Todos os muçulmanos representam o Islã? (parte 1 de 3): Introdução
Descrição: Nem todos os muçulmanos compreendem e seguem sua religião.
- Por Aisha Stacey (© 2014 IslamReligion.com)
- Publicado em 17 Mar 2014
- Última modificação em 11 Feb 2018
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O Islã e os seguidores do Islã, os muçulmanos, são muito proeminentes na mídia hoje em dia. Em todo o mundo o debate cobre vários tópicos islâmicos ou que invariavelmente envolvem muçulmanos. A exposição quase contínua na mídia significa que dificilmente existe uma pessoa no mundo que não leu ou viu algo sobre o Islã ou os muçulmanos, ou sobre ambos. Além disso, a maioria das pessoas tem uma opinião. Muitas baseiam suas opiniões em equívocos ou mal-entendidos sobre o Islã. E outros muitos baseiam suas opiniões nas ações ou palavras de pessoas que se consideram muçulmanas, mas que na verdade têm muito pouco conhecimento sobre sua religião.
Felizmente, existem muitas que baseiam suas opiniões em conhecimento sólido e pesquisa. É através da misericórdia de Deus que a verdade do Islã geralmente reina triunfante sobre a especulação e desinformação da mídia. Entretanto, em um século saturado pela mídia é mais do que justo perguntar: todos os muçulmanos representam o Islã?
A resposta é claro que não! Pense nisso por um minuto. Alguém faria a pergunta se todos os alemães representam a Alemanha? Todos os indonésios representam a Indonésia? Todos os católicos representam o Catolicismo e todos os hindus, o Hinduísmo? Não, claro que não! Embora uma religião ou um país geralmente não sejam difamados em função das ações de poucas pessoas, tristemente não é o caso do Islã, especialmente depois do 11 de setembro.
É um fato angustiante que muitos crimes de porte tenham sido perpetrados por indivíduos, grupos, e países em nome do Islã. Quando essas atrocidades acontecem, se tornou a norma culpar a religião do Islã, ao invés dos próprios perpetradores. Em 1987 quando um atirador sikh abriu fogo sobre um ônibus de passageiros hindus no estado de Punjab da Índia, matando 38 pessoas, a mídia não declarou que a religião sikh era sanguinária e automaticamente condenou todos os sikhs.
Na Espanha o ETA (Movimento separatista basco) reivindicou responsabilidade por mais de 800 mortes desde 1968. Embora a Espanha seja 94% católica, como mencionado no livro dos fatos mundiais da CIA, essa atrocidade não foi atribuída aos católicos, nem a Igreja Católica condenada como uma religião que promove a violência. Se uma pessoa comete um crime e então se declara muçulmana ou grita as palavras Allahu Akbar (Deus é Grande), isso não faz dela um representante do Islã.
Entretanto, saber que nem todos os muçulmanos representam o Islã não resolve o problema. O que é essa religião chamada Islã e como tantas pessoas que se declaram muçulmanas deturpam seu próprio modo de vida? Infelizmente, muitos muçulmanos em todo o mundo são marginalizados e lutam para superar históricos coloniais e imperiais. A conquista militar, exploração econômica e mutação cultural embebidas no colonialismo dos séculos 15 ao 20 deixou gerações de muçulmanos descontentes, marginalizados e afetados pela pobreza, lutando para chegar a termos com um mundo globalizado.
Isso, entretanto, não é desculpa para mau comportamento ou para a perpetração de atrocidades contra inocentes. Não existem desculpas para crimes desse tipo. Mas um pouco de informação histórica nos ajuda a compreender por que algumas pessoas cometem crimes e atrocidades contra a humanidade, contra si mesmas e, por fim, contra sua religião. Quando vemos ou lemos sobre uma pessoa que se considera muçulmana perpetrando um crime tão horrível de contemplar, é importante entender que essa pessoa não representa o Islã. O mesmo pode ser dito de todas as religiões. Ao longo da história a humanidade tem usado o nome de Deus para justificar atos indescritíveis.
