Jermaine Jackson, EUA (parte 1 de 2)

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Descrição: O irmão do astro mundialmente famoso Michael Jackson conta como ele abraçou o Islã.  Parte 1.

  • Por Jermaine Jackson
  • Publicado em 04 Jan 2009
  • Última modificação em 07 Jan 2009
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Quando e Como você começou sua jornada na direção do Islã?

Jermaine_Jackson__USA_(part_1_of_2)_001.jpgFoi em 1989 quando eu, junto com minha irmã, fizemos um tour por alguns países do Oriente Médio.  Durante nossa estada em Bahrein nós fomos recebidos calorosamente.  Lá eu encontrei algumas crianças e bati um papo com elas.  Eu coloquei certas perguntas para eles e elas me fizeram suas perguntas inocentes.  Durante o curso dessa interação, elas me perguntaram sobre minha religião.  Eu disse a elas, “Eu sou cristão.”  Eu perguntei a elas qual era sua religião. Uma onda de serenidade tomou conta delas.  Elas responderam em uma única voz: Islã.  Eu fiquei abalado interiormente  por suas respostas entusiasmadas.  Então elas começaram a me falar sobre o Islã e estavam me dando muita informação, considerando suas idades.  O tom de suas vozes revelava que elas tinham muito orgulho do Islã.  Foi assim que eu comecei a caminhar na direção do Islã.

Uma curta interação com um grupo de crianças no final das contas me levou a ter longas conversas sobre o Islã com eruditos muçulmanos.  Uma grande agitação tomou conta do meu pensamento.  Eu fiz uma tentativa fracassada para me consolar de que nada tinha acontecido, mas eu não podia mais ocultar de mim mesmo que em meu coração eu tinha me convertido ao Islã.  Eu fiz essa revelação primeiro para o amigo da minha família, Qunber Ali.  O mesmo Qunber Ali conseguiu me levar a Riyadh, capital da Arábia Saudita.  Até aquele momento, eu não sabia muito sobre o Islã.  Dali, na companhia de uma família saudita, eu prossegui para Meca para realizar a “Umrah” [Um tipo de peregrinação menor realizada em Meca].  Lá eu tornei público pela primeira vez que eu tinha me tornado muçulmano.

Quais foram os seus sentimentos após proclamar que era muçulmano?

Ao abraçar o Islã, eu senti como se tivesse nascido de novo.  Eu encontrei no Islã as respostas que eu não consegui encontrar no Cristianismo.  Particularmente, só o Islã me forneceu resposta satisfatória para a questão relacionada ao nascimento de Cristo.  Pela primeira vez eu estava convencido sobre a religião em si.  Eu oro para que meus familiares possam apreciar esses fatos.  A minha família é seguidora daquele culto do Cristianismo que é conhecido como Testemunha de Jeová.  De acordo com seu credo, apenas 144.000 homens finalmente se qualificarão para entrar no paraíso.  Como assim?  Essa sempre foi uma crença desconcertante para mim.  Eu fiquei surpreso em saber que a Bíblia foi compilada por muitos homens, particularmente sobre um volume manuscrito pelo Rei James.  Eu me pergunto como um homem compila um diretório e depois o atribui a Deus, mas não cumpre totalmente suas instruções.  Durante minha estada na Arábia Saudita eu tive a oportunidade de comprar um cassete do outrora cantor pop britânico e atual pregador muçulmano, Yusuf Islam (ex-Cat Stevens).  Eu também aprendi muito através dele.

O que aconteceu quando você voltou para os EUA após abraçar o Islã?

Quando eu retornei aos EUA, a mídia americana orquestrou uma propaganda infame contra o Islã e os muçulmanos.  As fofocas sobre mim correram soltas e realmente perturbaram o meu sossego.  Hollywood estava totalmente determinada a difamar os muçulmanos.  Eles estavam sendo retratados como terroristas.  Há muitas coisas sobre as quais há consenso entre o Cristianismo e o Islã, e o Alcorão apresenta Cristo como um Profeta virtuoso.  Então, eu me pergunto, como a América cristã faz alegações infundadas contra os muçulmanos?

Isso me deixou triste.  Eu tomei a decisão de que eu faria o melhor para dissipar a imagem errônea dos muçulmanos, retratada pela mídia americana.  Eu não tinha a menor idéia de que a mídia americana não digeriria a notícia de minha aceitação do Islã e faria tamanho alvoroço.  Era completamente contra todas as alegações amplamente divulgadas sobre liberdade de expressão e liberdade de consciência.  A hipocrisia da sociedade americana ficou bem clara para mim.  O Islã me desenredou muitas complicações.  De fato, eu passei a pensar em mim mesmo como um ser humano completo, no sentido literal da palavra.   Após me tornar muçulmano, eu senti uma enorme mudança em mim.  Eu descartei tudo que era proibido no Islã.  Isso tornou as coisas difíceis para a minha família também.  Em resumo, a família Jackson veio abaixo completamente.  Surgiram cartas ameaçadoras, que intensificaram ainda mais as preocupações de minha família.

