Cientistas e Religião (parte 1 de 2): Religião e Ciência estão em Conflito?

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Descrição: A suposta discordância entre religião e ciência é uma crença relativamente nova, surgida principalmente a partir de teorias ateístas, mas muitos cientistas no passado e no presente vêem harmonia e coerência não explicadas pela ciência.  Parte 1: Religião e ciência de acordo com os ateus.

  • Por A.O.
  • Publicado em 20 Sep 2010
  • Última modificação em 22 May 2011
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Scientists_and_Religion_(part_1_of_2)_PT_001.jpgOs atributos do universo que têm sido descobertos até agora pela ciência apontam para a existência de Deus.  A ciência nos leva à conclusão de que o universo tem um Criador e esse Criador é perfeito em poder, sabedoria e conhecimento.  É a religião que nos mostra o caminho para conhecer Deus.  Consequentemente é possível dizer que a ciência é um método que usamos para ver e investigar melhor as realidades abordadas pela religião.  Entretanto, hoje, alguns dos cientistas que se apresentam em nome da ciência adotam uma posição totalmente diferente.  Na opinião deles, as descobertas científicas não implicam a criação de Deus.  Eles, ao contrário, projetaram um entendimento ateu da ciência ao dizer que não é possível chegar a Deus através de dados científicos: alegam que ciência e religião são duas noções conflitantes.

De fato, seu entendimento ateu de ciência é muito recente.  Até poucos séculos atrás, ciência e religião nunca foram consideradas em conflito, e a ciência era aceita como um método de provar a existência de Deus.  O assim chamado entendimento ateu de ciência só floresceu depois das filosofias materialistas e positivas que varreram o mundo da ciência nos séculos 18 e 19.

Particularmente depois que Charles Darwin postulou a teoria da evolução em 1859, círculos que mantém uma visão materialista do mundo começaram a defender ideologicamente essa teoria, que viam como uma alternativa à religião.  A teoria da evolução argumentava que o universo não foi criado por um criador, mas passou a existir por acaso.  Como resultado, afirmou-se que a religião estava em conflito com a ciência.  Os pesquisadores ingleses Michael Baigent, Richard Leigh e Henry Lincoln disseram sobre o assunto:

Para Isaac Newton, um século e meio antes de Darwin, a ciência não se separava da religião, mas ao contrário, era um aspecto da religião e basicamente lhe era subserviente. ... Mas a ciência da época de Darwin se tornou exatamente isso, se divorciando do contexto no qual havia existido previamente e se estabelecendo como uma rival absoluta, um repositório alternativo de significado.  Como resultado, religião e ciência não funcionavam mais em concerto, mas se opunham, e a humanidade era cada vez mais forçada a escolher entre elas. (Michael Baigent, Richard Leigh, Henry Lincoln, “The Messianic Legacy”, Gorgi Books, Londres: 1991, p. 177-178.)

Como afirmamos antes, a suposta divisão entre ciência e religião era totalmente ideológica.  Alguns cientistas, que devotadamente acreditavam em materialismo, se condicionaram a provar que o universo não tinha criador e elaboraram várias teorias nesse contexto.  A teoria da evolução foi a mais famosa e a mais importante delas.  No campo da astronomia certas teorias foram desenvolvidas como a “teoria do universo infinito” ou a “teoria do caos”.  Entretanto, todas essas teorias que negavam a criação foram demolidas pela própria ciência, como mostramos claramente em outros artigos.

Hoje, os cientistas que continuam a manter essas teorias e insistir em negar todas as coisas religiosas, são pessoas dogmáticas e intolerantes, que se condicionaram a não acreditar em Deus. O famoso zoólogo e evolucionista inglês D.M.S. Watson confessa esse dogmatismo quando explica por que ele e seus colegas aceitam a teoria da evolução: “Se sim, apresentará um paralelo à própria teoria da evolução, uma teoria universalmente aceita, não porque pode ser provada por evidência logicamente coerente de que é verdadeira, mas porque a única alternativa, a criação especial, é claramente incrível.” (D.M.S. Watson, “Adaptation”, Nature, no. 124, p. 233)

O que Watson quis dizer por “criação especial” é a criação de Deus.  Como admitido, esse cientista considera isso “inaceitável”.  Mas por quê?  É porque a ciência assim diz?  De fato, não.  Ao contrário, a ciência prova a verdade da criação.  A única razão porque Watson considera esse fato inaceitável é porque ele se condicionou a negar a existência de Deus.  Todos os outros evolucionistas adotam a mesma postura.

Os evolucionistas não se apóiam na ciência, mas em filosofia materialista, e distorcem a ciência para fazê-la ficar de acordo com essa filosofia.  Um geneticista e evolucionista sincero da Universidade de Harvard, Richard Lewontin, confessa essa verdade:

Os métodos e instituições da ciência não nos compelem a aceitar uma explicação material do mundo fenomenal, mas, ao contrário, nós é que somos forçados a priori a aderir a causas materiais para criar um equipamento de investigação e um conjunto de conceitos que produzem explicações materiais, não importando o quão contra-intuitivo e quão ilusório seja para o não iniciado.  Além disso, se o materialismo é absoluto, não podemos permitir um Pé Divino na porta. (Richard Lewontin, The Demon-Haunted World, The New York Review of Books, 9 de Janeiro de 1997, p. 28)

Por outro lado, hoje, assim como na história, existem cientistas que se opõem a esse grupo materialista dogmático e que confirmam a existência de Deus, considerando a ciência uma forma de conhecê-Lo.  Algumas tendências em desenvolvimento nos EUA como “Criacionismo” ou “Design Inteligente” provam através de evidências científicas que todas as coisas vivas foram criadas por Deus.

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