No Islã é impossível para uma pessoa falar em nome de todos os muçulmanos ou agir por todos os muçulmanos. Quando as diferenças surgem os muçulmanos se voltam para as únicas fontes confiáveis, o Alcorão e as tradições autênticas do profeta Muhammad, que Deus o louve.
Um dos problemas enfrentados pelo mundo em geral hoje, e os muçulmanos em particular, é que pessoas não qualificadas pensam ser possível ler um livro, mal traduzido em um idioma que não é o árabe e, instantaneamente, se tornarem capazes de proferir normas religiosas sobre assuntos que desconhecem. Pessoas com pouquíssimo conhecimento islâmico repentinamente se tornam especialistas, enquanto os verdadeiros especialistas não conseguem ter suas opiniões ouvidas. Grupos extremistas pregam ideologias extremas que não têm lugar no modo de vida que é o Islã. O Islã é o caminho do meio e extremos não fazem parte dos ensinamentos do Islã.
Quando o Islã é chamado de religião da paz, se quer dizer isso literalmente. Islã vem da palavra raiz “sa-la-ma”, assim como a palavra Muslim (muçulmano, aquele que segue a mensagem do Islã) e que entre os muitos significados também denota paz, segurança e implica submissão a Deus, Todo-Poderoso. Paz e segurança são inerentes à submissão ao Deus Único. Quando uma pessoa se submete à vontade de Deus, experimenta uma sensação inata de segurança e tranquilidade.
Nem todos os muçulmanos representam o Islã e nem todos os muçulmanos compreendem e seguem sua religião. A cultura com frequência dita as ações. Sabendo disso, torna-se essencial reconhecer que só porque uma pessoa, um grupo ou um país são conhecidos como islâmicos, não significa que automaticamente sigam as leis enviadas por Deus. O Alcorão foi revelado para toda a humanidade e o profeta Muhammad foi enviado como misericórdia para toda a humanidade. Uma pessoa não tem mais direito a paz e segurança que outra. Cada pessoa tem direito a sustento, moradia e segurança e se alguns têm seus direitos concedidos por Deus negados, é responsabilidade do restante da humanidade restaurar aqueles direitos, e não removê-los de forma flagrante.
Nos artigos que se seguem discutiremos o papel da cultura e dos costumes, aprenderemos o que o Islã diz sobre violência e guerra e veremos como a ignorância ofusca os verdadeiros ensinamentos islâmicos.
Todos os muçulmanos representam o Islã? (parte 2 de 3): O Islã demanda justiça, mesmo sob pressão
Descrição: O que o Islã diz sobre a violência e a guerra?
- Por Aisha Stacey (© 2014 IslamReligion.com)
- Publicado em 24 Mar 2014
- Última modificação em 26 Mar 2014
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Tentar convencer as pessoas de que os muçulmanos não são terroristas, que as muçulmanas não são oprimidas ou que nem todos os muçulmanos representam o Islã está se tornando cada vez mais difícil. Presume-se que um homem muçulmano com uma barba espessa está planejando um ataque - a algo. Se uma muçulmana escolhe vestir-se modestamente é dado como certo que foi forçada a vestir tal roupa. Embora dificilmente seja possível pegar um jornal ou assistir ao noticiário sem ouvir algo sobre o Islã ou os muçulmanos, geralmente é uma interpretação errônea ou deturpação grave.
Nessa mistura volátil entra o próprio muçulmano ou muçulmana, porque às vezes os muçulmanos são seus piores inimigos. Geralmente falam sem conhecimento ou até sem pesar o efeito de suas palavras. Às vezes os muçulmanos reagem sem olhar para o panorama geral. Reagem aos equívocos sem perceber que seus comportamentos algumas vezes afirmam as noções incorretas. Nem todos os muçulmanos representam o Islã.
Vivemos em tempos interessantes e, de acordo com um velho provérbio chinês, isso pode ser tudo, menos uma bênção. Os muçulmanos chamam esse período de tempo de fitnah (testes e tribulações). A vida corre nos levando ao desconhecido, mas de uma maneira estranha tudo já foi feito antes. Não é a primeira vez na história que os muçulmanos sofreram os efeitos de mentiras ou deturpações. Entretanto, quando as mentiras e deturpações se amontoam os que buscam a verdade nesse mundo têm uma forma de encontrar o ouro enterrado na terra. O Islã é como aquele ouro, que pode repousar quietamente, mas não perde nada de sua beleza ao fazê-lo.
