Kristin, Ex-Católica, EUA (parte 1 de 2)

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Descrição: Uma ex-cristã discute as coisas que considerou ilógicas no Cristianismo e seu interesse no Judaísmo.

  • Por Kristin
  • Publicado em 11 Oct 2010
  • Última modificação em 11 Oct 2010
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Kristin__Ex-Catholic__USA_(part_1_of_2)_001.jpgMinha busca por uma religião começou na escola secundária quando estava com 15 ou 16 anos.  Tinha me associado com um grupo ruim de pessoas que pensei que fossem meus amigos, mas percebi a tempo que eram fracassados.  Vi que direção suas vidas estavam tomando e não era algo bom.  Não queria que essas pessoas tivessem qualquer efeito em meu sucesso no futuro e então me afastei deles completamente.  Foi difícil no começo porque estava sozinha e sem amigos.  Comecei a procurar por algo para me associar no qual pudesse me apoiar e basear minha vida... algo que nenhuma pessoa poderia usar para destruir meu futuro.  Naturalmente me voltei para a busca de Deus.  Entretanto, descobrir quem era Deus e qual era a verdade não era fácil.  Qual era a verdade afinal de contas?!  Essa era minha pergunta básica quando comecei minha busca por uma religião.

Em minha própria família havia muitas trocas de religião.  Minha família tem judeus e alguns tipos de cristãos e, agora, Alhamdulillah (todos os louvores para Deus), Islã.

Quando meu pai e minha mãe eram casados sentiram necessidade de decidir em qual crença seus filhos cresceriam.   Uma vez que a Igreja Católica era de fato a única opção para ele (nossa cidade tem apenas 600 pessoas) ambos se converteram ao catolicismo e educaram minha irmã e eu como católicas.  Olhando para as histórias de conversões em minha própria família, parece que todas foram conversões de conveniência.  Não acho que estava verdadeiramente em busca de Deus, mas apenas manipulando a religião como um meio de alcançar um fim.  Mesmo depois de todas essas mudanças no passado, a religião nunca foi de extrema importância para minha mãe, meu pai, minha irmã ou eu.  Quando muito, nossa família era vista na igreja durante a época de Natal e Páscoa.  Sempre senti que religião era algo separado de minha vida, 6 dias na semana para a vida e um dia na semana para a igreja, nas raras ocasiões que eu ia.  Em outras palavras, era consciente de Deus ou como viver de acordo com Seus ensinamentos em base diária.

Não aceitava algumas práticas católicas incluindo:

1)    Confissões para um padre: pensei por que não podia simplesmente me confessar para Deus sem ter que chegar até Ele através de um homem?

2)    O Papa “Perfeito” – Como um mero homem, nem ao menos um profeta, podia ser perfeito?!

3)    A adoração de santos – isso não era uma violação do primeiro mandamento?  Mesmo depois de 14 anos de comparecimento à escola dominical, as respostas que recebi para essas perguntas e outras eram: “Você tem que ter fé!!”  Devo ter fé porque alguém me DISSE para ter?!  Pensei que fé devia ser baseada na verdade e respostas que apelassem para a lógica e estava interessada em encontrar algumas.

Não queria a verdade de meus pais, ou amigos, ou ninguém mais.   Queria a verdade de Deus.  Queria acreditar por inteiro, de coração e alma, em toda idéia que considerasse verdadeira.  Decidi que se era para encontrar respostas para minhas perguntas, teria que buscar com uma mente objetiva e comecei a ler...

Decidi que o Cristianismo não era religião para mim.  Não tinha nada pessoal contra os cristãos, mas descobri que a religião em si continha muitas inconsistências, especialmente quando lia a Bíblia.  Na Bíblia as inconsistências que encontrei e as coisas que não faziam sentido eram tão numerosas que me sentia embaraçada por nunca tê-las questionado antes ou nem mesmo notado-as!

Uma vez que algumas pessoas na minha família eram judias, comecei a pesquisar o Judaísmo.  Pensei comigo mesma que a resposta podia estar lá.  Então por aproximadamente um ano pesquisei sobre tudo referente ao Judaísmo e falo de pesquisa PROFUNDA!!  Todo dia tentava ler e aprender algo (continuo tendo conhecimento sobre as leis ortodoxas judaicas de kosher!). Fui à biblioteca e chequei todo livro sobre Judaísmo em um período de dois meses, em busca de informação. Na internet, fui à sinagoga, conversei com outros judeus em cidades vizinhas e li o Torá e o Talmude. Até recebi a visita de um de meus amigos judeus vindo de Israel! Pensei que talvez tivesse encontrado o que procurava. Ainda assim no dia em que deveria ir à sinagoga e encontrar o rabino sobre minha conversão oficial, retrocedi. Honestamente não sei o que me impediu de sair de casa naquele dia, mas apenas parei quando estava prestes a sair e me sentei. Senti como se estivesse em um daqueles sonhos quando se tenta correr mas tudo está em câmara lenta. Sabia que o rabino estava lá e esperava por mim, mas nem ao menos telefonei para dizer que não ia. O rabino não me ligou também. Faltava algo...

Depois de descobrir que o Judaísmo também não era a resposta, pensei (depois também de muita pressão de meus pais) em tentar mais uma vez com o Cristianismo.  Tinha, como disse, um bom histórico em tecnicalidades de meus anos da escola dominical, mas estava mais preocupada em encontrar a verdade por trás das tecnicalidades.  Qual era a beleza de tudo, onde estava a segurança e como podia aceitá-la logicamente?  Sabia que se fosse considerar seriamente o Cristianismo, o catolicismo estava fora.  Fui a todas as igrejas cristãs em minha cidade: luterana, pentecostal, mórmon, e igrejas não-denominacionais.  Não encontrei o que procurava – respostas!!  Não era o ambiente das pessoas que me afastava; eram as discrepâncias entre denominações que me perturbavam.  Acreditava que devia haver um caminho certo. Então, como poderia escolher a denominação “certa”?  Em minha estimativa era impossível e injusto para um Deus Compassivo e Misericordioso deixar a humanidade com essa escolha.  Estava perdida...

