Khadija Evans, Ex-Católica, EUA (parte 1 de 2)
Descrição: Khadija Evans, americana que experimentou inúmeras denominações cristãs, o ateísmo e até Wicca nos conta como suas investigações sobre o Islã pós 11 de setembro levaram primeiro a ela e depois ao marido dela ao seu lar espiritual final.
- Por Khadija Evans
- Publicado em 02 Nov 2015
- Última modificação em 01 Nov 2015
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Meu nome é Khadija Evans e essa é a história de como meu marido e eu abraçamos o Islã.
Posso me lembrar de estar de pé na cozinha da casa em que morava quando tinha apenas 7 ou 8 anos de idade, olhando na direção da porta de entrada. Orei a Deus, que não estava certa se existia, e implorei a Ele para me mostrar se Ele realmente estava lá. Nada aconteceu.
Posso me lembrar de estar com 9 ou 10 anos de idade e escrever uma carta para Deus e escondê-la no aquecedor em meu quarto pensando que Deus, se existisse, viria, a pegaria e responderia minhas orações. Mas no dia seguinte, a carta ainda estava lá.
Sempre tinha tido dificuldades em aceitar a existência de Deus e o entendimento das crenças ensinadas nas igrejas cristãs. Embora meus pais não fossem muito religiosos e raramente fossem à igreja, achavam que era melhor que meus dois irmãos e eu fossemos. Todos tivemos permissão para escolher nossa religião quando muito jovens. Acho que estava com 6 ou 7 e meus irmãos eram 1 ou 2 anos mais velhos que eu. Escolhi a igreja metodista apenas porque ficava a apenas algumas quadras de nossa casa e meu irmão escolheu uma igreja luterana porque também era próxima e eu não a tinha escolhido.
Fui à igreja até os 13 anos. Fui batizada e confirmada quando estava com 11 anos. Prossegui com o batismo e a confirmação porque todas as crianças que estavam com 11 anos receberam confirmação e se ainda não tivessem sido batizadas, era feito ao mesmo tempo. Embora soubesse que tinha dúvidas sobre Deus e os ensinamentos cristãos, eram coisas que considerava melhor guardar para mim mesma.
Quando estava com 13 anos minha família se mudou para outra cidade sem igrejas próximas e meus pais não estavam ansiosos para levantar cedo e nos levar para a igreja. Assim, nosso treinamento religioso parou até que eu estivesse com 15 anos e minha mãe repentinamente encontrasse a religião. Ela começou a frequentar uma igreja da Assembleia de Deus, levando meu pai de vez em quando. Eu ia voluntariamente. Tinha começado uma busca por Deus que não terminaria até que estivesse com 42 anos.
Lembro-me de ser "renascida". Pega no fervor do inferno e danação que o ministro pregava na igreja da Assembleia de Deus. Fiquei "viciada em religião" achando que finalmente "O" tinha encontrado. Pouco sabia eu que o vício duraria pouco e de novo comecei a ter dúvidas e perguntas não respondidas.
Quando estava com 17 anos encontrei a filha de um ministro batista assistente e comecei a ir à igreja deles. Desde a época em que estava com pelo menos 6 anos de idade meu pai tinha abusado sexualmente de mim e contei isso ao ministro assistente. Ele combinou com meus pais para me deixar morar com ele e sua família em um tipo de "família de acolhimento privada". Meu pai pagava a ele US$ 100 por semana. Meus pais também frequentaram a igreja por um curto tempo, até que o ministro anunciou do púlpito que meu pai molestava crianças. Antes daquele dia minha mãe, pai e eu éramos batizados na igreja.
Um dia depois de passar o dia com meus pais voltei para minha casa adotiva e a encontrei vazia. Completamente. Nenhuma mobília. Descobrimos que o ministro tinha sido pego desviando dinheiro da igreja e ele e sua família tiveram que deixar a cidade rapidamente. Voltei para a casa de meus pais e o abuso.
Como resultado do que o ministro tinha feito, a pouca fé que tinha em Deus foi totalmente perdida e me tornei ateia. Pelos 25 anos seguintes flutuei entre crença, agnosticismo e ateísmo.