A maior ameaça aos muçulmanos e ao modo islâmico de vida agora é a “guerra ao terror” e a subsequente demonização dos muçulmanos. A grande mídia foca no mau comportamento dos muçulmanos que frequentemente têm pouquíssimo entendimento de sua religião. A grande maioria dos 1,6 bilhões de muçulmanos do mundo condena atos de terror e a matança de civis inocentes. O mesmo faz a maioria dos estudiosos e líderes muçulmanos e, ainda assim, infelizmente, a religião do Islã é quase invariavelmente implicada no pensamento e comportamento de criminosos.
Os erros de muçulmanos são frequentemente usados para justificar ou encorajar o ódio a muçulmanos inocentes ou à religião do Islã. Continuamente versículos do Alcorão são tirados de contexto e dito que criminosos seguem o dogma islâmico, quando na realidade nada poderia estar mais longe da verdade. Para compreender a posição islâmica sobre a violência e a guerra, deve-se referir às fontes originais, o Alcorão e as tradições autênticas do profeta Muhammad, que Deus o louve. Não é viável tirar um versículo do Alcorão e deduzir seu significado sem ler os versículos que vêm antes e depois. O entendimento pleno da profundidade e sutileza do Alcorão só é possível quando se entende o contexto histórico e a razão para a revelação e também se tem um conhecimento profundo da vida do profeta Muhammad.
Portanto, o que exatamente o Islã diz sobre a guerra e a violência?
O Islã é a religião revelada por Deus para o benefício da humanidade e proíbe totalmente prejudicar pessoas inocentes de qualquer forma. Isso inclui seus corpos, bens ou honra. O Islã ensina que os muçulmanos tratem a todos, independente de religião, etnia, cor ou status social, com respeito e gentileza. Proíbe a opressão, salvaguarda os direitos e ordena que os muçulmanos vivam em paz e harmonia, mantendo a justiça mesmo em relação aos inimigos e até em tempos de guerra. Nunca é permissível matar uma pessoa que não seja hostil ou que tenha um tratado de paz.
“Deus nada vos proíbe, quanto àqueles que não nos combateram pela causa da religião e não vos expulsaram dos vossos lares, nem que lideis com eles com gentileza e equidade, porque Deus aprecia os equitativos.” (Alcorão 60:8)
Quando o profeta Muhammad enviou seus companheiros para a batalha, disse: “Vão em nome de Deus e não matem velhos, crianças e mulheres. Espalhem a bondade e façam o bem, porque Deus ama os benfeitores.”[1] “Não matem os monges nos monastérios” ou “Não matem as pessoas em seus locais de adoração.[2] Uma vez, depois de uma batalha, o profeta viu o corpo de uma mulher no chão e disse: “Ela não estava lutando. Por que então foi morta?”
Essa forma de se comportar em tempos de guerra foi posteriormente enfatizada por Abu Bakr, o líder da nação islâmica depois do profeta Muhammad. Ele disse: “Ordeno a vocês dez coisas. Não matem mulheres, crianças ou pessoas idosas ou doentes. Não cotem árvores frutíferas. Não destruam um local habitado. Não abatam ovelhas ou camelos, exceto para se alimentarem. Não queimem abelhas e não as dispersem. Não roubem do butim e não sejam covardes.”
Se um inimigo inflige dano aos muçulmanos ou os expulsa de suas casas e terras, então Deus ordena aos demais muçulmanos que os defendam, mas mesmo sob pressão um muçulmano deve se comportar de maneira justa.