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Kristin, Ex-Católica, EUA (parte 2 de 2)

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Descrição: Depois de ser introduzida ao Islã em uma sala de bate-papo, Kristin se descobre chorando ao ler o Alcorão em uma biblioteca, enquanto pesquisava a religião.

  • Por Kristin
  • Publicado em 18 Oct 2010
  • Última modificação em 18 Oct 2010
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Kristin__Ex-Catholic__USA_(part_2_of_2)_001.jpgNesse ponto estava tão confusa e frustrada quanto quando comecei minha busca.  Senti-me jogando os braços para o alto, para Deus, e gritando: “E agora?” Não era uma judia, não era uma cristã; era apenas uma pessoa que acreditava em um Deus.  Pensei em desistir de uma religião organizada.  Tudo que queria era a verdade, não me importava de que livro sagrado vinha; apenas a queria.

Um dia estava lendo na internet e decidi dar uma parada e encontrar uma sala de bate-papo.  Notei um “chat de religião” que, claro me interessou, e cliquei.  Vi uma sala chamada “chat islâmico”.  Devia entrar?  Esperava que nenhum terrorista conseguisse acesso ao meu email e me enviasse vírus – ou pior.  Imagens de homens enormes vestidos em negro com barbas enormes vindo à minha porta e me sequestrando apareceram em minha mente. (Dá para perceber o quanto eu sabia sobre o Islã - zero!) Mas então pensei que era só uma investigação inocente.  Decidi entrar e notei que as pessoas na sala não eram tão assustadoras quanto tinha imaginado.  De fato, a maioria deles se chamava de “irmão” ou “irmã” mesmo que tivessem acabado de se encontrar!  Disse oi para todos e pedi a eles para falarem o básico do Islã – sobre o qual eu nada sabia.  O que eles tinham a dizer era interessante e coincidia com o que já acreditava.  Algumas pessoas me ofereceram livros e eu aceitei.  (A propósito, nunca peguei nenhum vírus e nenhum homem apareceu na minha porta para me levar embora, exceto meu marido, mas fui espontaneamente!)

Quando saí do bate-papo fui diretamente para a biblioteca e chequei cada livro sobre o Islã, como tinha feito com o Judaísmo.  Agora estava interessada em ler e aprender mais.  Antes de ter uma enorme pilha de livros em casa, queria examinar alguns.  Esse foi um momento decisivo para mim...  Os primeiros poucos que examinei explicavam o básico mais detalhadamente, alguns eram muito didáticos e tinham algumas figuras de belas e enormes mesquitas com mulheres usando lenços.  Felizmente também chequei um Alcorão... o abri aleatoriamente e comecei a ler.  A linguagem foi o que me afetou primeiro, porque senti uma autoridade falando comigo, não um homem falando como aconteceu com os outros textos “sagrados”.  A passagem que li (e infelizmente não sei qual era) falava sobre o que Deus espera de você nessa vida e como vivê-la de acordo com Seus mandamentos.  Afirmava que Deus é Benevolente, Misericordioso e Perdoador.  E o mais importante, que o nosso retorno era para Ele.  Antes que me desse conta, pude ouvir cada uma das minhas lágrimas quando atingiram as páginas do que estava lendo.  Estava chorando no meio da biblioteca porque, finalmente, depois de toda minha busca e curiosidade tinha encontrado o que estava procurando – o Islã.  Sabia que o Alcorão era único porque tinha lido muita literatura religiosa e NENHUMA era tão clara ou me passou essa sensação.  Agora eu podia ver a sabedoria de Deus... por me deixar explorar o Judaísmo e o Cristianismo tão profundamente antes de encontrar o Islã, para que eu pudesse compará-los e perceber que NADA se compara ao Islã.

Daquele ponto em diante continuei pesquisando o Islã.  O abordei procurando inconsistências como tinha feito com o Judaísmo e o Cristianismo, mas não havia nenhuma.  Explorei o Alcorão, buscando por qualquer discrepância; até essa data não fui capaz de encontrar NENHUMA inconsistência nele!  Outra ótima coisa que amo sobre o Alcorão é que desafia o leitor a questioná-lo.  Diz a seu próprio respeito que se não fosse de Deus você certamente encontraria muita inconsistência nele!  O Islã não apenas era livre de inconsistências, mas também tinha uma resposta para qualquer pergunta que pudesse pensar – uma resposta que fazia sentido.

Depois de três meses decidi que o Islã era a resposta e fiz minha conversão oficial dizendo a Shahada.  Entretanto, tive que fazer minha Shahada através de um microfone com um imame da Pensilvânia porque não havia muçulmanos ou mesquitas perto de mim (a MAIS PRÓXIMA ficava a 6 horas de distância).  Nunca me arrependi da decisão de me converter.  Uma vez que não havia muçulmanos vivendo perto de mim, tive que tomar a iniciativa e aprender sozinha, mas nunca me cansei porque estava aprendendo a verdade.  Aceitar o Islã foi um despertar do meu espírito, de minha mente e até de como via o mundo.

Posso comparar com alguém que tem visão ruim; se esforça para acompanhar a turma, não se concentra e está constantemente sendo desafiado por sua dificuldade.  Se simplesmente recebe um par de óculos tudo se torna claro e em foco.  É assim a minha experiência com o Islã: como receber um par de óculos que, pela primeira vez, me permitiram realmente ver.

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