Quando estava com 26 anos fui para 3 meses de Direitos de iniciação para adultos católicos e então fui batizada e confirmada na igreja católica romana. Permitiram que eu pulasse o ano inteiro de aulas porque só liguei para a igreja para perguntar sobre me converter 3 meses antes da missa de vigília de Páscoa, quando era feita a confirmação de adultos.
Tinha entrado na religião católica com a mesma filosofia que tinha ouvido falar que os Alcoólicos Anônimos têm: "Traga seu corpo e sua mente acompanhará." Não acreditava em Deus ou nos ensinamentos centrais da igreja católica, mas queria tanto acreditar em uma força maior que eu mesma que ia fielmente à igreja 7 dias na semana, esperando que de alguma forma começasse a acreditar. Mas depois de vários meses comecei a perceber que isso não ia acontecer e minha frequência na missa passou a ser coisa de uma vez por semana e então uma vez por mês, até que quando estava com 30 anos e encontrei o homem que hoje é meu marido e não era católico, parei de vez de frequentar a missa.
Nunca tinha dito a ninguém antes de meu marido que não acreditava em Deus. Não acho que ele me levou a sério a princípio. Não acho que ele já tivesse conhecido um ateu. E ele não conseguia entender por que eu estava indo à igreja se não acreditava em Deus.
Meu marido é 29 anos mais velho que eu. Tivemos um casamento maravilhoso nesses últimos 10 anos. Quando nos encontramos pela primeira vez, ainda queria desesperadamente acreditar e ficava fazendo-o me prometer que "quando ele chegasse ao Paraíso" pediria a Deus para me dar forças para acreditar e se fosse possível me daria um sinal, um que eu não pudesse atribuir à minha imaginação, para que eu soubesse que realmente havia um Deus. Ele sempre me prometia que faria.
Estávamos morando na área rural de Alabama quando estava com 32 anos. Desenvolvi ulcerações em ambas as córneas e quando me curei, estava legalmente cega. Por causa do dano causado pela infecção ao tecido ao qual as córneas doadas deviam aderir, não conseguia encontrar um cirurgião que acreditasse que as córneas transplantadas não seriam rejeitadas.
Continuava buscando por Deus. Estava buscando por esperança de algo melhor do que esse mundo tinha para me oferecer. Algum tipo de evidência da chance para existência após a morte. Algum modo de alcançá-la.
Quando adolescente tinha assistido Pat Robertson no Clube 700 e quando jovem adulta ouvia fielmente ao televangelista reverendo Jimmy Swaggert. Em meus 30 assistia programas na Rede Trinity Broadcasting. O tempo todo esperando que um dos ministros dissesse algo que desse um clique em minha mente e eu finalmente soubesse: "Sim, realmente existe um Deus!" Nenhum deles jamais disse algo que fizesse essa conexão acontecer, embora muitos tenham dito coisas que me confundiram ainda mais.
Durante os primeiros 10 anos depois que fiquei legalmente cega tentei frequentar igrejas diferentes, a Batista de novo, a Assembleia de Deus de novo, a não-denominacional Igreja de Deus, Mórmon e até estudei Wicca. Mas sempre perdia o interesse depois de uns poucos meses. Coisas que as religiões ensinavam não batiam. Havia coisas demais deixadas por conta da fé. Coisas para as quais não havia provas além da fé. Não conseguia acreditar em algo quando a única prova era algumas palavras em um livro que em grande parte não fazia sentido.
Lembro que uma noite quando estava com uns 35 anos, estava deitada na cama orando a Deus, que eu ainda não tinha certeza se existia. Estava pedindo a Ele que, se existisse, me levasse a alguém que pudesse me ajudar a acreditar. Mas não encontrava ninguém.
Com a idade de 36 adquiri uma Bíblia em braile e comecei a lê-la, mais uma vez esperando encontrar prova da existência de Deus. Mas com a Bíblia sendo tão difícil de entender, com tanto dela não sendo realmente explicável, perdi o interesse depois de ler apenas alguns de seus livros. Na época, embora ainda quisesse encontrar Deus, desisti de minha busca. Fiquei completamente desiludida com a religião.