“Combatei, pela causa de Deus, aqueles que vos combatem; porém, não pratiqueis agressão, porque Deus não estima os agressores. E combatei-os até terminar a perseguição e prevalecer a religião de Deus. Porém, se desistirem, não haverá mais hostilidades, senão contra os iníquos.” (Alcorão 2: 190-193)
“Ó crentes, sede perseverantes na causa de Deus e prestai testemunho, a bem da justiça; que o ódio aos demais não vos impulsione a serdes injustos para com eles. Sede justos, porque isso está mais próximo da piedade, e temei a Deus. Porque Ele está bem inteirado de tudo quanto fazeis.” (Alcorão 5:8)
A mensagem do Alcorão é clara. Tirar uma vida, qualquer vida, é um pecado grave. Tanto o Alcorão quanto as tradições autênticas do profeta Muhammad, que Deus o louve, estão imbuídos de um profundo senso de justiça e perdão. A mensagem do Islã é para toda a humanidade e o Islã exige misericórdia e sabedoria em todas as transações, mesmo em tempos de guerra. Quando as atrocidades que desafiam a crença e os ensinamentos do Islã são cometidas, é importante lembrar que nem todos os muçulmanos representam o Islã.
“Por isso prescrevemos aos israelitas que quem matar uma pessoa, sem que esta tenha cometido homicídio ou semeado a corrupção na terra, será considerado como se tivesse assassinado toda a humanidade.” (Alcorão 5:32)
Todos os muçulmanos representam o Islã? (parte 3 de 3): Superstições estranhas não são parte do Islã
Descrição: Às vezes os fundamentos do Islã são obscurecidos por ignorância.
- Por Aisha Stacey (© 2014 IslamReligion.com)
- Publicado em 24 Mar 2014
- Última modificação em 26 Mar 2014
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Nos dois artigos anteriores discutimos o fato de que nem todos os muçulmanos representam a religião do Islã. Nosso foco era a atitude do Islã em relação à guerra, violência e terrorismo. Estabelecemos que o Islã é uma religião de paz e que matança ou violência injustificadas são absolutamente proibidas. É triste que muitos muçulmanos em todo o mundo tenham manchado o nome do Islã cometendo atos e atrocidades que não têm lugar em uma religião baseada nos conceitos de justiça e misericórdia. Entretanto, essa não é a única maneira em que os próprios muçulmanos transmitem uma falsa imagem do Islã.
Do início é importante compreender a base do Islã - Deus é Único. Não tem parceiros, filhos, filhas ou ajudantes. Ele sozinho criou e sustenta o universo. Nada acontece sem Sua permissão.
“Ele é Allah, o Único.Allah-us-Samad. Deus! O Absoluto! (O Mestre Autossuficiente, de Quem todas as criaturas precisam, não come e nem bebe). Jamais gerou ou foi gerado! E ninguém é comparável a Ele!” (Alcorão 112)
“Haverá outra divindade em parceria com Deus? Exaltado seja Deus de quanto Lhe associam!” (Alcorão 27:63)
Os muçulmanos creem com certeza que não existe divindade exceto Allah e que os profetas e mensageiros foram enviados por Deus para guiar a humanidade para a verdade de que Deus é Único. Portanto, no Islã não há espaço para nenhum tipo de intercessão. Os muçulmanos adoram apenas a Deus e apenas a Ele pedem ajuda em todas e quaisquer coisas. Esse conceito é conhecido como tawhid e forma a base da religião do Islã.
Entretanto, quando olhamos para o comportamento de alguns muçulmanos encontramos práticas e superstições que são de fato proibidas no Islã. A adoração sincera somente a Deus foi adulterada por costumes e tradições locais e, ainda assim, muitos muçulmanos não estão dispostos a admitir que essa corrupção existe. O fato é que nem todos os muçulmanos fazem sua adoração da maneira correta e nem todos representam o Islã.
Um dos pecados mais graves é invocar alguém ou algo além de Deus. Isso é proibido no Islã e, ainda assim, em todo o mundo essas práticas culturais profundamente enraizadas permanecem. Os muçulmanos que invocam os mortos para interceder por eles não representam a religião do Islã. Os muçulmanos que acreditam que pessoas virtuosas são capazes de interceder entre as pessoas comuns e Deus não representam a religião do Islã. Os que usam amuletos e talismãs na crença de que, de alguma forma, podem evitar o mal ou atrair o bem, não representam o Islã. Essas são contradições diretas à Unicidade de Deus.