Que tipo de ameaças?

Bem, elas me diziam que eu tinha alimentado a animosidade da sociedade e cultura americanas, e que ao entrar no Islã eu tinha me privado do direito de conviver com os outros.  NÓS faremos a vida se tornar insuportável para você na América, e assim por diante.  Mas eu confesso que minha família é liberal.  Nós temos tido consideração por todas as religiões.  Nosso pais nos ensinaram dessa forma.  Portanto, eu posso dizer que a família Jackson desfruta de relações amigáveis com pessoas de quase todas as religiões.  É como resultado daquele treinamento que eu tenho sido tolerado por eles até agora.

Qual foi a reação de seu irmão Michael Jackson?

No caminho de volta para a América, eu trouxe vários livros da Arábia Saudita.  Michael Jackson me pediu alguns desses livros para estudar.  Antes disso sua opinião era influenciada pela propaganda da mídia americana contra o Islã e os muçulmanos.  Ele não era hostil ao Islã, mas também não tinha uma disposição favorável em relação aos muçulmanos.  Mas depois de ler esses livros, ele ficava quieto e não dizia nada contra os muçulmanos.  Eu acho que talvez o impacto do estudo do Islã o tenha feito desviar seus interesses de negócios na direção de negociantes muçulmanos.  Agora ele tem participação em pé de igualdade com o príncipe bilionário saudita Waleed bin Talal em sua empresa multinacional.

Foi dito antes que Michael Jackson era contra os muçulmanos, então houve rumores de que ele tinha se tornado muçulmano.  Qual é a verdadeira história?

Eu testemunho o fato de que, até onde eu saiba, Michael Jackson nunca disse nada depreciativo contra os muçulmanos.  Suas canções, também, dão uma mensagem de amor pelos outros.  Nós aprendemos de nossos pais a amar os outros.  Apenas aqueles que têm interesse pessoal fazem alegações contra ele.  Se pôde haver um horrível alvoroço contra mim quando eu me tornei muçulmano, por que não pode acontecer o mesmo com Michael Jackson?  Mas, até agora, a mídia não o submeteu a críticas severas, embora ele seja ameaçado por estar de alguma forma mais próximo do Islã.  Mas quem sabe o que poderia acontecer se Michael Jackson abraçasse o Islã?

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Jermaine Jackson, EUA (parte 2 de 2)

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Descrição: O irmão do astro mundialmente famoso Michael Jackson conta como ele abraçou o Islã.  Parte 2.

  • Por Jermaine Jackson
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Quais são as opiniões dos seus outros familiares a seu respeito?

Quando eu voltei para a América meu irmão já tinha ouvido a notícia de minha conversão ao Islã.  Minha mãe é uma mulher religiosa e civilizada.  Quando eu cheguei em casa ela me fez apenas uma pergunta, “você tomou essa decisão de forma repentina ou é o resultado de um questionamento longo e profundo?”  “Eu decidi após pensar muito a respeito,” eu respondi. Permita-me dizer que nós somos conhecidos como uma família religiosa.  O que quer que possuamos, é devido às bênçãos de Deus.  Então por que não devemos ser gratos a Ele?  É por isso que participamos de forma ativa em instituições de caridade.  Nós despachamos medicamentos para países africanos pobres através de avião especial.  Durante a guerra da Bósnia, nosso avião estava envolvido no suprimento de auxílio aos afetados.  Somos sensíveis a essas coisas porque testemunhamos a mais profunda pobreza.  Costumávamos morar em uma casa que tinha uns poucos metros quadrados.

Você alguma vez discutiu sobre o Islã com sua irmã Janet Jackson?

Como outros membros de minha família, a minha conversão repentina ao Islã foi uma grande surpresa para ela.  No começo, ela estava preocupada.  Ela tinha em sua mente apenas que os muçulmanos são poligâmicos, que eles têm até quatro esposas.  Quando eu expliquei essa permissão concedida pelo Islã com referência ao estado atual da sociedade americana, ela ficou satisfeita.  É fato que a promiscuidade e a infidelidade são muito comuns na sociedade ocidental.  Apesar do fato de serem casados, os homens ocidentais se envolvem em relações extra-conjugais com diversas mulheres.  Isso tem causado uma decadência moral devastadora naquela sociedade.  O Islã protege a estrutura social dessa destruição.