No dia 11 de setembro de 2001 estava sentada no meu computador. Era antes das 9 da manhã e como de costume a televisão, que ficava ao meu lado direito, estava ligada para ter um ruído de fundo. Ouvi o som que é feito para notificar os telespectadores do anúncio de uma notícia importante. Parei e me virei para a TV. Um repórter começou a falar e uma das torres do World Trade Center foi mostrada no fundo. Ele disse que um acidente havia acontecido. Um pequeno avião tinha atingido uma das torres do World Trade Center. Sou legalmente cega, mas pude ver muito bem para saber que não era um pequeno avião que tinha atingido a torre. O buraco era muito grande. E não achei que fosse possível atingir acidentalmente algo tão grande.
Enquanto assistia, outro avião voou na direção da outra torre. Não pude ver o avião porque era muito pequeno mesmo durante os replays com meu rosto praticamente pressionado contra a tela, mas vi uma bola de fogo que explodiu longe do edifício.
Pulei e corri para o quarto e disse ao meu marido para correr porque terroristas estavam jogando aviões nos edifícios do Word Trade Center! Ele imediatamente saiu da cama, veio para a sala de estar, sentou e começou a assistir. Era por volta de 9 da manhã.
Depois foi anunciado que um avião tinha sido jogado no Pentágono e outro avião sequestrado tinha colidido na Pensilvânia. Quando isso terminaria, me perguntei? E o que estava acontecendo no mundo?
Em um ponto o repórter disse que parecia que "entulhos" estavam caindo dos prédios. Meu marido disse que eram pessoas se jogando. Algo que ele nunca foi capaz de esquecer. Fiquei grata que minha visão estivesse ruim o suficiente para que não pudesse distinguir o que parecia ser "entulhos".
O repórter disse que uma parte da primeira torre tinha caído do prédio. Falou em uma voz um pouco hesitante. Agora me pergunto se ele não tinha certeza do que estava vendo. Por que depois descobrimos que uma parte do prédio não tinha caído. O prédio tinha desmoronado completamente.
Uma repórter estava chorando e um repórter a abraçou. Eu estava chorando também. E meu marido me abraçou.
Khadija Evans, Ex-Católica, EUA (parte 2 de 2)
Descrição: Khadija Evans, americana que experimentou inúmeras denominações cristãs, o ateísmo e até Wicca nos conta como suas investigações sobre o Islã pós 11 de setembro levaram primeiro a ela e depois ao marido dela ao seu lar espiritual final. Parte 2.
- Por Khadija Evans
- Publicado em 09 Nov 2015
- Última modificação em 15 Nov 2015
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Por semanas depois disso comecei a chorar sem razão aparente. Estava no ônibus e tinha que virar minha cabeça para a janela e fingir que estava olhando para fora, para que os outros passageiros não vissem as lágrimas caindo de meus olhos.
Quando estávamos em um restaurante tinha que usar meu guardanapo para secar as lágrimas brotando de meus olhos antes que as outras pessoas notassem e se perguntassem se eu era alguma maluca.
Era cristã na época e me importei. Fiquei devastada. Não conseguia entender como uma religião podia promover tal violência, como a mídia dizia que o Islã promovia. Não fazia sentido para mim. Então decidi saber mais por minha conta. De um jeito ou de outro queria saber a verdade.
Por causa de minha cegueira parcial estava limitada à informação da internet. Encontrar livros sobre o Islã em braile ou impressos com letras grandes o suficiente para que eu pudesse ler era impossível. Conseguia usar um computador porque tinha um software de ampliação instalado que podia aumentar a fonte na tela até um tamanho que eu pudesse ler.
Fiz pesquisas e comecei a ler sobre o Islã. Fui a sites que ensinavam o básico do Islã e me juntei a grupos de discussão online de mulheres muçulmanas, onde fui capaz de fazer perguntas e obter respostas que confirmava por meio de mais pesquisa.
Sempre fui cética. Sempre foi difícil para mim acreditar em algo que não compreendia. Nunca fui do tipo que acreditava em algo simplesmente porque alguém me dizia que era assim. Tinha que saber em minha mente e também em meu coração.