A corrupção na adoração é evidente nos muitos mitos e tradições que cercam a gravidez e o parto. Muitas tradições envolvem o uso de talismãs e amuletos. Um muçulmano, entretanto, sabe que tudo vem de Deus e que sorte ou aleatoriedade não estão envolvidas. Superstições estranhas não podem trazer dano ou bem. O Islã ensina que não há poder ou força exceto com Deus e dissipa esses mitos e superstições libertando a humanidade desse tipo de servidão.
Tendo isso em mente, vamos examinar as práticas culturais que cercam duas mulheres fictícias. As mulheres nessas anedotas são totalmente fictícias, mas as práticas são reais e formam apenas uma pequena parte de centenas de tradições e práticas usadas em todo o mundo muçulmano para afastar o mal ou obter o bem.
Em uma pequena aldeia fora de Mogadíscio, na Somália, Nura de 18 anos acabou de ter seu primeiro filho. Um menino bonito e saudável. Nura e sua família acreditam que o bracelete que o menino usa feito de corda e ervas o protegerá do mau olhado. A maioria dos somalis vincula sua identidade com o Islã, entretanto, um grande número de práticas pré-islâmicas sobreviveram. Existe uma crença forte em possessão por jinn (demônio) e em zar (um culto no qual as mulheres são possuídas por vontade própria) e a maioria dos beduínos somalis usam de forma rotineira amuletos para proteção. Antes do Islã o sistema de crenças na Somália era amplamente animista, datando da era paleolítica, no qual todo objeto animado ou inanimado tinha uma alma.
Essas tradições e práticas geralmente revolvem em torno de importantes experiências de vida, como nascimento e morte e, com frequência, envolvem o uso de plantas e ervas tanto por suas propriedades medicinais quanto pela crença de que essas plantas e ervas oferecem proteção contra espíritos malévolos. Assim, um recém-nascido recebe um amuleto para protegê-lo do mau. Essa prática claramente nega a Unicidade de Deus. Essas são tradições que não fazem sentido quando a natureza verdadeira de Deus é revelada através do Alcorão e das tradições autênticas do profeta Muhammad, que Deus o louve.
Bem longe na Turquia, na metrópole próspera de Istambul, a mãe e tias de Ceylan estão adornando a parede do quarto no qual ela dará a luz com cordas de cebola, alho e contas azuis. Elas acreditam que isso protegerá Ceylan e o bebê recém-nascido de mau olhado e do jinn mau conhecido na Turquia como o “ladrão de bebê”. Entre as cordas de ervas sendo penduradas no quarto na Turquia também se pode encontrar contas azuis. Elas são predominantes em muitas comunidades muçulmanas. As pessoas usam amuletos, mantendo-os a mão para dar aos convidados, penduram perto das portas de suas casas ou em seus carros. As contas são geralmente feitas de vidro para refletir qualquer má sorte ou mau e a crença é de que, como um espelho, atraem energia positiva e refletem de volta as más intenções. De acordo com essa crença falsa, se o mal for forte demais para ser afastado pelo olho azul, ele rompe, se sacrificando.
É difícil de traçar a origem das contas azuis, entretanto, é comum em todos os países ao redor do mar Mediterrâneo, incluindo Grécia, Chipre e Egito. Podem até ser tão antigas quanto os antigos egípcios. O olho de Hórus (antigo símbolo egípcio de proteção e poder) pode ser a origem dessa crença difundida e a cor azul tem sido usada desde a antiguidade para denotar cura e proteção. O Islã é claro: cura e proteção vêm apenas de Deus.
As práticas supersticiosas e a adoração corrompidas são prevalentes nas comunidade muçulmanas em todo o mundo. Você pode ter notado algumas em sua própria comunidade. Entretanto, elas não representam o Islã. O Islã é a religião do conhecimento informado, não de fé cega e superstições estranhas. O poder de Deus é onipotente. Quando os muçulmanos se comportam de uma maneira que parece encorajar superstições e comportamento estranho, não representam o Islã. A mensagem do Islã é clara. Não há poder ou força exceto com Deus e o profeta Muhammad é Seu mensageiro final.
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