De acordo com os ensinamentos islâmicos, se um homem é emocionalmente atraído por uma mulher, ele deve dar a essa relação um formato legal e honrado ou então se contentar com apenas uma esposa.  Por outro lado, o Islã determinou muitas condições para o segundo casamento, de modo que eu não acho que um muçulmano comum possa atender a essas condições do ponto de vista financeiro.  Em torno de 1% dos muçulmanos no mundo islâmico têm mais de uma esposa.  Na minha opinião, as mulheres na sociedade islâmica são como uma flor bem protegida que está segura dos olhares penetrantes dos observadores.  Enquanto a sociedade ocidental está destituída de visão para apreciar essa sabedoria e filosofia.

Quais são os seus sentimentos espontâneos quando você olha para uma sociedade muçulmana?

Para o interesse maior da humanidade, a sociedade islâmica oferece o lugar mais seguro nesse planeta.  Veja o exemplo das mulheres.  As mulheres americanas se vestem de uma maneira que tenta os homens ao assédio.  Mas isso é impensável em uma sociedade islâmica.  Além disso, pecados e vícios correntes têm desfigurado a estrutura moral da sociedade ocidental.  Eu acredito que se existe algum lugar onde a humanidade ainda é visível, não pode ser nenhum outro que uma sociedade islâmica.  Chegará um tempo em que o mundo será obrigado a aceitar essa realidade.

Qual é a sua opinião sobre a mídia americana?

A mídia americana está sofrendo de contradições.  Veja o exemplo de Hollywood.  O status de um artista é medido tendo em vista o modelo de seu carro, o padrão do restaurante que ele visita, etc.  É a mídia que leva alguém do pó aos céus.  Eles não consideram o artista como um ser humano.  Mas eu encontrei muitos artistas no Oriente Médio.  Eles não têm arrogância.

Veja a CNN e o quanto eles exageram sobre algumas notícias, a ponto de parecer que nada mais aconteceu.   As notícias do incêndio nas florestas da Flórida receberam uma ampla cobertura, dando a impressão de que o mundo todo estava em chamas.  De fato, uma pequena área foi afetada por aquele incêndio.

Eu estava na África quando uma explosão ocorreu em Oklahoma City.  A mídia, sem qualquer prova, começou a mencionar o envolvimento de muçulmanos naquela explosão.  Depois descobriu-se que o sabotador era um CRISTÃO!!!  Nós podemos chamar essa atitude da mídia americana de ignorância deliberada.

Você consegue manter um elo entre sua personalidade islâmica e a cultura de sua família?

Por que não?  Esse elo pode ser mantido para o empreendimento de boas coisas.

Após se tornar muçulmano você encontrou Muhammad Ali?

Muhammad Ali é amigo de nossa família.  Eu o encontrei diversas vezes, após abraçar o Islã.  Ele tem fornecido orientação muito útil sobre o Islã.

Você visitou a mesquita Shah Faisal em Los Angeles?

Sim, claro!  É uma bela mesquita.  Eu estou interessado em construir uma mesquita semelhante na área de Falise porque não existem mesquitas nessa área e a comunidade muçulmana não tem recursos suficientes para comprar uma terra para uma mesquita naquela área abastada.  Se Deus quiser, eu o farei.

Quem é ignorante dos serviços da Arábia Saudita para a causa gloriosa do Islã?

Sem dúvida ela tem financiado livremente os projetos para mesquitas.  Mas essa mídia americana não poupa nem mesmo a Arábia Saudita; ela propaga notícias muito estranhas sobre esse país.  Quando eu visitei a Arábia Saudita pela primeira vez eu tinha a impressão de que só encontraria habitações de barro e uma rede de comunicações muito pobre.  Mas quando eu cheguei lá, para minha grande surpresa, eu encontrei o país mais belo do mundo culturalmente falando.

Quem tem influenciado você, no que diz respeito ao Islã?

Muitas pessoas tem me impressionado.  Mas o fato é que me volto primeiro para o Alcorão Sagrado e não corro o risco de ser desviado do caminho.  Entretanto, existem muitos eruditos islâmicos de quem se pode ter orgulho.  Se Deus quiser, eu planejo ir à Arábia Saudita com minha família para fazer Umrah.

Sua esposa e filhos são muçulmanos também?

Eu tenho sete filhos e duas filhas que, como eu, são totalmente voltados para o Islã.  A minha esposa continua estudando o Islã.  Ela insiste em ir à Arábia Saudita.  Eu confio que, Insh’Allah [se Deus quiser], ela em breve entrará no Islã.  Que Deus Todo-Poderoso nos dê coragem e perseverança para permanecer em sua verdadeira religião, o Islã.  (Amin)

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