Enquanto estudava o Islã aprendi que o Deus que os muçulmanos adoram é o mesmo Deus dos cristãos e judeus. O Deus de Abraão e Moisés. Descobri que o Islã não promove ou admite o ódio aos não-muçulmanos, nem a matança de pessoas inocentes.
Ao estudar o Islã encontrei as respostas que a mídia não estava nos contando e vim a saber que o Islã é religião verdadeira. Alhumdulilah. Li muitas evidências convincentes, mas as coisas que me provaram que havia um Deus e que o Islã é a verdadeira religião e que o Alcorão é a Palavra de Deus, foram aquelas no próprio Alcorão. As coisas que são de natureza científica. Coisas que foram descobertas por cientistas somente nos últimos 100 anos. O único que poderia saber essas coisas há 1.400 anos era Deus.
Por exemplo, um dia estava em um site sobre as provas científicas no Alcorão. Um dos versículos no Alcorão conta sobre a morte de nosso próprio sistema solar.
Al-Rahman 37-38: "(Será) quando o céu se fender e derreter; e se avermelhar como um unguento. Assim, pois, quais das mercês de vosso Senhor desagradeceis?"
Havia um link que levava para o site da NASA[1].
Quando cliquei no link não tinha ideia do que estaria na próxima página, mas o que vi tirou meu fôlego. Lágrimas brotaram nos meus olhos. Soube - se ainda tivesse quaisquer dúvidas - soube naquele momento que o Islã é a verdadeira religião de Deus. Mash’Allah!
A página para onde o link me levou me mostrou o que parecia uma rosa vermelha. Era a nebulosa Olho de Gato. Que era uma estrela que explodiu há 3.000 anos luz de distância. Tinha sido fotografada com o telescópio espacial Hubble. Os cientistas dizem que é o mesmo destino que aguarda nosso próprio sistema solar. Os muçulmanos se referem a ela como "nebulosa Rosa." Foi descrita no Alcorão há 1.400 anos. As pessoas na época não tinham como saber sobre isso. Somente Deus podia ter sabido.
No dia 12 de setembro de 2002, dia do meu aniversário, os cientistas descobriram uma segunda nebulosa Rosa, usando o telescópio espacial Hubble. Uma dádiva de Deus para toda a humanidade. Dessa vez os cientistas a chamaram pelo nome correto, "a nebulosa Rosa". [2]
Depois de aceitar em minha mente e também em meu coração que o Islã é a religião verdadeira, sabia que já era uma muçulmana e que a única coisa que faltava era professar minha fé.
Procurei por mesquitas em minha comunidade em um diretório na internet. Liguei para uma na cidade mais próxima e disse à pessoa que atendeu ao telefone que queria me converter ao Islã e perguntei a ele quando podia fazer minha shahada (profissão de fé). Ele me disse para estar lá às 4 da tarde no sábado, quando o imame também estaria lá. Disse a ele que ia de ônibus para todos os lugares e que ficaria tarde para eu conseguir voltar para casa e perguntei se podia ir mais cedo. Ele me disse para não me preocupar que alguém me daria uma carona de volta para casa. Cheguei como programado, e como Deus havia programado, e comecei minha nova vida. Mash’Allah!
Desde então percebi que naquele dia aconteceu o maior evento de minha vida. Sempre tinha achado que a coisa mais maravilhosa que tinha acontecido comigo foi o dia em que me casei com meu marido. Mas agora sabia que não. O dia mais importante de minha vida foi o dia em que fiz minha Shahada e aceitei o Islã como o modo de vida que Deus intencionou que eu vivesse. Foi o dia em que reconheci que o Islã é o caminho para a salvação, para o paraíso e fiz uma escolha de praticá-lo.
