médio.
Em Winnipeg as maiores multidões que experimentei foram nos jogos de hóquei. Como disse antes, Winnipeg tem muito gelo. Uns 20 mil moradores se reuniam à noite para um jogo de hóquei. Isso é muito para Winnipeg!
Em Meca, na Grande Mesquita, estive em uma multidão de 3 milhões de adoradores em uma oração! Essas pessoas não eram de uma nação, nem falavam a mesma língua e não, não se reuniram para ver times de Winnipeg jogar!
Como verá hoje, quando nos alinharmos para a oração, em Meca 3 milhões de pessoas se alinharam em círculos perfeitos ao redor da Grande Mesquita para adorar Deus! Uma vez fiquei de pé na janela de um hotel próximo da Grande Mesquita e observei a enorme multidão de 3 milhões de muçulmanos. Então, quando começou o chamado para a oração, aquela multidão toda ficou de pé em círculos perfeitos em menos de 50 segundos. Quem reuniu esses corações? Somente Deus!
Uma multidão consistente de 3 milhões de todas as nações, classes e cores se reuniu com dor e esforço para afirmar o direito da humanidade de não adorar nada exceto o verdadeiro e único Deus, Allah.
Houve épocas naquele mesmo vale de Meca em que Muhammad se prostrou somente para Deus, evitando todos os ídolos falsos que o cercavam. Os politeístas de Meca sentavam lá olhando para ele e odiavam a cena. Diziam a si mesmos: "Como podemos sentar aqui e permitir que Muhammad se prostre para Deus em nosso meio. Quem entre nós o humilhará?"
"Eu farei" disse um homem chamado Utbah.
Pegou os intestinos de uma ovelha que tinha sido sacrificada aos ídolos e jogou na cabeça de Muhammad. Os politeístas caíram de suas cadeiras em gargalhadas histéricas. Muhammad não se levantou de sua prostração.
As notícias chegaram até sua filha Fátima, que naquela época ainda era uma menina, de que seu pai estava sendo ridicularizado na Caaba (a Casa sagrada de Deus)[1]. Ela correu para lá e quando viu o pai chorou, removeu a sujeira e amaldiçoou os politeístas em meio a lágrimas.
Esse é apenas um exemplo do ridículo que o mensageiro de Deus e os muçulmanos passaram para ensinar a humanidade que nada merece adoração, exceto Deus!
Os politeístas de Meca costumavam usar sua mídia - poesia e boca a boca - para influenciar a opinião pública contra esse chamado de que não havia (verdadeira) deidade exceto Deus.
Um médico da tribo de Azd chamado Damaud fez a peregrinação à Meca e quando chegou ao vale sagrado o alertaram, por meio dessa mídia, para não ouvir uma palavra do que Muhammad dizia. "Ele é um mágico", diziam. "Ele e louco."
Damaud lembra: "Eles me assustaram tanto que considerei colocar algodão nos ouvidos. Mas então disse a mim mesmo: 'Sou um médico e curei loucos antes. Talvez possa curar Muhammad.'"
Então, depois de completar de circundar a Caaba, viu Muhammad sentado pacificamente no pátio. Aproximou-se dele e disse suavemente: "Muhammad, administro tratamento para essa doença e Deus me permitiu curar muitas pessoas. Gostaria que cuidasse de você?"
Muhammad, que Deus o exalte, se voltou e disse: "Verdadeiramente todos os louvores pertencem a Deus. Agradecemos a Deus e buscamos Sua proteção contra tudo e quem Deus guiar, ninguém poderá desencaminhar e quem Deus desviar, ninguém poderá guiar para o caminho certo. Testemunho que não existe verdadeiro deus (deidade) exceto Deus (Allah), e que (eu) Muhammad sou o Mensageiro de Deus."
Damaud ficou de boca aberta. Engoliu e disse: "Podia repetir isso para mim?" Muhammad, o Mensageiro de Deus, repetiu.
Então Damaud sorriu e anunciou: "Por Deus, ouvi as palavras de adivinhos, as de mágicos e as de poetas, mas nunca ouvi palavras como essas! Dê-me sua mão para que possa dar meu compromisso de lealdade ao Islã. Não há divindade exceto Deus e Muhammad é Seu mensageiro!"
Você encontrará em vários versículos do Alcorão abrindo os olhos da humanidade para a realidade de que existe um Deus e que Ele é Único.
Jubayr ibn Mut’em ficou quietamente atrás do mensageiro de Deus na oração de Magrebe um dia, ouvindo os versículos do Alcorão. O mensageiro de Deus estava recitando o capítulo At-Toor e nele ouviu-o recitar:
Porventura, não foram eles criados do nada, ou são eles os criadores? Ou criaram, acaso, os céus e a terra? Qual! Não se persuadirão! Possuem, porventura, os tesouros do teu Senhor, ou são eles os dominadores? (At-Toor 52:35-37)
Jubayr ibn Mut’em disse: "Quando ouvi esses versículos, foi como se meu coração tivesse asas voando rápido e em bênção para a verdade que tinha encontrado no Islã."
Irmãos e irmãs, onde estarão em 100 anos? Estarão mortos. E onde estavam 100 anos atrás? Em lugar nenhum. Não eram nada. Deus diz no Alcorão:
Acaso, não transcorreu um longo período, desde que o homem nada era? Em verdade, criamos o homem, de esperma misturado, para prová-lo, e o dotamos de ouvidos e vistas. Em verdade, assinalamos-lhe uma senda, quer fosse agradecido, quer fosse ingrato. (Al-Insan 76/1-3)
Naqueles primeiros dias do Islã o mensageiro de Deus ia de tenda em tenda, tribo em tribo, anunciando: "Diga que não há outra divindade exceto Deus e o sucesso será seu!"
Hoje, mais de 1.400 anos depois como seguidores de Muhammad, crentes em Deus (Allah), estendemos aquelas palavras de nosso mensageiro para todos os nossos convidados hoje: Diga que não há divindade exceto Deus e o sucesso será seu!
Notas de rodapé:
[1]Para aprender mais sobre a Caaba, veja: http://www.islamreligion.com/articles/3282/
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