Não posso dizer que minha conversão ao Islã empolgou meu marido. Ele acreditava no que a mídia estava dizendo sobre os muçulmanos e a religião. Não gostava que eu fosse para a masjid [mesquita] várias noites por semana, deixando-o em casa sozinho e entediado. Numa noite, depois que ele tinha acabado de reclamar mais uma vez de minha ida à masjid, sentei a pouca distância dele e calmamente disse: "Nunca pedirei que pratique uma religião na qual não acredite. Eu o amo demais para tentar e forçar isso a você. Mas eu quero aprender sobre o Islã e, então, você vai ao menos entender no que acredito." Então me levantei, fui para o quarto e terminei de me vestir para ir à masjid. Dei um beijo de despedida nele e saí.
Quando voltei para casa constatei que toda a atitude dele havia mudado. Ele estava alegre e animado. Naquela noite, antes de ir para a cama, ele começou a aprender sobre a bela religião do Islã.
Meu marido começou a ir para a masjid comigo. Enquanto eu estudava com as mulheres, ele conversava com um homem, a quem fazia perguntas. Em casa ele lia coisas na internet e livros que tinha pegado emprestado da masjid. Discutíamos as coisas diferentes que estávamos aprendendo e quando um repórter na televisão relatava a última mentira ou mito sobre o Islã, eu o apontava para ele e explicava a verdade.
Quando chegou o dia em que ele me disse sobre como algum aspecto do Islã devia ser praticado em um tom de voz "eu sei tudo", como se fosse um fato, algo que eu mesma não sabia, perguntei a ele: "Como você sabe disso???" e ele respondeu: "Porque está no Alcorão!!" Fiquei atordoada. Ele acreditava! Alhumdulilah! Ele sabia que o Islã era a verdade! Mash’Allah! Se estava no Alcorão, para ele era verdadeiro! Trinta e seis dias depois de eu professar publicamente minha fé em Deus e em Seu mensageiro, o profeta Muhammad, que a misericórdia e bênçãos de Deus estejam sobre ele, meu marido professou a dele. Mash’Allah! Fizemos uma cerimônia de casamento islâmico na mesma noite. Chorei quando meu marido fez a Shahada dele. Sabia que estaríamos juntos na Eternidade!
Um mês antes um homem na mesquita tinha me perguntado quais eram as chances de meu marido se converter. Não queria que esse homem tivesse muitas esperanças ou esperasse mais de mim do que eu pudesse fazer e francamente disse a ele: "Zero". Disse: "Não consigo imaginar alguém mudar suas crenças de maneira tão drástica depois de ter acreditado em algo por 70 anos." Mas 14 dias antes de seu 71º aniversário ele abraçou o Islã como sua religião e seu modo de vida. Alhumdulilah!
Na comunidade muçulmana encontramos outra família. Encontramos amizade, amor e aceitação que eram ensinados nas religiões cristãs que praticamos em pontos diferentes em nossas vidas, mas que nunca sentimos que existisse de fato entre a maioria dos membros das igrejas que frequentamos.
A maioria dos muçulmanos em nossa área são imigrantes, mas não encontramos intolerância em relação aos americanos, sejam muçulmanos ou não. Fomos ambos bem recebidos na família do Islã na primeira vez que fomos à masjid. Sempre nos sentimos bem vindos e aceitos.
Desde que abraçamos o Islã encontramos direção e propósito para nossas vidas. Encontramos o significado para nossa existência. Passamos a perceber que realmente estamos aqui somente por um curto período de tempo e que o que vem depois é muito melhor do os prazeres passageiros que esse mundo tem para nos oferecer.
Encontrei um sentido de segurança em relação à vida depois da morte que nunca tinha tido antes. Ambos passamos a ver os problemas que antes víamos como importantes, como de fato oportunidades de crescimento. Agradecemos a Deus pelo que temos e também pelo que não temos. Deus sabe o que é melhor.
Hoje somos muçulmanos. Ainda nos importamos com o 11 de setembro. Ainda choro quando penso um pouco mais sobre os eventos daquele dia. Meu marido ainda se lembra das pessoas pulando dos prédios. Queríamos que só o que tivéssemos a dizer sobre aquele dia fosse que tínhamos "ouvido" que o WTC tinha sido atacado. Mas vimos acontecer e foi a coisa mais devastadora a acontecer em nossas vidas. Mas da tragédia veio a vitória. Da morte veio o conhecimento de que teremos vida depois de nossa morte. E que a passaremos juntos.
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